Em um desespero para salvar a mãe do câncer terminal, Rose encontra uma solução sombria em fóruns da internet: um pacto que oferece um ritual de sangue para curar a doença, mas a um preço horrível pra isso,ou não.
Conteúdo maduro.
Mr. Crawling parecia finalmente mais calmo, seus soluços tinham cessado depois que expliquei o que aconteceu e garanti que eu não o havia abandonado. Agora, eu acabara de tomar banho e me jogava no sofá com a barriga virada para baixo, o rosto afundado no tecido macio. A ideia de assistir TV havia desaparecido assim que eu percebi o quão confortável o sofá estava. A vontade de dormir ali era quase irresistível.
Estava prestes a cair no sono quando algo interrompeu meu momento de paz: mãos frias cutucando meu braço e um risada infantil. Levantei a cabeça e vi Mr. Crawling, na sua postura habitual, ajoelhado ao meu lado. Ele segurava algo em suas mãos. Um pedaço de papel.
Ele levantou as mãos com cuidado, mostrando o desenho que havia feito. Nele, estava eu e ele, em um desenho simples, mas incrivelmente fofo. Ele me olhou com os olhos brilhando, como se fosse o maior presente que poderia me dar. Eu sorri, achando o gesto fofo.
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- Crawl... - Fiquei admirando o lindo desenho que ele fez. - Fez enquanto eu estava fora? Está maravilhoso, meu bem. - Levantei o tronco do sofá, esticando as mãos para pegar o desenho, sorrindo genuinamente.
Mr. Crawling me deixou pegar o papel e ficou me encarando com um sorriso encantador, embora um pouco confuso, já que inclinou a cabeça para o lado.
- Meeeu beeem...? ዐ ዒሁቿ ቿ ጎነነዐ? - Ele repetiu o que havia dito antes, claramente confuso por eu tê-lo chamado por outro nome.
- É só um jeito carinhoso de te chamar, Mr. Crawling. - Passei a mão em sua bochecha, esfregando com o dedão. Ele ronronou e se acomodou na palma da minha mão, deitando ali.
Com a outra mão, segurei o desenho, estranhando o que parecia ser um arco-íris no papel.
- Você já tinha visto um arco-íris antes? - Perguntei, mas fui completamente ignorada. Olhei para ele e percebi que, em vez de responder, Crawl estava beijando minha mão.
Arregalei meus olhos surpresa, senti minhas bochechas esquentarem, uma onda de frio na barriga e arrepios percorreu minha espinha. Mas não disse nada, apenas afastei minha mão de seus lábios gelados e afaguei seus cabelos, colocando uma mecha atrás da sua orelha.
- Você é um anjo, Mr. Crawling.
Ele soltou um ronronar de satisfação, e percebi que estava ficando levemente mais alto, embora ainda não estivesse de pé. Crawl abriu os braços e se aproximou, envolvendo meu pescoço em um abraço, ficando com o rosto colado em meu pescoço. Nesse momento, me senti como uma adolescente apaixonada, com o coração acelerado, trêmula e vermelha como um tomate.
Nunca o vi de pé, mas agora percebia que ele deveria ser bem alto, pois seus pés ficaram para fora do sofá, e ele não parecia caber completamente ali. Não era só a altura de Mr. Crawling que me chamava atenção, mas também o comprimento absurdo de seu cabelo. Uma ideia me ocorreu, então tirei a gominha do meu próprio cabelo e coloquei no pulso. Reparti o cabelo dele no meio, mesmo que a divisão estivesse longe de perfeita. Não importava, era só diversão. Amarrei um lado com a gominha, enquanto o outro lado improvisava, enrolando uma mecha de seu próprio cabelo como se fosse um elástico. Era mais complicado do que imaginei, considerando o quanto seu cabelo era longo e cheio.
Não mexi na sua franja, já que seu rosto continuava enterrado no meu pescoço, e a franja estava junto ali, levemente grudada na pele.
- Mr. Crawling, levanta a cabeça só um pouquinho. - Tentei ajudá-lo a erguer o rosto e caí na risada ao ver o resultado do penteado. - Ficou ótimo, você tá de maria-chiquinha!
Ele deu uma risadinha suave, que mais parecia um ronronar.
Ele balançou a cabeça com entusiasmo, os olhos brilhando.
- Tudo bem, anjo. - Respondi, sorrindo, e ele acompanhou, rindo junto.
Mas o momento leve não durou muito. Logo o silêncio se instalou, carregado de um constrangimento inesperado. Senti minhas bochechas queimarem de novo, e o nervosismo me fez tropeçar nas palavras.
- Eu... você... - Tentei começar algo, mas perdi a linha falando qualquer coisa que veio a mente. - Você tomou banho?
Ele balançou a cabeça em negação.
- Então vai tomar agora.
[...]
Algum tempo depois, lá estava eu, com os braços apoiados na beirada da banheira enquanto Mr. Crawling relaxava dentro dela. Era uma situação tão estranha quanto constrangedora, mas, por algum motivo, ele não gostava de tomar banho sozinho. Desde que invadiu minha casa, isso virou uma espécie de ritual, embora eu ainda ficasse envergonhada sempre que o via semi-nu. Claro, eu sempre o fazia entrar na banheira antes, para evitar ver mais do que deveria, mas mesmo assim... Eu agradecia pela água que escondia certas partes do seu corpo, mas, ao mesmo tempo, isso só fazia meu coração bater ainda mais rápido. Talvez seja só o nervosismo.
- Vamos lá, Crawl... Você já sabe o que tem que fazer. - Instiguei, colocando a esponja de banho em suas mãos.
Ele me encarou com um olhar meio travesso, meio inocente, antes de devolver a esponja para mim sem dizer nada. Que criatura mais folgada.
- Tá bom... Só mais dessa vez. Mas, da próxima vez, você vai tomar banho sozinho, entendeu? - Suspirei, sentando-me na beirada da banheira.
Molhei a esponja no sabão e comecei a esfregar suavemente seu colo. Ele ronronava a cada movimento, soltando risadas baixas e zombeteiras.
- Crawling, agora o resto você faz sozinho, certo? - Tentei entregar a esponja novamente, na esperança de encerrar o "serviço".
Mas ele não parecia nada satisfeito. Puxou minha mão com força, pressionando-a de volta contra seu peitoral molhado.
- Ei, não, não, não! - Protestei, mas não valeu de nada. Perdi o equilíbrio e, antes que pudesse reagir, caí dentro da banheira, encharcando-me completamente. _________________________________________________
Continua.
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Encontrei a foto desses artistas no Pinterest e achei que lembra um pouco o Mr. Crawling. Só quis compartilhar mesmo kk
