𝐂𝐚𝐩í𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟖

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Ela nunca duvidou de nós por um segundo, ela disse.

Nós vamos ficar bem, ela disse.

Eu não me inscrevi para a porra de uma viagem pela floresta, ok?

Agatha tem nos guiado para quem sabe onde. Ela insiste que "paciência é a chave" e todas essas coisas místicas. Para ser sincera, eu esperava esse tipo de discurso vindo da Lilia, mas da Agatha? Sério? 

Isso é mais o Caminho da Confusão do que o Caminho das Bruxas. Até agora, descobrimos que a Sra. Hart não é uma bruxa, que Jen provavelmente odeia crianças, e que Agatha é um poço de imprevisibilidade — mas é a única que conhece os segredos do Caminho. 

Um julgamento para cada membro do coven. Um para cada habilidade. Ou seja, teremos que encarar não um, nem dois, mas cinco testes, cada um mais desafiador que o anterior. 

"De novo, quem é você?" Jen pergunta, com as sobrancelhas franzidas, seus olhos transbordando de suspeita. Ou desprezo, honestamente, nem quero saber. 

Olho para Billy e ele me lança um olhar tranquilizador, como se nada estivesse errado. "Eu sou Billy Maximoff" ele explica, mas as bruxas recuam como se Billy tivesse xingado as mães delas.

"Você o conhece?" Jen pergunta, agora apontando diretamente para mim, como se isso já não estivesse óbvio. "Quem é ele?" 

Eu hesito, mas então sinto o olhar frio e implacável de Agatha sobre mim, me forçando a me recompor. Ela pode até não usar magia agora, mas ainda me assusta. "Billy. Billy Maximoff" respondo rapidamente, e Lilia revira os olhos com desdém. 

Cruzo os braços, frustrada. Por favor, não me diga que isso tem algo a ver com ele ser um Maximoff, porque juro que me ofereço como sacrifício antes mesmo dos julgamentos começarem. 

"Mais que coisa" começa Lilia, encarando Billy e eu como se fôssemos algum tipo de ameaça. "Alguém colocou um sigilo nesse menino, e ela pode ouvir, mas não pode dizer." 

'Ela' tem nome, ok? 

Eu e Billy viramos a cabeça ao mesmo tempo, ambos surpresos, mas por motivos diferentes. "Um o quê?" exclamamos juntos. 

Lilia encara Agatha como se ela fosse a culpada. "Não olhe para mim" Agatha se defende. "Eu não coloquei esse encanto meia-boca nele." 

Eu balanço a cabeça lentamente, enquanto descanso minha cabeça no ombro de Billy. Estou cansada demais para lidar com essa dinâmica disfuncional. 

"Um 'sigilo' é um feitiço?" Billy pergunta com cautela, claramente tentando acompanhar a conversa. 

Alice, que vinha observando em silêncio, responde: "Um sigilo é um feitiço que esconde algo. Nesse caso, você de outras bruxas. Exceto dela." 

Quando todos os olhares se voltam para mim, eu imediatamente sinto que algo está errado. Eles me olham como se eu tivesse cometido um crime — o que, até onde sei, não fiz. 

Levanto minha cabeça do ombro de Billy, colocando as mãos na cintura. "Eu certamente não coloquei um sigilo nele" afirmo, defensiva. "E, honestamente, vocês acham que duas bruxas adolescentes são tão ameaçadoras assim? Cresçam." 

Antes que a discussão fique pior, Agatha se coloca entre Billy e o resto do coven, quase como se ele fosse uma joia rara. Já eu? Ela me empurra para o lado como se fosse me descartar a qualquer momento. Desgraçada.

"Olha" começa Agatha "eu não tenho ideia do que está por trás desse sigilo. Ele pode ser especial, ou pode ser um mala que uma bruxa escondeu de baixo de uma pedra. A gente pode desvendar ele depois. O que importa mesmo está no final do Caminho." Ela aponta para a estrada à frente, como se fosse uma visão gloriosa. 

LEGACY - AGATHA ALL ALONGOnde histórias criam vida. Descubra agora