Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Bogotá, 07:13
Faz uma semana que estou preso nessa maldita sala sendo interrogado por dois agentes que não pararam de me fazer a mesma pergunta de sempre. "Por que você matou Carlos Moreno?" Eu tinha meus motivos para fazer o que fiz e faria de novo se acontecesse. Eu nunca deixaria aquele filho da puta vivo depois do que ele fez com a minha garota.
Eu estava no meu limite e há qualquer momento eu iria começar a fazer ameaças se eles continuassem me mantendo sob custódia em vez de me liberarem.
Estava com a cabeça baixa para mesa quando escutei a maçaneta girar e a porta abrir. Santos ou Javier entrou e bateu a porta de um jeito tão brusco que minha cabeça chega latejou. Escutei a cadeira sendo arrastada e um deles se sentou e colocou a mesma pasta de sempre em cima da mesa.
— Vamos acabar logo com isso. — Escutei a voz de Javier e levantei a cabeça o encarando.
— O que foi dessa vez? — Arqueei a sobrancelha e cruzei os braços corrigindo minha postura.
— Queremos uma confissão, Richard.
— Não tenho nenhuma confissão para fazer.
— Você é resistente, sabia?
— Fui treinado para isso.
— Não posso negar que seu pai te treinou muito bem, outros jovens da sua idade já estariam desesperados no primeiro dia que fossem presos e teriam aberto a boca e feito um acordo. Mas você... você é diferente deles.
— Isso é um elogio?
— Não, não é. Mas ninguém aguentaria passar uma semana preso, sendo interrogado a cada hora sobre o mesmo assunto, sem nada para comer, beber e sem dormir.
— Como disse antes, me treinaram para ser desse jeito. Mas o que você quer?
— Não sei como, mas alguém vazou informações para mídia e para imprensa que você foi preso e estava sendo mantido sob nossa custódia.
— Não foi o informante de vocês?
— Não sei por que você insiste tanto que tem um informante.
— Ninguém nunca iria me incriminar de um crime tão grave se alguém não tivesse cochichado nos ouvidos das autoridades.
— Por que não? Só porque você é mafioso e as pessoas temem você?
— Para alguém chegar a esse nível tem que me odiar ao ponto de saber qual será o fim que ela levará.
— Isso é uma ameaça?
— Para você? Não sei. Para o seu informante? Também não sei. A única coisa que sei é que quando a casa cair, porque vai cair. Ou quando ocorrer um deslize tanto de vocês como do seu querido informante. Nenhuma proteção vai me impedir de fazer o que eu quero.
