Universo Paralelo

Plano Marionete

Com o término da reunião, seguimos para a minha casa. O céu em Konoha estava escuro, quanto mais e mais nos aproximamos da minha casa, que sempre pareceu tão brilhante e aconchegante. Quando meu pai abriu a porta, ouvimos o grito da minha mãe de raiva. - Não ousem mentir para mim! - Seus cabelos vermelhos voavam, enquanto Tio Obito e Yahiko tentavam acalmar ela. - Meu filho nunca seria renegado! Naruto nunca seria um inimigo do seu próprio lar! - Minha mãe olhou para meu pai, seus cabelos e acalmando enquanto ela corria para perto dele. - Diga que estão mentindo, Minato... Diga que nosso menino foi achado, e que ele está bem, e que isso é só uma brincadeira de mau gosto. - Meu pai não falou uma palavra, com seus olhos azuis sérios e cansados. Seus braços passaram pelos ombros da minha mãe, abraçando ela com força, como se fosse seu porto seguro naquele momento.

- Eu sinto muito, Kushina... - Meu pai sussurrou, apertando minha mãe mais forte. Os olhos azuis escuros da minha mãe se arregalaram. - É tudo verdade. - Os olhos da minha mãe encheram de lágrimas, suas mãos agarrando o manto do meu pai. - Eu sinto muito... - MInha mãe começou a chorar, seu choro alto e desesperador... O choro de uma mãe, com decepção, medo e desespero do próprio filho.

Meu coração doeu de ver minha mãe chorar, doeu tanto que meus olhos encheram de lágrimas de tristeza pela minha mãe, e raiva de Naruto por ser tão egoísta, e causar essa dor na nossa família. Minha vontade de encher ele de porrada, e trazer ele de volta só ficou mais forte... de fazer Naruto se ajoelhar diante de toda nossa família, e pedir perdão por toda essa merda que ele tá fazendo.

- Irmão gêmeo de merda... - Sussurrei, apertando minhas mãos em punhos, desviando os olhos da minha mãe chorando, e do meu pai que finalmente estava soltando toda a dor da situação que ele estava segurando por ser o Hokage. - Ah... - Vovô Jiraya botou a mão no meu cabelo, acariciando ele. Meus olhos encontraram os seus, com ele me olhando de uma forma triste, com um pequeno sorriso.

- As coisas irão voltar a ser como eram... - Sua mão caiu, assim como seu sorriso. - Não irei desisti do seu irmão, como desisti do meu melhor amigo. - O vovô Jiraya suspirou, olhando para Obito e Yahiko, acenando para eles seguirem, os três indo embora.

- Vovô... - Murmurei, botando as mãos no cabelo, ainda sentindo o toque da sua mão grande e confortável. - Nem eu irei desistir. - Murmurei, dando uma última olhada nos meus pais que se abraçavam com tanta força, confortando o coração doendo um do outro.

Abri a porta do meu quarto, encontrando Sasuke deitado na minha cama, suas pernas cruzadas, enquanto ele olhava para o teto com um tédio evidente. - Finalmente chegou. - Seus olhos negros desviaram para mim, com um sorriso carinhoso e amoroso aparecendo. Suspirei, indo até ele, abraçando sua barriga, deitando em cima dele, e na mesma hora sua mãos brancas e geladas me abraçaram, com seus dedos tirando minha bandana, começando a acariciar meu cabelo. - Eu ouvi a comissão lá fora.

- Minha mãe agora tá chorando com o meu pai... - Fechei os olhos, aproveitando seus dedos passando pelo meu cabelo, enquanto ouvia seu coração batendo contra seu peito. - Dói saber que eles estão assim só por causa das ações sem noção do meu irmão.

- Naruto não se importa com aqueles que se importam com ele, isso é um fato. - Sasuke murmurou, desviando os olhos, cansado do caos que tudo isso estava fazendo.

- Vou fazer ele se importa... - Levantei o rosto, olhando nos olhos de Sasuke, que me olhou confuso. - Eu tenho um plano, que pode dá muito certo se for possível.

- O que você tá pensando, Menma? - Sasuke murmurou, sabendo que as vezes minhas ideias eram perfeitas, e outras tão loucas que nem dava para saber se seria possível de ser feitas.

- Eu não vou desistir do meu irmão, Sasuke. - Segurei suas mãos, apertando elas. - E eu sei que esse idiota nunca voltaria para aldeia por conta propria, e muito menos forçado, já que vimos como ele tá forte, e pode ficar bem mais. - Dei um sorriso levemente sadico. - Por isso iremos usar os Yamanakas.