Goianinha 🌺 ( Morro )

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Maratona 2/3

P R I S C I L A

Como todos vocês já sabem eu me chamo Priscila, e tenho meus malditos treze anos.

Não gosto de ser nova assim, não posso fazer nada que eu quero, não posso ir pro baile, não posso sair com ninguém, ah mais também sair até que não faz tanta falta porque eu não tenho amigas.

As meninas da minha escola são tudo falsa, a única que fala comigo é a Salete mais ela é uma nerdzona chata pra cacete e ainda por cima gosta de mulher, já quis da encima de mim mais eu falei logo que sou hétero.

Odiava a minha mãe, não sei porque Deus fez aquela mulher minha genitora, tinha nojo de olhar pra ela, me dava raiva ter que conviver com ela todos os santos dias.

Ela me obrigava a fazer companhia prós cara que ela levava pra casa enquanto ela batia um boquete pro outro no quarto.

Tive que aguentar muitas vezes calada as imundície que eles me falavam, quando tentavam pegar em mim eu sempre batia na mão deles, quando minha mãe voltava eles contava pra ela e quando eles iam embora ela me castigava por não ter deixado eles fazerem o que quisesse comigo.

Sou muito agradecida ao playboy por ter metido uma bala na cara daquela velha, mais eu praticamente sai de uma prisão pra viver em outra.

Eu até gosto de morar com ele, é bem melhor que morar com alguém da minha família.

Mais ele não deixa eu fazer o que eu quero.
Tudo é estudar, pensar em faculdade, num casamento bom.

Tô cansada da mãe dele tentando enfiar essas conversas na minha cabeça.

-Eunice se eu te pedisse para ir pro baile você deixaria ?- pergunto só pra ver a resposta dela.

Eunice: é pra ser sincera? - balanço a cabeça concordando. - deixaria não.

- mais porque ?

Eunice: você ainda pergunta? Por isso eu sempre agradeci por não ter tido filha mulher, da trabalho demais.

- homem não dá não ? Olha o que o playboy é. - ela me olha brava.

Eunice: o meu filho pode ser traficante, mais eu não aceito ninguém falar dele.

- desculpa ué.

Falo fechando a cara, levanto do sofá e vou pro meu quarto.

Que saco, não pode falar nada que esse povo fica enfezado.

[...]

Acordo sendo sacudida pro lado.

Playboy: acorda porra.

- pra quê? Me deixa dormir.

Playboy: as meninas quer que você vai pra lá, fazer noite das meninas os Caraí a quatro.

Abro os olhos e sorrio.

- sério ?

Playboy: e se arruma logo antes que eu me arrependa.