Chapter 5 | Possible death

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Capítulo 5
Dias Atuais…
Shady Vale 

Já fazia 2 dias que eu estava aqui. Estava com fome, cede e me sentia suja. Cada vez mais pensava na possibilidade de começar a bater minha cabeça contra a parede e dar um fim logo nisso. Sinceramente, eles já foram melhores nisso. Me prenderem em um quarto? Sério?

Na maior parte do tempo, eu dormia. E quando acordava sempre eram as 03:25 da madrugada.  E isso me deixava assustada, sempre era o mesmo horário.

Encaro o relógio a minha frente. Era praticamente um dos únicos itens que haviam aqui. Óbvio, além da cama e um balde que ficava no canto do quarto escuro. O que eu faria com um balde? Tacar na cabeça de algum deles, quando finalmente entrassem aqui? 

Eu tinha a impressão que as horas se passavam mais rápido aqui. E cada vez mais, eu me sentia mais angustiada de estar presa. Eu não fazia nada o dia inteiro, só andava de um lado para o outro. Nem um deles apareceu aqui durante esses dois dias, mas eu sabia que de algum jeito, eles estavam me observando. Às vezes eu me sentia observada. E isso me deixava um pouco incomodada. É uma sensação horrível e estranha.

Meus pensamentos são afastados, quando um barulho do lado de fora chama minha atenção. O barulho da porta sendo destrancada me deixa com esperanças de que finalmente vão me deixar ir embora desse inferno.

A porta é aberta e Azriel entra pela mesma, o encaro com fúria. Me levantando da cama, e parando a sua frente, o empurro, e obviamente, ele não move um músculo. Ele me encara com atenção. Perto dele, meus 1.75 não valem de nada. Isso me deixa nervosa. 

Ele ainda continua em silêncio, seus braços estão desnudos, e noto novas tatuagens em seu braço. Não consigo identificar o que são, mas reconheço a estrela que está tatuada no seu braço esquerdo. Foi a que eu desenhei, no dia do ritual.

— Gostou? — Perguntou, nem percebi que estava encarando demais. Isso me deixou mais irritada. 

— Eu quero ir embora. — Digo, dando um soco em seu peito. Deus. Ele é um doente, porque parece não se importar? Eu acabei de lhe dar um soco.

Ele balança a cabeça em negatividade, e se senta na cama que eu estava a pouco. Desvio meu olhar dele pra porta a minha frente, está aberta. 

— Vamos conversar primeiro. — Ele diz, e eu volto minha atenção pra ele. — Como vão seus pais? — Perguntou, puro veneno escapando de sua voz. Ele abre um sorriso sarcástico no rosto.

Filho da puta. Mal sabe ele que isso não me magoa nem um pouco.

— E sua irmã? — Pergunto, logo retribuindo seu sorriso. — Continua sendo a mesma vagabunda? 

Ele aperta seu maxilar mostrando sua fúria, ele vem até mim. Ódio saindo de suas íris. Em menos de um minuto, ele aperta meu pescoço, me prendendo contra a parede. Não tiro o sorriso de satisfação do meu rosto.

— Vadia de merda. — Ele mostra os dentes, me encarando com raiva.

Ele não o apertava com tanta força, era suportável. Mas eu não conseguia encostar os meus pés no chão. Seus olhos me prendiam. E eu sabia que ele estava fazendo isso por impulso. Eu o conhecia.

Quando ele finalmente me solta. Eu suspiro. Uma parte do meu pescoço estava ardendo, levo meu dedo indicador até meu pescoço, percebendo um pequeno corte ali. Seu anel havia me cortado.

Ele passa seus olhos pelo meu pescoço, e logo sai pela porta. Com certeza ainda estava furioso pelo que eu disse. E com motivos. Eu havia mentido, a irmã dele não era nenhuma vagabunda, na verdade, ela era a garota mais doce que eu conheci. Tão gentil. Tão diferente de mim.

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