Capítulo 18

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Foi desesperador ouvir o que Tatiane me contou, mas mais do que isso, foi um choque. Entramos no carro do Nando e corremos literalmente ao hospital, quando chegamos procuramos na recepção pela paciente Praticia Jhonson, a resposta foi aterrorizante ela esteva na UTI inconsciente por causa do acidente de carro.

-Vocês são os familiares da senhorita Jhonson?- Pergunto um médico bem jove por sinal

-Si-im sou irmã dela, pode me explicar o estado em que ela se encontra?- Perguntou tati desesperada.

-O estado de Patrica é bem grave, não vou mentir, houve fraturas, e uma forte hemorragia interna, estamos tentando acompanhar seu estado de maneira que não comprometa mais a sua saúde, houve realmente muita perda de sangue por causa do pressão ocasionada em sua barriga, ele precisa de sangue compatível para melhorar, fizemos o possível mas o bebê não sobreviveu ao impacto.

-O bebê...?- Questionou Nando espantado.

-Que bebê doutor?- perguntou Tati

-Senhorita sua irmã estava gravida de algumas semanas.

pela reação de Tati ela sabia do assunto tanto quanto eu.

- Bom, estamos na recepção para a coleta de sangue, vou conversar um pouco ante. Okay doutor?

-Ramires, Hermano Ramires.

Quando estávamos sentados na recepção Tatiane não aguentou incrédula.

-Como ela poderia estar grávida e não ter me contado. Dividimos tudo desde que eramos espermatozoides, como isso aconteceu. - ela fez uma longa pausa e continuou- Tenho que comunicar meus pais, com licença.

Depois de alguns minutos que tati saiu Nando me puxou de canto e começou despejar tudo o que sabia

-Ali eu não queria isso, mas aconteceu....

-O que houve Fernando- percebo o desespero em sua voz.

-Era meu, aconteceu do nada, uma noite de bebedeira, um deslize isso não deveria ter acontecido mas eu não pude evitar queríamos contar mas não foi possível, Você sabe o quanto eu amo Tatiane desde que ficamos pela primeira vez, e como a Nucci atrapalhou tudo, por nada no mundo eu faria um mal imenso a tati, mas era meu filho ele esta morto agora, a Patricia esta correndo risco de vida o eu devo fazer- Ele fala tudo atrapalhando as palavras se engasgando em suas própria lágrimas, de repente cai de joelhos na minha frente - Meu mundo esta desabando Alice, eu quero morrer

-Nando, olha bem pra mim, eu amo todos vocês, não quero que você fique assim, por favor va pra casa, descansa absorve o fato, e depois de se acalma volta pra cá okay?

Quando nando sai fico perplexa com tudo, não consigo assimilar tudo com muita facilidade mas me concentro em tentar.

Meia hora depois da revelação, Tati e eu estávamos doando sangue. Não consegui conversar com ela, eu me conheço se contasse ela ficaria arrasada, e eu nunca consigo esconder nada da tati.

Disse para ela ir para casa e descansar e ela foi, liguei para meu pai e pedi pra que viesse me encontrar, e ele fez.

Sentamos na lanchonete do restaurante e ficamos em silencio por um tempo e finalmente falou.

-Ali docinho, eu entendo que essa situação é difícil mas você prec...

- Pai quero votar para casa- o interrompi

-Mas você já esta em casa amor

-Não pai, não é isso. Depois que a Patricia se recuperar eu vou voltar para Veneza, ou talvez possa encontrar o aonde quer que ele esteja .

-Porque isso filha?

-Porque? Porque não aguento mais pai, eu pensei que voltar para o Brasil me faria bem mas desde que chegamos aqui foi bomba atrás de bomba. Primeiro o Alê foi embora, depois descubro que a Nucci ainda prejudicara o Fernando e a Tatiane, ai reencontro Alba, descubro que o João voltou de Portland e esta morando justo no meu prédio, conheço m cara super incrível que me sacaneia, é revelado que Lou... que a mamãe esta com data marcada para o abate, e agora descubro que tinha um sobrinho fruto de uma traição que foi morto em um acidente que colada a vida de Patricia e em risco, Pai eu não aguento tudo isso.- desabo em lágrimas enquanto meu pai absorve as informações.

Tudo isso é muito pra mim, mais tarde estou na recepção tirando um cochilo quando alguém família chama meu nome.

-Alice, alice- diz Thomas calmamente

-Tom - digo em desespero, abro os olhos e o abraço

-Vim o mais rápido que pude.

Não sei o porque mas ter Thomas por perto me deu uma sensação de paz, e naquele momento chorei em seus braços como uma garotinha de cinco anos.

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