Chapter 8 | Dagger of the Apocalypse

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Capítulo 8
Dias Atuais…
Shady Vale 

Depois da bipolaridade de Zade, eu mesma fiz questão de voltar pro quarto que eu estava. Preferiria mil vezes ficar isolada do que ter que lidar com um doente da cabeça.

Faz três dias que Azriel não fez mais questão de aparecer aqui. Acho que toquei na ferida dele. Seu ponto fraco com certeza era sua irmã. Mas sendo franca, eu não me arrependo nem um pouco. Quem diz o que quer, escuta oque não quer. Certo?

Eu ainda estava com muita fome. E nenhum desses animais, se deram ao trabalho de vir perguntar se eu precisava de alguma coisa, ou me oferecer algo pra comer. Mas acho que se eu fosse eles, já teria feito algo bem pior. Sei o motivo de eu estar aqui. E eu não me arrependo de nada que eu fiz. 

Não sei se foi por causa da pancada na cabeça

 - causada por Zade - mas também estou tendo algumas alucinações. E isso está começando a me deixar realmente preocupada. Eu tinha sempre a impressão de que algo me observava, e por algum motivo, sabia que não era nenhum deles. Vozes de pessoas gritando me atormentavam. Mas principalmente, a de uma mulher. Ela gritava coisas sem sentido. Na maioria das vezes, também a escutava chorando. 

Eu já estava a beira da loucura. Sabia que eles estavam esperando pra ver até onde eu aguentava. Mas eu não me renderia tão cedo, meu ego não permitiria isso. 

A porta do quarto é aberta com brutalidade. Meus pensamentos são rapidamente afastados. Encaro quem acabou de entrar. Azriel me encara, se encostando na parede a minha frente. Eu estreito meus olhos o encarando com indiferença. O silêncio faz meu estômago embrulhar. 

Seus olhos azuis me encaravam, parecia estar perdido em pensamentos. Os quais eu daria tudo pra saber quais são. Ele logo abre um sorriso sarcástico pra mim, e me encara com superioridade.

— Aonde está a adaga do apocalipse? — Pergunta.

Fico em silêncio, o desafiando. Eu não daria de bandeja tão fácil. 

— Vamos lá, docinho. — Ele se aproxima. Sem parar de me olhar. O seu cheiro me inunda, uma mistura de álcool e perfume masculino. Meu corpo estremece à medida em que ele fica mais próximo e me arrepio quando, me surpreendendo, ele toca o meu cabelo, deslizando o seu dedo suavemente sobre os fios. Aqueles dois diamantes me fitam sérios. Ele se encurva até estar com o rosto próximo ao meu.

— Não ouse me tocar. — O encaro séria. 

—  Você não está em condições de exigir nada agora — Ele diz, seu hálito de hortelã batendo contra a pele da minha bochecha.

Comecei a respirar com dificuldade. Ele estava muito perto.

— O que pensa que está fazendo? — Pergunto, me levantando da cama e o encarando com raiva. 

Ele ri baixo, parecendo achar aquilo o auge do humor, Azriel se afasta apenas o suficiente para ficarmos nos encarando, cara a cara.

Minha pele parecia esquentar, e um frio passava pela minha barriga, toda vez que Azriel me olhava eu sentia essa mesma sensação.

— Eu perdi ela. — Confesso, desviando meu olhar pra outro canto do quarto. — Depois do ritual, eu passei mal, e acabei esquecendo ela no meio da floresta. 

Volto meu olhar pro seu rosto, ele estava me encarando com raiva. Eu o entendo. Quem deixa uma adaga que pode determinar o futuro de um demônio no meio da floresta? Ele fica em silêncio, parecendo refletir. 

— Vamos pra lá agora. — Diz, ainda me encarando com raiva.

— Não. — Digo, abrindo um sorriso sarcástico no rosto. E voltando a me sentar na cama.

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⏰ Última atualização: 3 hours ago ⏰

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