Capítulo nove
Aconchego

Ser acolhida de forma atenciosa em algum momento frágil, tornava tudo um pouco mais fácil

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Ser acolhida de forma atenciosa em algum momento frágil, tornava tudo um pouco mais fácil. Ser recebida em braços carinhosos era tudo que eu precisava depois do choque que eu tive na porta de um hotel 5 estrelas em São Paulo. Eu ficava um pouco assustada com a rapidez que certas situações podiam oscilar. Certa hora você está recebendo a proposta da sua vida, eufórica e feliz. E em outra, alguém indesejado te faz desabar em somente alguns segundos, trazendo sensações indesejadas.

Ter o Bruno ali comigo, melhorou muito minha situação. O cuidado que ele teve ao em ver chorando desesperadamente, ao me ajudar a regular minha respiração, ao ir buscar minhas roupas e ao não sair em momento algum do meu lado me tranquilizaram muito mais rápido do que se estivesse sozinha, como foi da primeira vez. Não queria o deixar preocupado a noite toda, mas foi inevitável não reparar em seus olhares atentos em mim quando saía de perto.

Ele se manteve a todo momento em contato físico comigo, o mínimo que fosse. Parecia querer dizer que ele estava ali para mim por qualquer coisa. E o quanto isso me fazia bem, não estava escrito. Entretanto, uma coisa me deixava curiosa, a ausência de sua pergunta para entender o que tinha me deixado naquele estado. 

– Faltam exatos cinco minutos para a meia noite. – Phil disse de uma forma engraçada enquanto se levantava para pegar duas velinhas que haviam comprado.

– Não tem bolo? – A voz infantil de Amélie invadiu nossos ouvidos, fazendo-nos rir.

– Não querida. – Bruno fez cócegas em sua barriga e ela rolou no colchão para longe dele, gargalhando. – Vamos deixar o bolo para amanhã.

– Ahh nem. – A menina reclamou. Phil voltou a se sentar onde estávamos antes e eu achei graça na situação: ele entregando duas velinhas para meu amigo enquanto segurava um isqueiro.

Minha cabeça estava deitada no colo do aniversariante, mas me endireitei ao ver que logo ascenderiam as velas. Fazendo graça, ele a colocou na boca com o pavio virado para o lado contrario e Phil acendeu o isqueiro para ele, como se estivessem acendendo um cigarro. Algumas risadas se espalharam pelo o local e no mesmo instante peguei meu celular para fotografar o momento, meus lábios se curvavam em diversão. Em poucos instantes as luzes estavam apagadas e nós cantávamos parabéns para o Havaiano que possuía um sorriso fofo nos lábios. Meu coração se esquentava a cada segundo e eu sentia meus olhos brilharem devido ao momento. Aquela angústia e pressão em meu tórax não havia ido embora, mas uma das únicas pessoas que poderia fazer com que elas fossem, estava cumprindo seu papel somente cuidado de mim, como sempre fazia. Eu odiava me sentir frágil perto de qualquer pessoa, mas com Bruno era muito difícil não demostrar tudo o que sentia.

– Parabéns!! – Desejei ao chegar perto dele e ele me segurou em seus braços, me rodando no ar. Gargalhei. – Quase quarenta anos nas costas. Tá ficando velho.

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