Blue era apenas uma jovem cheia de sonhos até ser forçada a se casar com Matt Smith, o herdeiro de uma poderosa família mafiosa. Lançada em um casamento frio e distante, ela luta para preservar sua identidade em um ambiente controlado por regras e o...
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𝚀𝚞𝚊𝚗𝚝𝚒𝚍𝚊𝚍𝚎𝚍𝚎𝚙𝚊𝚕𝚊𝚟𝚛𝚊𝚜: 𝟺.𝟻𝟿𝟻 𝙲𝚊𝚙𝚒𝚝𝚞𝚕𝚘 𝟷𝟽
O luxuoso carro estaciona em frente ao cassino sem pressa. Matt gosta da atenção voltada a si nesses momentos. O valet, um rapaz de cabelos pretos, engole em seco quando o moreno, trajando um terno preto feito sob medida, com um corte impecável que realça sua silhueta de maneira elegante e refinada, desce do carro e entrega-lhe as chaves. Matt ajeita a gravata preta no pescoço e caminha para dentro do cassino, acompanhado por seus dois seguranças pessoais.
Ele entra no cassino, atravessando as enormes portas de vidro do local. O ambiente é um dos mais luxuosos e movimentados, com um chão em carpete vermelho escuro decorado com padrões dourados. A iluminação suave das lâmpadas cria uma atmosfera elegante, destacando as mesas de jogos. Enquanto caminha para o interior do cassino, as mesas de pôquer e as roletas aparecem, rodeadas de jogadores. O local é preenchido pelo som das fichas e das máquinas, além das vozes – algumas animadas, outras nem tanto. Matt observa tudo com tranquilidade, divertindo-se internamente com a tensão que paira no ar.
Nos fundos, em uma área mais afastada do barulho dos jogos, ocorre o leilão. David, seu pai, adora o evento, que é quase mensal e que proporciona uma agitação que ele valoriza. Matt, por outro lado, odeia. Nunca entende o sentido daquilo; acha uma atividade entediante e apenas uma desculpa para pessoas ricas demais gastarem seu dinheiro quando já não há outra forma de gastá-lo. Mesmo assim, lá está ele, atravessando as portas que dão acesso à área privada do cassino, onde as pessoas conversam em voz baixa e diversos itens estão expostos para os futuros compradores avaliarem antes dos lances.
Matt caminha pela borda do salão, dirigindo-se ao bar, onde o barman já o serve com seu uísque favorito. O moreno toma um gole da bebida, caminhando silenciosamente pelo salão e aproveitando sua solidão por alguns momentos. Ele sabe que, assim que David o avistar, uma bronca sem tamanho interromperá sua paz após mais de uma semana fora. Matt tem consciência de que sua reação fora exagerada, mas, para manter sua sanidade mental, ele precisava desaparecer e organizar seus pensamentos, focando no que realmente importa.
As pessoas que passam fazem questão de cumprimentá-lo. Matt força um sorriso para cada uma ou apenas acena com a cabeça, mantendo a cordialidade sem prestar muita atenção. Seus olhos vagam pela multidão que conversa e observa os itens do leilão, e ele se recusa a admitir, mas sabe o que está procurando – ou melhor, quem. Isso o deixa, como sempre, irritado. Após rodar alguns minutos pelo salão, Matt sente um calafrio ao ouvir a voz do pai.
David está sentado em uma mesa, acompanhado de outros homens influentes para os negócios, um charuto na mão, rindo de algo. O moreno revira os olhos e dá meia-volta antes que o pai o veja, ansiando por manter a paz, mas sua tentativa é brutalmente interrompida por ela.
