Twenty-Four

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ENID SINCLAIR P.O.V

Meus olhos se abriram com dificuldade por causa da dor que sentia na cabeça, com o corpo dolorido, tentei me mexer e percebi que estava com as mãos amarradas.

- pelo amor de Deus não é possível- olhei ao redor e percebi que estava em algum lugar fechado - essas merdas só acontecem comigo- me levantei e tentei me soltar.

- não. Impossível- consigo me soltar de forma rápida - quem foi o burro que, nossa, que idiota que essa pessoa faleça- quem em sã consciência sequestra uma pessoa e amarra fraco desse jeito?

Andei pelo quarto, um quarto bem sujo não tem janela, apenas uma porta de madeira, que é muito provável de cair com um sopro.

Abro a porta e dou de cara com outro cômodo que também não tinha ninguém, pelo menos uma janela quando fui na direção dela ouvi passos virem de um corredor, então vou correndo para o quarto, fingindo ainda estar amarrada.

A porta foi aberta por um rosto conhecido, Tyler, filho da mãe.

- acordou princesa?- fala com um sorriso malicioso no rosto.

- não estou dormindo ainda- o olho com nojo.

- você é muito atrevida, sabia? Na situação que você se encontra não deveria ficar fazendo gracinhas assim- debochou com um sorriso de canto.

- você que me amarrou?-

- que pergunta idiota tanta coisa para perguntar e você pergunta isso? Burra para caralho- gargalhou

- amarrou igual a cara- falo a ele, que para e começa a me olhar de maneira curiosa.

- como assim?- se aproximou para verificar a corda.

Aproveito que ele foi inteligente para caramba e dei uma joelhada em sua barriga fazendo ele cair agonizando.

- além de burro é lerdo, como uma merda dessa me sequestrou? És a questão - antes de sair aplico diversos chutes em seu rosto, não vou deixar essa ameba sair ilesa não.

Parei assim que ouvi vozes, saí do quarto correndo, tentei sair pela primeira janela que vi pela frente, o que foi um sucesso.

Me trouxeram para meio do mato? Que inferno que carma é esse senhor?!

Olho para trás e avisto quatro pessoas saindo da casa correndo em minha direção, eles estavam com tacos ou cabos de madeira na mão, não deu para ver direito já que eu estava correndo feito uma louca.

- AI!!!- tropeço em uma raíz, me trazer para uma floresta é muita sacanagem, por isso eu falo que dinheiro não traz felicidade, andar só de carro dá nesse tipo de problema.

Tento levantar, porém caio novamente, me deram uma paulada bem na nuca, se não abriu minha cabeça amém, e tudo escurece novamente.

{•••}

-ACORDA SUA PUTA!!- sinto meu corpo ser coberto por água gelada, seu rosto lindamente machucado, olhinho roxo, boquinha cortada, um divo, até um risquinho na sobrancelha deixei, acho que vou trabalhar com isso a partir de hoje.

- usando termos pejorativos? Assim ganhará minha inimizade - cuspi no chão ao ladinho do seu pé.

- você é muito Brincalhona né?- ele se aproxima com um sorriso macabro no rosto e com seus olhos estranhamente arregalados, o que me faz dar uma risadinha - ri agora vagabunda- chuta minha barriga.

- mas é uma ameba mesmo, não está tomando café não? Tirou o espinafre da dietinha.- sorrio eu vou fazer da vida dele um inferno até ele me soltar, ou matar ele escolhe. E que seja a primeira opção.

- você não quer saber porque eu te trouxe aqui?- o mesmo parece bem ansioso para contar.

- não, pouco me importa- me faço desinteressada e bocejo em sua cara.

- não sei o que a Wednesday viu em uma vagabunda como você- cruza os braços e me olha com desprezo, eu não respondo e retribuo o olhar.

-eu acho que a resposta está ai você que não quer enxergar-

- eu vou deformar o seu rosto, e vamos ver se a Wednesday ainda vai gostar de você.- se aproximou, pegou no meu queixo erguendo meu rosto para si.

- você me conhece?- dei um sorriso largo, que exala raiva.

- claro, uma riquinha que tem uma mamãezinha médica e o pai abandonou aos 10, uma história de superação- me olhou em choque pela minha reação, eu tinha entrado em uma crise de riso.

- foi você que me amarrou de novo?- blefei  como ele já estava pertinho, dou uma cabeçada nele, porém uma tontura se faz presente logo depois deve ter sido a paulada que tomei mais cedo, mas não saí correndo, não fui longe com as mãos soltas imagina amarradas.

- atrevida - cuspiu sangue em algum canto da sala. - sabe, eu posso fazer muitas coisas com você sabia? Te deixar sem comida, sem água por vários dias, você não é de se jogar fora, sabia? Até que o Ajax tem bom gosto. Ele veio aqui, o plano inicial era dar você para ele, mas ele arrego no último estante.- ele fazia carinho no meu rosto, senti vontade de vomitar com o jeito que ele disse a última frase, e o olhei com repulsa.

- o gato comeu a língua?- um sorriso malicioso se fincou em seus lábios, recebendo silêncio em troca.- mesmo sem querer saber vou contar o porquê eu te trouxe aqui ok?- não esperou uma resposta e logo continuou.

- naquele dia na praça eu conheci uma mulher gostosa perfeita para mim e tentei falar com ela mas você e suas amigas saíram correndo, depois disso até de colégio eu troquei para ficar mais perto dela, e lá estava você de novo, não me deram uma chance para eu me aproximar dela me trataram como um cachorro e aquele beijo, porque justo na minha frente? Aí eu pensei que enquanto você estiver perto dela eu não teria chance, então eu te trouxe aqui para te dar um recado, A WEDNESDAY. É. MINHA!!!!!!!!- Deu um sorriso macabro de orelha a orelha. - e agora com você fora do meu caminho eu vou conquistar a minha wed.- me beijou na testa e sussurrou um "obrigado".

Senti meu sangue ferver com essa história completamente desagradável.

- você não entende, não é? A Wednesday não vai te querer nunca e quando ela souber não irá te perdoar, seu Filho da Puta - senti um ódio crescer em mim, foi a primeira vez que me senti desse jeito.

- olha só quem está usando palavras pejorativas agora- se aproximou novamente fazendo meu estômago embrulhar. - vai ter para você também relaxe - tento me afastar mas já estava colada na parede, ele apenas sorri e se levanta, saindo e me deixando sozinha no "quarto" se é que dá para chamar de um.








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