No Limite do Prazer (Camren)

2° Fase - Saia daí

Quem aí já assistiu Flores Raras?
Eu amo esse filme! Ele conta a história de uma poeta americana e uma brasileira/francesa.

Tem na Netflix.

Outra indicação: estou lendo Verity, de Colleen Hoover. Leiam/:)

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Paris, enfim.

O vento frio bate no vidro do carro alugado enquanto seguimos pelas ruas elegantes da cidade. Meus pais e eu acabamos de sair da locadora de veículos e estamos a caminho do hotel onde ficaremos hospedados. Depois do almoço, visitaremos a Catedral de Notre-Dame, e à noite temos um jantar na casa de Margot, uma amiga da minha mãe.

Margot tem uma filha da minha idade, Laura. Quando éramos crianças, passamos alguns verões juntas, mas nunca nos demos muito bem. Já faz o quê? Uns quatro anos que não nos vemos.

Assim que chegamos ao hotel Plaza Athénée, um dos mais luxuosos de Paris, observo a imponência do prédio com sua fachada adornada por toldos vermelhos e sacadas floridas. O hall de entrada é deslumbrante, com lustres imensos e um aroma sofisticado no ar. Os funcionários nos recebem com simpatia, conduzindo-nos até nossos quartos.

O espaço é elegante, decorado em tons neutros e com móveis clássicos. A cama enorme parece convidativa, mas resisto à vontade de me jogar nela. Prefiro tomar um banho primeiro. A água quente relaxa meus músculos após o longo voo, e quando saio, escolho uma roupa mais leve, já que o clima está abafado para o inverno parisiense.

Depois de nos ajeitarmos, descemos para almoçar no restaurante do hotel. O ambiente é requintado, com grandes janelas que deixam entrar a luz suave da tarde. Sentamos a uma mesa próxima à janela, de onde se pode ver um pedaço da avenida Montaigne, com suas lojas de grife e pessoas elegantes passando.

Fazemos nossos pedidos e, enquanto esperamos, meu pai começa a puxar assunto sobre Miami.

— E então, como estão as coisas por lá? — ele pergunta de forma casual, mexendo distraidamente na borda do copo.

— Muito bem, tem sido uma experiência incrível — respondo, mantendo um tom entusiasmado, ainda que moderado.

— Que ótimo, filha. E a faculdade? Está gostando do curso?

— Sim, não tenho dúvidas de ter feito a escolha certa.

Ele sorri, satisfeito.

— Perfeito, isso é ótimo! Acho a ideia de criar uma marca de roupa com o sobrenome da família simplesmente incrível — diz, animado.

Engulo em seco e tento manter a expressão neutra. A ideia do sobrenome foi dele, não minha.

— Sim... — murmuro, sem vontade de prolongar o assunto.

— Mas e a Lauren? Tem visitado ela?

Se eu te contar os detalhes, papai, você me deserda.

Antes que eu precise formular uma resposta convincente, o garçom chega com os pratos, e eu respiro de alívio.

— Sim, às vezes — respondo de forma simples, pegando meus talheres e me concentrando na comida.

Não quero prolongar esse assunto, então, rapidamente, desvio o foco.

— E você, mamãe? Como estão as aulas de ioga? — pergunto, forçando um tom interessado enquanto corto um pedaço da minha refeição.

Minha mãe sorri, animada com a mudança de tema.

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A noite chegou, e eu estava pronta para o jantar na casa de Margot. Meu reflexo no espelho me mostrava elegante, mas sem exageros: uma regata preta justa realçava minha silhueta, combinada com uma saia longa de tecido fino e branco, fluindo suavemente até os tornozelos. Para completar, um cinto preto da Miu Miu acentuava minha cintura, e sapatilhas da mesma marca davam um toque sofisticado, mas confortável.