Capítulo 13 : A conversa

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Alice

Ele me pareceu meio surpreso.
- Você foi muito superficial explica melhor, quero saber mais sobre você.
- Ok. Começando pela minha mãe, meus pais eram casados a 23 anos, somos cinco irmãos, Fernando o mais velho de 29, Alba de 28, eu 25 e o Pedro de 26...
-Mas você disse 5
-Deixa eu terminar- não consegui conter o riso ele estava absorvendo cada palavra atentamente parecia uma criança observando tudo - meu irmão mais novo, Bruno, tinha oito anos quando morreu, nós éramos gêmeos sabe, Nando tinha 12 anos e a Alba 11, eles estavam na piscina com a minha mãe e meu pai estava na cozinha preparando algo para que pudéssemos comer, Bruno e eu estávamos brincando de bola na calçada de trás da casa onde minha mãe pudesse nos vigiar mesmo estando longe, a bola foi para o outro lado da rua ... - minha voz saia falhada, odiava lembrar de tudo aquilo o jeito que minha mãe me culpou, mas eu me senti confortável com Tom, eu sabia que poria contar isso a ele - foi muito rápido - continuei contendo aquelas malditas lágrimas que ameaçaram cair - o filho do nosso vizinho buzinou, mas o Bruno não foi tão rápido - derrepente um soluço me escapa - eu o amava tanto, mais tanto que chega a doer lembrar daquele bendito dia, eu não pude fazer nada só gritei por socorro quando eu vi ele estirado no asfalto, eu corri, ajoelhei segurei sua mão e ele me falava " ta doendo muito, Ali, dói demais, faz parar por favor" eu gritava pelo meu pai desesperada. meu pai socorreu ele, fomos pro hospital o Nando não me deixou sozinha um minuto para ter certeza que eu estava bem, o médico disse que ele estava bem e que podíamos ir no quarto dele, nós fomos, eu abracei com todo amor que tinha, ele me olhou passou a não no meu rosto e disse que me amava, meus pais ficaram só observando tudo, eu beijei sua mão - do nada comecei a chorar e ele se aproximou segurando minha mão- e disse " eu te amo tanto biuno, metade do meu coração está com você, eu daria minha vida pra você ficar bem", eu me ajoelhei ao lado da maca e ele falou em um sussurro " Ainda ta doendo, eu que eu não vou fica muito tempo, to sentindo muito sono, mas quero que saiba que vou ser o seu anjinho" eu beijei sua testa, minha mãe praticamente me obrigou a sair do quarto mas antes de sair eu disse mais uma vez que o amava, e novamente foi tudo muito rápido e o médico falo que ele estava tendo uma esmorraçai interna no cérebro por causa da pancada.
-Você não teve um começo de vida fácil, mas isso fez você ser quem você é agora, foi trágico? Sim, mas fatalidades acontecem. infelizmente
- Bom voltando a história, com a morte do Bruno minha mãe me culpava por tudo o que fez ela se afastar de mim e dedicar total atenção a "única" filha que ela tinha, foi assim todo o tempo, o Nando, Pedro e o mu pai sempre estiveram comigo isso é o que me importa, minha estava cada vez mais fria, mais distante, e um belo dia ela falou para meu pai que não queria mais, que ela precisava do divorcio, meu pai questionou e então seguiu ela e descobriu que ela estava traindo ele com o Enrico, que era um dos investidores dos negócios da família, ela foi morar com Enrico deixando, meu pai, eu e o Nando, levando apenas o Pedro e a Alba sempre me perguntei porque ela não levou o Fernando, já que sua magoa era só comigo. - suspirei limpando meu rosto - acho que é o suficiente por hoje, não é?
- Não moça, pode continuar te falei tudo, ou quase então mereço a mesma quantidade de informações.- meio boba com sua reação soltei um sorriso de canto e continuei
- Meu pai sobreviveu né, manteve laços com meus irmaos, e eles resolveram ficar com o meu pai o que deixou minha mãe arrasada, vivemos muito bem e felizes, quando eu estava na 6ª série conheci o Alexandre, o famoso Ale, éramos unha e carne, nós tornamos melhores amigos tentamos ficar, namorar, mas a amizade era o laço mais forte, perdi minha virgindade com ele, no bando de trás do fusca da irmã dele que por sinal é muita amiga da Alba, mas mesmo assim só amizade foi quando depois de tudo conheci o João, eu estava no 2º ano do ensino médio, ele era amigo do irmão da Patrícia e da Tati, conheci ele por acaso ele estaco no 2º ano da faculdade de DDI (design de interiores), então nós nos apaixonamos e namoramos, quando eu terminei o ensino médio não sabia que faculdade fazer então, fiz três cursos em dois anos, um de fotografia, um de maquiador, e primeiros socorros, depois de dois anos resolvi que faria publicidade, meu irmão já tinha feito a faculdade e estava abrindo seu escritório, no meu 1º ano de faculdade eu já estava noiva com o pé no altar, aí descobri que meu noivo, estava se envolvendo com a minha irmã fazia 6 meses e eles estamos transando no mesmo teto que eu meu mundo foi ao chão rompi o noivado ele me pediu perdão inúmeras vezes foi me procurar muitas vezes na casa do meu pai, mas eu não morava lá fiquei um bom tempo lá até ele tirar as coisas dele do meu quarto aqui, eu já tinha a minha casa já trabalhava como fotógrafa, fazia alguns "bicos" como maquiadora, eu conseguia me sustentar sem a ajuda do meu pai, minha família é bem sucedida e se eles conseguiram vindo de baixo eu também ia conseguir do meu modo, não vou negar que meu pai sempre me ajudou e me mimou, desde que Bruno se foi ele me dava atenção extra, quando estava terminando meu segundo ano na universidade, minha nona morreu na Itália, meu pai me pediu para que me mudasse com ele pará-la e não pude recusar, o Nando estava quase casando com a Nucci, ele preferiu ficar, já tinha uma vida estável aqui, seu próprio escritório, casa mulher, Pedro estava fazendo a faculdade de medicina, e a Alba bem fútil igual a minha mãe, não sei o que faz nem o que fazia. minha mãe teve um piripaque a um ano e pouco atrás, então Alba e Pedro foram ajudá-la em Barcelona, e eu voltei encontrei você, seus amigos as minhas amigas, o Bando sem Nucci, e infelizmente Alba e João. É isso - eu sorri aliviada por ter termina.

***
Depois daquela noite fui dormir pensando na minha vida e percebi que devia deixar meu passado para trás, mas no meio de um ótimo sono sonhei com o meu amado irmão Bruno e eu andando pela rua da nossa antiga casa conversando de mais dadas como fazíamos todos os fim de tarde .

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