Quarto dia.

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Acordei com um pouco de dor de cabeça e resolvi não ir para a escola com magoas ainda do dia anterior, Beca não saia dos meus pensamentos isso estava me corroendo por dentro, nossa amizade me deixava pior cada vez mais, quanto mais ficava perto dela mais ficava apaixonado e cada vez que ficava apaixonado mais negativas dela recebia.
Fiquei a manha inteira jogando vídeo game, minha mãe estava em seu trabalho, eu me perguntava se Beca estaria sentindo minha falta, estava focado em meu jogo quando fui surpreendido pelo telefone, era o porteiro dizia que beca estava lá fora e perguntou se ela podia subir disse que sim e ela subiu.
- Porque não foi para escola Gafanhoto? - perguntou Beca.
- Não estava me sentido bem - respondi sem tirar os olhos da televisão.
- Você foi embora ontem sem nem me dar tchau.
- Por que hein?
- Por que o que?
- Por que você não quis me beijar e recuou? - perguntei levantando do sofá e olhando diretamente para ela.
- Nós já conversamos sobre isso - respondeu.
- Pra você tudo se resolve em conversa - disse se aproximado de beca.
Ela parecia confusa
- Eu vivo em virtude de ti faço, tudo por você, Beca você tem vergonha de mim?
- Primeiro: João eu nunca pedi para você viver em virtude de mim, segundo: Onde você tirou isso de que eu tenho vergonha de você?
- Beca eu não posso ser mais seu amigo - disse chorando - Não vou consegui te esquecer, parar de gostar de você estando perto de você, Beca fique longe de mim e não procure mais.
- Você é maluco.
- Vai embora da minha casa - Gritei abrindo a porta para que Beca se retirasse.
Ela aproximou-se de mim.
- Eu te odeio babaca - disse dando-me um tapa no rosto - Adeus amiguinho.
Chorei litros após o ocorrido Beca o amor da minha vida e eu a dispensei embora nem tivéssemos nem trocado um beijo, fiquei a tarde inteira lendo o livro a teoria de tudo, procurando se havia alguma teoria que se encaixava com minha vida amorosa que se quer nem existia.
Minha mãe trabalhava de mais então basicamente não conversávamos muito em casa só no domingo seu dia de folga, mas nesse dia, nesse exato dia ela fio dispensada mais cedo.
- Mãe! - Disse quando a vi chegando.
- Oi filho, fui dispensada mais cedo hoje - Disse minha mãe - Como esta inda lá com o D.R Mufaza.
- Tá indo bem, inclusive já estou atrasado.
- Mas ainda são seis da tarde sua sessão é às sete e meia.
- É que eu vou passas na casa de Beca.
- Ainda está obcecado nessa garota filho.
- Claro que não né mãe, tchau estou indo.
E fui, não para a casa de Beca, menti para minha mãe, pois não estava a fim de papo com minha mãe, fiquei no banco da praça esperando a hora passar, mas não conseguia estava muito impaciente e queria conversar com o tio o mais rápido possível, não aguentei esperar até às sete da noite, quando era seis e meia, já estava na porta do consultório do tio.
A secretaria pediu para que eu esperasse, mas a ansiedade estava demais e o tio pediu para que a secretário, deixasse eu entrar.
- Chegou cedo hoje João - disse o tio.
Não disse nada corri para a poltrona, olhei para o tio e disse:
- Tio aconteceu algo horrível hoje.
- O que aconteceu? - perguntou o tio fechando a porta e sentando em sua cadeira.
- Eu dei um fora em Beca - Anunciei.
- O que? Como assim? Você é... Ela, explica o que aconteceu João.
- Hoje ela foi em casa perguntando porque eu não fui para a escola e sem nem responder perguntei porque ela não quis ficar comigo e começamos a brigar falei pra ela nunca mais me procurar e que eu não queria ser mais o amigo dela.
- Mas, por quê?
- É uma questão de princípios, tendo ela ao meu lado só me me fazia sofrer, "é como você sentir o cheiro do prato, mas não poder come-lo"
- Você Sabe que isso não faz sentido né?
- E você sabe que lá no fundo faz sim.
- Arrume seus pensamentos não se perca neles.
- Me desculpe tio, mas se você sofresse o que eu sofro você iria me entender, eu não sei o que fazer.
O Tio caminhou até a porta a abriu e disse:
- Eu sei, vá embora descansar e desembaralhar seus pensamentos.
Obedeci sem dizer uma palavra, quando cheguei em casa minha mãe já estava dormindo, voltei para o meu quarto, liguei meu abajur, peguei um papel e uma caneta e fui desembaralhar meus pensamentos. Fiz o exercício que havia feito com o tio, escrevei meu nome na superfície do papel, tracei uma reta em seu meio e dividi em dois lados lado A e lado B, no lado A escrevi meus sentimentos por Beca e no lado e B escrevi meus sonhos, rasguei o papel no meio de forma que meu nome ficou divido no lado A João Afonso e no lado B Pereira Wolf, peguei o papel do lado B e colei na porta do meu guarda-roupa, peguei o papel lado A e rasguei o máximo e conseguia rasgar.

Eu te amo tantoOnde histórias criam vida. Descubra agora