042. Relationships and deaths 3

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O alarme do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento continuava a soar, luzes vermelhas piscando em todas as direções. Mayuri apertou os olhos com irritação, ajustando um dos painéis holográficos para ampliar a imagem do invasor.

A silhueta com um haori verde e branco, o icônico chapéu listrado, o leque parcialmente aberto diante do rosto e um sorriso enigmático…

— Urahara Kisuke… — Mayuri rosnou, suas mãos crispando ao lado do painel.

Yukudo soltou um assovio divertido.
— Ah… então até você resolveu sair das sombras. Isso está ficando interessante.

— Silêncio, seu verme inútil. — Mayuri rebateu, sua voz carregada de irritação.

A porta principal do laboratório se abriu lentamente, e a figura do ex-capitão da 12ª Divisão adentrou com passos leves, como se tivesse todo o tempo do mundo. Seu olhar passeou pelos equipamentos ao redor antes de pousar sobre Mayuri e, em seguida, em Yukudo.

— Ora, ora… uma cena fascinante, não? Mayuri Kurotsuchi interrogando um prisioneiro como se fosse um cientista da velha guarda. — Urahara abanou o leque na frente do rosto, sorrindo.

Mayuri cruzou os braços.

— O que diabos você quer aqui, Kisuke?

Urahara abaixou o leque lentamente, o sorriso se tornando levemente mais sério. — Os Athanarktos.

O nome ressoou no ar como um peso.
— O que sobre eles? — Mayuri franziu a testa.

Urahara deslizou um olhar afiado para Yukudo.

— Digamos que tenho um… interesse especial. E, pelo visto, ele também. — O ex-capitão apontou para o prisioneiro amarrado. — Mas tenho quase certeza de que ele não contou tudo para você, contou?

Yukudo piscou os olhos e riu. — Tsc, tsc… é por isso que eu gosto de você, Kisuke. Sempre um passo à frente.

— Então, por que não nos ilumina? — Urahara cruzou os braços, o tom de voz ainda casual, mas com um peso subjacente.

Yukudo suspirou, apoiando a cabeça na cadeira. — Muito bem, muito bem. — Ele inclinou o corpo levemente para frente. — Vocês já sabem que existem nove Athanarktos, certo? Cada um com um número diferente, e quanto mais próximo do “1”, mais forte a criatura é. Mas há algo que vocês ainda não sabem…

Ele levantou os olhos, um brilho afiado de malícia ali.

— Os Athanarktos não são apenas entidades espirituais criadas a partir do caos. Eles são… híbridos.

O ambiente ficou em silêncio por um momento.

— Híbridos? — Urahara repetiu, os olhos se estreitando.

Mayuri franziu o cenho. — Explique-se, coisinha.

Yukudo sorriu, mas havia um peso em sua expressão agora. — Cada Athanarktos é um experimento. Mas eles não foram feitos apenas a partir de matéria espiritual comum… eles são uma fusão de diferentes essências.

Ele inclinou a cabeça, deixando a informação pairar no ar. — Shinigami. Quincy. Hollow. Humanos.

Mayuri arregalou os olhos levemente, e até mesmo Urahara estreitou o olhar. — Isso não é possível. — Mayuri murmurou.

— E, no entanto, aqui estamos. — Yukudo estalou a língua. — Os primeiros Athanarktos foram criados a partir da alma de shinigamis poderosos que foram mandados ao Poço para serem purificados, mas, ao longo do tempo, os experimentos começaram a incluir outras linhagens. O número 4, por exemplo, aquele que vocês têm preso aqui no Instituto… já se perguntaram por que ele ainda não desapareceu completamente?

Bleach: Veil On The Poison Onde histórias criam vida. Descubra agora