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Twenty-Seven

ENID SINCLAIR P.O.V

Acordei com uma dor não muito forte um pouco acima da sobrancelha, lembro-me vagamente de chegar no hospital e depois capotar.

Pelo meu estado devo estar internada a algumas horas. Abro olho em busca de alguém ao meu lado e vejo minha mãe em uma cadeira ao meu lado ela parecia perdida em pensamentos.

- mãe? - falo com dificuldade.

- oi filha, tá se sentindo melhor?- se levantou e se aproximou.

Eu apenas aceno em concordância. A mesma segurava o choro.

- eu fiquei tão preocupada- me abraçou levemente e desabou, enquanto recebia um cafuné.

- não fica assim você não combina com isso- falo tentando acalmá-la - olha para mim- ela ergueu o rosto, haviam algumas lágrimas caindo.

- vaso ruim não quebra fácil- ela revira os olhos e limpa as lágrimas com um sorriso no rosto.

- tem razão- ela transmitiu afeto e carinho com uma só fala.

- a senhora fez as pazes com o pai?- perguntei

- essa era uma das coisas que eu iria te contar- minha mãe me olhava de uma maneira tão carinhosa, que me fez sorrir, ela fazia um leve carinho no meu cabelo.

- só estamos esperando você terminar de tomar o soro para voltar para casa, se quiser posso chamar o seu pai- se levantou.

- não! Não me deixe sozinha mãe, por favor- seguro seu braço a impedindo se sair.

- tudo bem meu amor, eu estou aqui tá?- falou carinhosa, e se sentou novamente. - sua "amiga" a Wednesday está aí quer que eu vá chamá-la?- perguntou.

- o celular é de enfeite?- falo e acabo recebendo um tapa. - agredindo a filha doente que horror- faço uma cara de emburrada.

- me respeita que eu sou sua mãe - ela tira o celular do bolso. - pronto impaciência, eles estão vindo.- guardou o celular.

- filha!- já entra chorando.

- calma, vai me matar!- o mesmo me abraçou como se fosse a última vez.

- me desculpa- me soltou e ficou em pé chorando.

- para de chorar homem- ele tenta enchugar as lágrimas.

- meu Deus - minha mãe revira os olhos, se levanta e leva meu pai para fora da sala provavelmente para acalmá-lo.

- você está... Bem?- pergunta receosa.

- graças a você linda- falo tentando baixar a tensão da conversa, e vejo que funcionou.

- deixa de ser idiota- deu um tapinha bem leve na minha mão e limpou a lágrimas que caiu contra sua vontade

- foi você que chegou lá atirando no Zóio, falando nisso desde quando você sabe usar uma arma?- perguntei.

- hum... Desde criança, meu pai me ensinou, aí eu comecei a apostar e ganhar de pessoas da pesada, mas quando eu te conheci eu parei- disse sem rodeios.

- eu sou a luz da sua vida, fala verdade.- falo.

- você é- responde, e eu coro.

- paraaa! Você sabe que eu sou tímida poxa- tento esconder o rosto com o lençol.

Meus pais entram na sala novamente.

- que foi Enid? Tá se sentindo mal?.- fala ao se aproximar ele parece mais calmo.

- quando esse soro acaba? Quero ir para casa - resmunguei.

- paciência- reforça o senhor meu pai.

- afe- acabo tirando um sorriso da dona Esther.

Trinta minutos se passaram, o médico voltou e como o soro já havia acabado ele apenas retirou os equipamentos ligados a mim e me liberou.

Todos entraram no carro e fomos em direção casa da Wednesday, após isso seguimos o caminho e chegamos em casa.

- tô com fome, tem como preparar alguma coisa para mim?- pergunto estava realmente faminta.

- faço sim filha- de dirigiu a cozinha.

Eu apenas sentei no sofá mas não aguentei caí no sono logo em seguida.

{•••}

Acordei em minha cama provavelmente meu pai fez seu papel e me carregou para cá.

Me levanto, tomo um banho rápido e logo desço vi meu pai na sala assistindo televisão e desci para cozinha em busca de alimentação, vejo a Dona Esther fazer um lindo café da manhã.

Depois de me alimentar, me despedi de meus pais depois de uma longa conversa sobre os cuidados que eu tenho que tomar. Peguei meu carro e dirigi até a casa da Divina que estava um pouco irritada porque eu faltei ontem e não a avisei. Descide não contar a ninguém sobre o que aconteceu não quero que sintam pena de mim.

- o que foi isso na testa?- pergunta.

- eu caí, e deu alguns pontos, por isso não fui ontem - digo.

- e não avisa não? - disse a mesma, tinha um semblante preocupado. - tudo bem ir hoje ao colégio? Não é melhor se recuperar por completo?-

- relaxa, meus pais explicaram na direção e minha mãe disse que não tem problema, contanto que eu  não faça esforço, você que vai levar tudo de peso para mim.- sorriu malandra.

- pela minha capitã eu dou minha vida- diz batendo no peito orgulhosa eu riu de sua atitude.

- chegamos, minha guarda costa- falo e saio do carro, e pela primeira vez vejo a Wednesday Addams parada no portão esse horário.

- bom dia tudo bem?- perguntou se aproximando.

- tudo sim, bom dia- respondo com um sorriso.

- bom dia Wandinha - fala e entramos no colégio, sentamos no lugar de costume.

- Wednesday chegando mais cedo que eu? Que milagre - Bianca disse ao se aproximar e sentar ao lado da Divina - o que houve com seu rosto Enid?-perguntou também preocupada.

- caí de cara no chão, e deu alguns pontos- falo simples.

- parece que suas fãs estão preocupadas contigo- aponta para umas meninas que me encaravam curiosas.

- que 'morram' de preocupação- fui pega de surpresa pela fala da Addams ao meu lado.

- nem é ciumenta- Divina fala enquanto estava gargalhando, a Bianca a olhava intrigada e continha um pequeno sorriso no rosto.

- relaxa Wednesday - ela as encarava de maneira mortal, as garotas com certeza se sentiram intimidadas e sairam de perto. A Wednesday suspirou satisfeita.

- eu estou sempre calma- afirmou.