This Is Problematic

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Hoje era o meu dia e do Neji. Passei dias, semanas, meses, e até anos planejando cada detalhe. Desde os mínimos pormenores da decoração até o exato momento em que eu diria "sim". Foi um longo tempo sonhando com isso, construindo cada pedaço desse dia especial, o dia em que seríamos só um. Finalmente, o nosso casamento!

Ontem, para deixar tudo ainda mais especial, fomos para um hotel encantador. Lá, fomos tratados como rei e rainha. Cada gesto da equipe parecia feito para nos lembrar de que aquele era o início do nosso grande momento. Desde a recepção até os mimos que deixaram no quarto, tudo parecia parte de um sonho.

À noite, jantamos algo especial. Uma massa deliciosa com molho vermelho, acompanhada por uma taça de vinho que realçava os sabores de cada garfada. Entre risadas e olhares apaixonados, compartilhamos também polenta frita, crocante e perfeita, e finalizamos com uma sobremesa divina. Para completar, ainda saboreamos alguns chocolates de Gramado que eu tinha comprado dias atrás, pensando justamente em momentos assim.

Depois do jantar, subimos para o quarto. Estávamos exaustos, mas cheios de amor e expectativa pelo que estava por vir. Deitamos juntos, rimos, conversamos, e nos amamos boa parte da noite. A conexão entre nós era tão intensa que parecia que o mundo inteiro havia sumido, deixando apenas nós dois naquele quarto. Foi um sonho.

Hoje pela manhã, acordei com o coração acelerado. A luz do sol entrando pelas cortinas parecia anunciar que o grande dia havia finalmente chegado. Descemos para o café da manhã, e ele estava incrível. Comi um croissant recheado com geleia de morango e tomei um cappuccino quente e reconfortante. Enquanto isso, Neji falava sem parar sobre o nervosismo que sentia. Ele gesticulava tanto que derrubou uma colher, e eu não pude conter a risada. Era tão adorável vê-lo assim, vulnerável, quando geralmente ele é tão calmo e centrado.

— Relaxa, amor. Hoje é o nosso dia, e tudo vai dar certo. — disse, segurando sua mão por cima da mesa.

Apesar da ansiedade, o brilho nos olhos dele refletia o mesmo que eu sentia: felicidade pura. Hoje, todo o esforço e os sonhos compartilhados finalmente se tornariam realidade.

Quando cheguei no meu quarto, Neji já estava em outro. Era tradição, afinal. Dizem que o noivo não pode ver a noiva antes da cerimônia, e eu estava disposta a manter a superstição. No meu quarto, tudo parecia perfeito, como se tivesse saído de um sonho. A maquiadora já me esperava, cercada por pincéis, sombras e batons dispostos com tanto cuidado que pareciam peças de arte.

Minhas melhores amigas estavam lá, todas usando os roupões que mandei fazer especialmente para elas, com a frase "Madrinha da Noiva" bordada em dourado. Cada uma delas carregava um sorriso no rosto que só deixava o ambiente mais leve e especial.

Pouco depois, os fotógrafos chegaram. O clima, que já era descontraído, se transformou em uma verdadeira festa. Minhas amigas não perderam tempo e começaram a posar, fazendo caras e bocas para as fotos. Elas riam, giravam os roupões, seguravam taças de champanhe e me puxavam para participar. Eu tentava relaxar, mas a ansiedade era tanta que eu só conseguia sorrir nervosamente. Cada clique capturava a alegria do momento, mas, no fundo, tudo parecia ainda mais intenso do que as imagens poderiam mostrar.

Enquanto a maquiadora trabalhava, alguém bateu à porta. Uma das madrinhas foi atender e, ao voltar, carregava um buquê gigantesco. As flores eram lindíssimas, cheias de vida e com um perfume que imediatamente tomou conta do quarto. Preso ao buquê, havia um cartão que dizia: "Te espero no altar!"

No mesmo instante, senti as lágrimas começarem a escorrer. Tentei conter, porque, bom, ninguém quer borrar a maquiagem no dia do casamento. Mas foi impossível. Aquelas palavras, tão simples, carregavam toda a essência do que estávamos vivendo. Cada segundo que passamos juntos, cada momento, até mesmo os mais difíceis, nos trouxeram até ali. Foi como se, naquele instante, eu tivesse plena certeza de que tudo estava no lugar certo, do jeito que deveria ser.