POV Autora
Becky estava a um mês de fazer 30 anos e a apenas três semanas de completar os cinco anos de casada exigido pelo testamento de seus pais, e seu casamento que começou aparentemente como um arranjo, ia muito bem, obrigada. Não podia ser mais feliz com a mulher que tinha e com os filhos que ela lhe dera. Agora faltava pouco para finalmente aquele abismo que se abrira sob seus pés desde a morte dos pais se fechar de vez e nunca mais se abrir.
Há alguns meses ela e Freen vinham tentando engravidar, mas recém de umas semanas para cá veio a sentir seus tão conhecidos sintomas: sonolência, enjoos matinais e uma vontade de fazer sexo mais que a normal.
Naquele dia tinha ido ao médico fazer o exame de sangue para confirmarem suas suspeitas. Freen tinha sido chamada para uma reunião de emergência e não conseguiu acompanha-la, mas combinaram de abrir o resultado em casa, tão logo Becky chegasse e ela fosse liberada.
- Alô. – disse Becky distraída rindo com os filhos que brincavam, quando atendeu ao telefone.
- Oi, amor. Sou eu. Só para avisar que já estou saindo daqui e no máximo em meia hora estou em casa. – anunciou Freen animada.
- Ok, vida. Vou te esperar.
- Você já abriu o exame? – perguntou ansiosa.
- Ainda não, amor. Eu disse que ia te esperar. – respondeu rindo do nervosismo da morena.
- Estou indo, então. Te amo... muito.
- Vou te esperar. Também te amo muito, muito. – disse sorrindo e encerrando a ligação.
Voltou a dar atenção aos filhos e cerca de uns quinze minutos depois passou mal e foi acudida por Kate, que junto com o segurança a levaram até o quarto.
- Não se preocupem, foi só um mal estar. Vou deitar um pouco e esperar a Freen chegar. – disse – Ela deve chegar no máximo em vinte minutos.
- Tudo bem, Becky. Vou descer e ficar com as crianças. Se precisar de alguma coisa me chame. – falou Kate carinhosa, enquanto alisava os cabelos da nora, que já estava recostada na cama.
Meia hora desde o mal estar de Becky haviam se passado e Freen ainda não havia chegado, com certeza ocorrerá algum imprevisto. Kate estava na sala com os netos e brincava de boneca com Pin e Anil, enquanto Alex estava distraído montando um quebra-cabeça.
O telefone começou a tocar insistentemente e Margareth apreçou-se em atendê-lo. A mulher falou alguma coisa e em seguida veio em direção a Kate com os olhos assustados, estendendo-lhe o aparelho.
- Sra. Kate, é do hospital... – com aquela declaração um arrepio percorreu suas costas e uma sensação nada agradável lhe atingiu em cheio.
- Kate Chankimha falando. – falou ao pegar o telefone.
- Sra. Chankimha, aqui é da emergência do Hospital Presbyterian. – quando ouviu aquilo se alarmou e levantou-se, saindo de onde estava e entrando em um dos escritórios.
- Pois não, em que posso ajuda-la?
- A senhora conhece Freen Chankimha?
- Sim, é minha filha. O que houve com ela?
- O carro onde ela estava envolveu-se em um acidente e ela foi trazida para cá.
- Acidente? Como assim, acidente? Como ela está? – perguntou nervosa.
- O estado dela é grave e ela já foi encaminhada para a cirurgia.
O coração de Kate parou e ela simplesmente encerrou a ligação. Margareth a seguira e viu seu estado, indo a seu encontro para ampará-la.
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Abismo - Freenbecky g'p
Storie d'amoreA vida pode ser bastante difícil, Rebecca Armstrong que o diga. Órfã desde os 18 anos, herdeira de uma fortuna que poderá não receber caso não cumpra as determinações deixadas em testamento por seus pais até completar 25 anos. Prestes a completar 21...