Twenty-Six

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Após algumas horas, Tyler adentra o cômodo novamente.

- você parece mais mansa, o que aconteceu?- se sentou ao meu lado o mesmo me encarava de uma maneira bem nojenta.

- eu queria saber uma coisa-

- pode dizer- tentou colocar meu cabelo atrás da orelha e me afastei para que tal ato não acontecesse, ele deu uma pequena risada e não repetiu.

- ahm, eu não estava com nada quando você me trouxe?- pergunto para ver se ele é inteligente.

- trouxe. Tá aqui, pensei ser algo sentimental já que você é tão rica e tem um celular pobrinho desses- me entregou, eu peguei e liguei para o meu pai.

- o que você está fazendo sua puta!!- perguntou vendo que o celular foi atendido.

- pai eu te amo saudades- desligo depois de falar mas não o devolvo.

- então você só queria falar com o papai que te abandonou? Que pena que ele não está aqui para te ajudar. Mas olha pelo lado bom, eu estou bem aqui- se aproximou me fazendo levantar bruscamente, acabei tropeçando havia ficado muito tempo sentada.

- me dá isso aí, AGORA!!!- tirou uma arma e apontou para mim, ele estava furioso. Quando entreguei o celular, ele guardou a arma e começou a me olhar de um jeito malicioso.

- se afasta de mim- falei tentando me arrastar para longe, porém não tinha muito espaço para isso, quando bati as costas na parede eu abraço meus joelhos e começo a chorar.

-fica quietinha fica- ele se aproximou devagar, e me forçou a olhá-lo segurando meu rosto.

- SAÍ!!! SAÍ!! ME SOLTA SEU DESGRAÇADO!!!!- grito desesperadamente na esperança de alguém me escutar.

- não adianta gritar estamos no meio de uma floresta gata- agarra meu rosto com as duas mãos.

- O QUE EU FIZ PARA VOCÊ?- falei em desespero. Ele apenas sorriu e me deu uma coronhada com a arma.

Fiz de tudo para me tirar do aperto, mas não adiantou, fazem praticamente 12 a 15 horas que estou sem comer ou beber algo, também estou muito fraca por causa das pancadas que levei.

- POR FAVOR ME SOLTA!!- lágrimas de desespero começam a escorrer no meu rosto.

Ele para bruscamente quando a porta é arrombada por ninguém mais ninguém menos que Wednesday Addams ela estava com uma pistola na mão que foi apontada para o Tyler que ainda estava encima de mim, tentei o empurrar, mas não tinha forças o bastante.

-SAI DE CIMA DELA SEU FILHO DA PUTA!- sem nenhum aviso prévio ela atira no ombro do Tyler o fazendo cair ao meu lado, meu pai logo apareceu atrás dela.

Tentei me levantar mas falhei, a Wednesday veio correndo e me segurou antes que eu caísse completamente no chão.

- Wednesday?- vejo seu semblante preocupado, coloco a mão no seu rosto e começo a dar um carinho com o polegar. A vejo fechar os olhos e colocar sua mão em cima da minha, e vejo uma lágrima rolar, e a limpo no mesmo estante. E vejo meu pai ao nosso lado.

- tá tudo bem filha, eu estou aqui agora. Ele fez mais alguma coisa com você?- ele se abaixou e começou a analisar meu corpo, o mesmo estava possesso mas segurou. - isso nunca mais vai acontecer- ergueu minha cabeça e eu senti alguma coisa escorrer sobre meu rosto, eu senti uma dor insuportável era como se tivesse me martelando.

- uhm...- fiz uma careta de dor.

- que é isso? - colocou a mão na minha testa bem no lugar que estava doendo, ela estava suja de sangue.

Os dois arregalaram os olhos, preocupados e começaram a falar muita coisa para mim, eu até pensei ter ouvido uma terceira voz, mas não prestei atenção a dor estava falando mais alto.

- caramba - passei a mão no lugar.

WEDNESDAY P.O.V

-sim, estamos a caminho do hospital, ela ainda está consciente- o Sr. Sinclair falava com a esposa pelo telefone.

- respira Nid, já estamos chegando.- falei  vendo o pano que estávamos usando para estancar o sangramento já estava encharcado.

- tô respirando- falou com um pouco de dificuldade.

- chegamos!- de dentro do hospital saíram duas pessoas segurando uma maca em nossa direção.

Retiramos ela do carro e a colocamos na maca com cuidado. A Dona Esther se aproximou, ela estava com um pequena olheira.

A mesma deu um longo suspiro assim que viu a situação da filha foi como se tivesse saído um peso enorme das suas costas.

- mãe?- falou baixinho.

-podem levá-la - avisou.

Nós entramos juntos no hospital ela abraçava o Sr. Sinclair o mesmo tentava se manter forte diante da esposa.

- não se preocupa, ela vai ficar bem- ela fazia um cafuné no Sr. Sinclair, senti um alívio percorrer sobre meu corpo.

- a senhora pode explicar?- perguntei, queria saber o que aconteceu para ela ficar daquele jeito.

- parece que ela foi atingida por algo na cabeça, uma arma? Isso deve ter feito um corte explicando o sangue, mas pelo que eu vi o corte não parece ser muito profundo. Ou seja, ela não vai passar por cirurgia, vai precisar de uma uma surtura.- responde e se aproxima.

- obrigada pela explicação- ela me fez um cafuné, me senti acolhida e humilhada ao mesmo tempo, essa mulher é muito grande, que ódio o Sr. Sinclair sumiu no corredor.

- quanto tempo vai demorar para ela melhorar?-

- de três a quatro semanas, porque a pergunta?- ela estava curiosa.

- é que se não me engano, vai ter o jogo de estreia das meninas nesse campeonato.- respondi e me sentei em um dos bancos.

- o jogo vai ser daqui a quatro semanas, ela deve se recuperar antes disso.- me olhou de forma maternal e deu um sorriso.

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