Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Medellín, 04:20
O relógio marcava quatro e vinte da manhã quando o estrondo da porta sendo arrombada ecoou pela casa, seguido pelo som de botas pesadas invadindo meu território. O barulho cortante da madeira se partindo me alertou antes mesmo de eu ver os homens da Interpol avançando pelo corredor. Eu sabia exatamente o que estava acontecendo. Kevin me avisou ontem, mas eu não esperava que viessem tão rápido.
O cerco havia se fechado.
Meu coração acelerou por um instante, mas meu rosto permaneceu impassível. Eu estava prestes a ser preso.
O estrondo da porta sendo arrombada ecoava pela casa, e eu sabia que tinha poucos segundos antes que a Interpol chegasse até mim. Me levantei da cama num movimento ágil e virei para o lado, vendo Antonella dormindo profundamente. Ela não podia estar aqui quando me levassem.
— Antonella. — Sacudi seu ombro, minha voz baixa, mas firme. — Acorda.
Ela resmungou algo incompreensível antes de abrir os olhos, piscando algumas vezes para focar em mim. Mas assim que viu minha expressão, despertou completamente.
— O que foi? — Sua voz saiu rouca de sono, mas preocupada.
Antes que eu respondesse, ouvimos passos pesados subindo as escadas e Antonella se sentou num sobressalto.
— Richard, o que tá acontecendo?
— Eles chegaram. — Falei sem rodeios. — Preciso que você cuide do Thian.
Os olhos dela se arregalaram, e o desespero tomou conta de seu rosto.
— Não! Você disse que ficaria tudo bem! — Sua voz saiu trêmula, e ela segurou meu braço com força.
Peguei seu rosto entre minhas mãos e obriguei-a a me olhar.
— Ei. Eu vou cumprir essa promessa.
— Então por que parece uma despedida?
Um barulho mais forte veio do corredor, indicando que tinham acabado de derrubar outra porta. Não tínhamos mais tempo.
— Porque preciso que você seja forte agora. Por mim. Pelo Thian.
Os olhos dela estavam marejados, mas sua mandíbula se contraiu como se tentasse controlar as lágrimas.
— Eu não sei o que fazer sem você, Montoya.
Um sorriso curto, carregado de algo que eu não sabia nomear, surgiu em meus lábios.
— Não vai precisar descobrir morena. Eu vou voltar pra você.
Antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa, a porta do quarto foi escancarada, e os agentes entraram, apontando armas para mim.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.