A dor e a superação

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Oi gente, eu voltei.

Eu nunca achei que fosse escrever um capítulo como esse.

Mas é, eu escrevi.

Atenção

Menção a violência
Crise de ansiedade
Perda de entes queridos

Mas não é o capítulo todo. Porém se você não se sentir confortável com o capítulo, não leia. É só esse e mais um que vai demorar um pouquinho.

Depois só superação e alegria. Prometo!
Até porque eu mesma não gosto de angst.

Eu já peço perdão pela parte dolorosa desse capítulo, eu mesma não aguentei sem chorar. Quase que desisti de publicar ele. Mas se eu não fizer, fica faltando parte da história.

Bom, desejo uma boa leitura, pra quem for ler. Pra quem não quiser. Domingo tem um capítulo mais tranquilo.

Eu sinalizei a parente mais dolorosa. Ok? Mas sim, já é no começo.

Com lencinhos na mão, vamos ler?

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🔴

K: e.eu. Rams, isso, de novo não.

R: calma, eu tô aqui, respira. Ei tá tudo bem.

T: Kel, fica calmo, vai dar tudo certo

Kelvin respira devagar tentando se acalmar. E quando enfim parece mais calmo, olha para os dois.

K: eu tô bem. Só foi um gatilho.

T: quer dividir?

K: prometam que não vão me deixar surtar?

T: a gente promete, desabafa Kel, talvez te faça bem.

K: tá. Não vai ser fácil, mas eu vou tentar.

Kelvin respirou fundo.

K: Ramiro, lembra de tudo o que eu te contei lá na Grécia né?

Perguntava já trêmulo.

R: lembro, você disse que tinha mais.

K: eu tinha 18 quando tudo aquilo aconteceu. 

T: o que aconteceu Kel?

K: eu tinha um relacionamento, que eu achava perfeito. Até eu fazer 18 anos e começar a passar mal, com frequência.

K: minha mãe me levou ao médico e lá eu descobri que tava esperando um bebê. Eu me apavorei na hora, mas depois eu fiquei feliz e comecei a me preparar pra ser pai.

K: eu procurei meu namorado e ele simplesmente terminou comigo. Eu tentei conversar com ele outras vezes, mas ele me agrediu. Então eu me afastei.

Ele quase se fundia a Ramiro de tanto que o apertava

K: mas de alguma forma a família dele descobriu , e ele voltou a me procurar, me ameaçou, bateu de novo, queria me fazer ingerir alimentos considerados abortivos, mas eu me neguei.

K: eu fiquei por quatro meses, sendo perseguido, meu pai inclusive procurou a polícia. E numa das últimas vezes que ele veio pra cima do mim, meu irmão bateu nele.

K: quando eu achei que já tinha acabado, ele veio atrás de mim, e me deu um soco, me deixando desnorteado. Me jogou naquele carro e saiu em alta velocidade, até que ele encontrou  uma carreta no caminho e me arremessou do carro. A última coisa que eu ouvi foi ele me pedindo desculpa.

K: eu rolei um barranco e desmaiei de dor. Quando acordei, já tava no hospital, e tinha passado por uma cesariana com 22 semanas de gestação.

K: o bebê tinha nascido bem. Mas era muito pequenininho e frágil. Eu pude ver ele, e segurei por poucos minutos.

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