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Andar. Para mim é e sempre foi a melhor forma de pensar. Assim consigo espairecer, clarear as idéias, colocar tudo em ordem no meu cérebro.

Joguei mais uma pedra ao mar, que ia e voltava, molhando a areia cheia de resto de lixos do último ano novo, melhor dizendo, ontem.

Senti minha cabeça latejar conforme me virei para jogar a pedra. Ugh, ainda nem sei porque bebo.

Ri da minha própria desgraça. Como eu posso ser tão otário? 18 anos nas costas e nada na vida. Nenhum emprego, notas baixas no colégio, nenhum amigo a não ser o bastardo do Calum e toda noite metido nessas bebedeiras. Minha vida está uma merda. Nada está como eu sonhei quando tinha sete anos, que iria ser astronauta e poder ir para o céu, explorar cada canto de lá.

Sentei-me impaciente no chão, olhando cada milímetro daquela praia.

- Quem me dera, ser como o mar... Poder ir e poder voltar - cantarolei, bufando em seguida.

Então ao olhar para o lado vi uma carteira, preta de couro. Com tanto lixo na praia, a carteira era a coisa mais normal a se ver.

A abri. Uh, havia um rg. Michael Clifford. 18 anos. Oh que foto legal. Gostei. Vou stalkear em alguma rede social.

Então percebi que havia também um número escrito na identificação da carteira, em caso de perda.

"Michael Clifford, xxxx-xxxx, se achar minha carteira, me ligue!"

Ri comigo mesmo, que coisa mais infantil!

Retirei o celular do bolso, desbloqueando o mesmo. Digitei o número, adicionando o garoto.

Respirei fundo, começando a pensar em uma mensagem.

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Gente ta bom? sksksksdkskksn espero que sim, mais pra frente fica melhor
Love you all ❤️

flowers for you | muke | hiatusOnde histórias criam vida. Descubra agora