Nove

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Esse não, mas o próximo capítulo vai ser fofo

Boa leitura 💚 🐦

A casa de Roseanne sempre tinha umas besteiras na dispensa, mas nunca tinha coisas saudáveis, então ontem a noite eu a fiz ir no mercado e nós compramos tudo que eu achava ser saudável.

"Mas esse iogurte é ruim" lembrei dela reclamando de cada coisa que eu colocava no carrinho.

Mas no final ela só aceitou e comprou tudo, eu inclusive a peguei experimentando o iogurte na calada da noite.

— Já vou indo pro carro — ouvi sua voz atrás de mim, me virei a tempo de vê-la pegar o pão que fiz pra ela e guardar uma fruta na sua bolsa.

— Gostei de ver! Vou só escovar os dentes e já vou.

— Não demore.

Foi tudo que disse antes de partir. Prontamente terminei de guardar as coisas que havia usado na geladeira e fui para o banheiro escovar os dentes.

Em menos de dois minutos eu já estava na porta do elevador esperando-o chegar. Infelizmente ele subiu para o último andar, pra só depois descer.

Eu nunca havia visto ele subir mais que o andar da Rosé, pensei que o apartamento estivesse vazio.

Quando as portas se abriram, um velhinho de terno, alto e magro como um vilão de desenho animado, me esperava encostado na parede.

Fiquei com um pouco de medo, mas mesmo assim sorri e o cumprimentei, era apenas um velhinho sozinho.

— Bom dia!

— Ã — me olhou confuso, ele tinha a mesma mania de Roseanne. — Bom dia — ri disfarçadamente, ele devia estar tanto tempo trancado no apartamento que se esqueceu como se interage. — Por que está rindo? — perguntou curiosamente.

— Bom é que... — mordi meu lábio inferior, seria muito rude dizer que estava rindo dele? Mas eu também não ia mentir pro velho. — O jeito que você ficou confuso me lembrou uma pessoa.

— Ah... Que pessoa? — dei um pulinho de alegria, que bom que ele perguntou, eu estava louca pra contar isso pra alguém.

— Minha noiva! — quase explodi ao dizer. — ela também faz esse "Ã" com as sobrancelhas erguidas, é tão fofo... — não consegui esconder meu sorriso, e por algum motivo o velhinho sorriu também.

— Sua noiva mora aqui?

— Ah claro, na verdade o apartamento é dela — sorri cúmplice. — Desde que noivamos eu venho passando os dias aqui, mas pensando bem, acho que talvez deva ficar um pouco em casa... Quase não tenho mais minha individualidade — pensei sozinha. — O senhor é casado? — ele sorriu.

— Já fui a muitos anos atrás.

— Ah... Me perdoe.

— Ela não morreu, fique tranquila — ele riu. — Só nos divorciamos.

— Ah... Posso perguntar o porquê? Sou nova nesse mundo — ele sorria como se estivesse explicando a vida para uma criança. Eu não era criança.

— Bom... Chega uma hora no casamento que às vezes a personalidade do outro é tão difícil de lidar, que você cansa.

— Mas ninguém tentou mudar? Ninguém cedeu? — ele parou por um tempo, sem saber o que responder.

— É... Acho que ninguém quis ceder.

Ficamos em silêncio. Ele parecia triste. foi então que olhei pra frente e vi que as portas do elevador estavam abertas, ninguém tinha apertado o botão. Roseanne vai me matar!

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⏰ Última atualização: Jan 25 ⏰

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