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ˏˋ°•*⁀➷O sobrenome Prado tinha sua fama, carregado por um empresário de sucesso, Lorenzo, e sua filha, Daphne que dirigem as lojas da Prada espalhadas pelo mundo. E mesmo que a jovem Daphne não aparecessem tanto em público ou nas redes sociais, qu...
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Raphael Veiga.
Os lábios de Daphne se abrem, mas ela não sabia o que poderia falar para o homem, parecia mais fácil por mensagem. Talvez ela ainda estivesse em meio choque pelo ocorrido em sua casa, ou talvez ela só esteja sem palavras por Raphael ter lhe encontrado sem precisar de uma marcação de dia ou lugar. O destino talvez tenha unido os dois naquele local, logo quando a jovem mais precisava.
Veiga não sabia se deveria falar ou ficar calado, era óbvio no rosto do homem a preocupação com relação a mulher, ele a viu descer do carro, a chuva iniciou e ele a viu chorar. Tentou chegar o mais rápido que pôde, mas não a tempo de evitar que os cabelos loiros da mulher não fossem molhados pela água. Quando ele chegou perto de Daphne, percebeu o quanto ela tremia pelo frio, os olhos marejados o observavam, e mesmo com a expressão triste, ainda enxergava uma pontada de alegria nos olhos da mulher depois de vê-lo.
O moreno observou as pantufas nos pés da jovem, a roupa simples que ela vestia, como se ela tivesse saído com pressa de casa. Com tanta pressa que não teve tempo de trocar os sapatos, e agora estava sujando as pantufas fofas na chuva que caia do céu e criava a lama que ela tinha os pés em cima, sem se importar em se sujar.
Ele espera que ela fale, mas ao perceber que nada sairia dos lábios rosados entreabertos de Daphne, ele comenta em um tom sarcástico:
──Juro que não estou te seguindo. ─ Ao ouvi a voz dele, o olhar dela se suaviza.
Era uma coisa completamente nova, uma voz nova. Tudo com Raphael parecia ser novo demais, bom demais.
──Fico feliz que não seja um stalker. ─ A voz de Daphne sai baixa, mas Veiga ainda consegue escutá-la. É doce como uma melodia de sua música favorita.
──Te vi de longe. Mas admito estar preocupado com você, quando eu cheguei você estava praticamente paralisada, tão quieta. ─ No mesmo momento ela desvia o olhar do dele, com vergonha. ── Estava chorando?
Daphne sabia que seus olhos a denunciavam, mesmo que a chuva tenha limpado seu rosto, ainda permanecia cansado o bastante, além de seus olhos avermelhados e o nariz de mesma cor.
──Desculpe por isso. ─ Ela pede, envergonhada.
──Tudo bem, se quiser conversar, estou aqui. ─ Ele sorri de um jeito simpático, de um jeito que fez os olhos azuis de Daphne ficarem vidrados naquele sorriso, como se aquilo bastasse para que ela tivesse um dia melhor.
Raphael observou a loira, que mesmo estando molhada, e com lama nos pés, continuava bonita, os cabelos passavam do ombro e mexiam a cada brisa que passava. Daphne o olhava de uma maneira diferente, ele não sabia explicar, mas os olhos dela eram lindos, principalmente quando estavam prestando atenção nele.
──Eu te agradeço, Raphael, mas por enquanto prefiro deixar esse assunto de lado. ─ Daphne responde, passando a mão pelos olhos para tirar qualquer resquício de lágrimas que possam de ter ficado. ── Quero te conhecer melhor, só sei da sua carreira.
