Noah pov
Fechei a porta daquele quarto me sentindo tonto, o álcool que tomei naquele bar me fez ter coragem de subir, eu só queria...
Eu não sei que vinculo maldito é esse, chega a ser sobrenatural, eu apenas a quero o tempo todo, fielmente, verdadeiramente, implacavelmente e todos os sinônimos existentes de algo rigoroso.
Precisava dar uma forma de esconder isso, e eu dava meu jeito diariamente mas estava sempre perdendo o controle, era tudo questão de tempo para que ficasse evidente.
Cambaleei pelo corredor passando minha mão - com machucados recém feitos - em meus cabelos úmidos de gel puxando alguns fios com certa força.
Olhei para o corredor por onde eu passava e senti-me sozinho novamente como se um vazio invadisse meu corpo por todos os meus sentidos.
Os erros que cometi ao longo da minha vida me fizeram estar aonde estou, me fizeram chegar onde cheguei, mas a que custo? A solidão me acompanhava a cada passo que eu dava independente de qual direção eu fosse.
As mulheres com quem me envolvi, as pessoas que não permiti me aproximar, tudo a custo de nada. Eu queria ser normal.
Quando saí daquele maldito orfanato, pensei que teria uma vida normal, que seria feliz. Tudo desandou tão rápido que mal pude perceber que não dava pra mudar.
Olhei ao redor tendo minha visão embaçada e turva, tudo isso, todo esse álcool, toda essa droga, pra ter certeza de que ela não me queria ali. Mas era só o que eu queria, aquela maldita loira destruindo meus pensamentos, o meu profissionalismo.
Eu não quero desabafar, eu não quero conversar, quero possuí-la, ter aquela mulher, sem ter que me explicar, sem ter que... sem..
Sem tê-la para sempre.
Eu tenho ciência de que é errado, sei que não posso me relacionar com ela, mas aquela maldita vira a minha vida de cabeça para baixo assim que eu a vejo.
Eu precisava de uma oportunidade, apenas uma chance, pelo menos uma vez, e então eu desistiria, eu deixaria ela em paz. Seria uma vez, e nunca mais.
Eu não tornaria a perturbar ela outra vez.
Não era questão de suprir meu prazer, eu quero apenas entender porque sinto tanta atração, isso me causa raiva, sua voz me deixa apavorado, seu toque me queima e o seu jeitinho prestativo me deixa maluco.
Eu quero descobrir e nada mais, posso transar com quantas mulheres eu quiser, posso ter qualquer uma delas, e elas supririam minha necessidade de prazer, mas não é o que eu quero com Joalin.
Olhei ao redor me dando conta de onde estava agora, meu quarto, repleto de bebidas em um carrinho trago por uma camareira qualquer, tiro minhas roupas completamente amassadas e vou para o chuveiro com uma garrafa de vinho na mão.
Ela não foi difícil de abrir, o que não foi fácil de entender é como eu consegui tomar 1/3 da garrafa apenas caminhando até o banheiro.
Liguei a ducha morna e entrei deixando a garrafa distante da ducha para que não se misturasse com a água, fechei os olhos e encostei a testa na parede suspirando baixo algumas vezes.
Eu não tinha mais consciência dos meus atos, o álcool entra em meu corpo e toma posse das minhas ações.
Eu só conseguia pensar nela.
De olhos fechados, de olhos abertos, ela estava sempre ali, era como uma miragem, uma visão, mas era sempre ela ali.
Meu intuito de ir ao quarto dela inicialmente não era tentar beijá-la, mas perdi o controle da situação e foi apenas no que eu consegui pensar, aquela roupa fina que ela estava usando...
Eu estava tranquilo, não quero assustá-la, eu sei ser rude, sei ser um ogro, mas não quero desrespeitar a esse ponto. Ela ditou as regras e eu as segui.
Dou mais uma longa golada no vinho seco da garrafa e respirei fundo percebendo que estava ofegante.
Em minha mente, era surreal como ela era sexy o tempo todo. Sua boca perfeitamente rosa e do tamanho ideal, seu corpo curvilíneo sempre coberto de roupas simples e sociais, nunca provocativas demais.
Juntei as sobrancelhas em uma expressão sofrida, idealizando aquela boca na minha, suas mãos correndo pelo meu corpo outra vez, meus cabelos sendo puxados e sua respiração ofegante em meu ouvido.
Eu desejo ela o tempo todo.
O calor em meu corpo se tornou cada vez maior, o álcool fervilhando em minha garganta me deixou tonto outra vez, o prazer subindo minhas pernas, a imagem dela em minha mente era real demais.
Seus olhos azuis nebulosos me encarando, aqueles cabelos presos, seus ombros à mostra, me instigando. Aquela bunda gorda me hipnotizando, rebolando para mim todos os dias, os seios saltitantes e medianos espremidos contra o meu corpo.
Porra como eu queria tê-la.
Minha mão livre se movimentava em um ritmo continuo, puxando e repuxando a pele, a água morna causando-me calor escorrendo pelo meu corpo.
E ela ainda estava ali, na minha mente, enquanto tentava me livrar da necessidade louca de possuí-la, me esfregando em mim mesmo, em busca de suprir o prazer louco que meu corpo estava emanando.
O ritmo acelerado de minhas mãos me faziam soltar baixos gemidos, apertando a boca da garrafa com os dedos e pressionando minha testa contra o azulejo branco da parede, eu gostaria de poder gritar agora, eu queria me livrar tudo o que estava acumulado aqui, de tudo que me consumia.
E isso aconteceu, mas não da forma como eu queria, ela que assombrava minha mente, sumiu dos meus pensamentos assim que meu liquido espesso jorrou pra fora com certeza pressão.
Minha respiração se estabilizou aos poucos e pude voltar ao meu consciente, terminando de vez de tomar todo aquele vinho da garrafa.
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O que acharam?

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𝑇ℎ𝑒 𝐵𝑜𝑠𝑠 𝑂𝑓 𝑇𝑟𝑖𝑒𝑣𝑒𝑟 ⁂ 𝑛𝑜𝑎𝑙𝑖𝑛
Fiksi PenggemarJoalin loukamaa, uma menina simples que se mudou para New York para conseguir o emprego perfeito. Ela é uma menina frágil, mas não deixa com que a tratem mal. Ela enviou seu currículo para todas as empresas possíveis tentando conseguir o seu sonhado...