45 | Dévotion. 🔞

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         TALVEZ SEJAMOS TODOS obcecados por nós mesmos

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TALVEZ SEJAMOS TODOS obcecados por nós mesmos. Natália era obcecado por si mesma. Christopher era obcecado por si mesmo. Os dois, eram a figura de ambição em carne e osso, mas não a ambição de ser, mas sim, de ter.

Eram sempre os vencedores.

Orgulhosos, era essa a palavra. Queriam ter tudo, primos distantes do ego, encontrados no destino bagunçado que os juntou para ver qual dos dois explodia mais rápido. Bombas relógios em buscas de bombas atômicas para destruir o mundo em que vivem, poiso intuito não era viver, e sim, ver qual dos dois vencia a morte. A morte é uma celebração para os dois.

Natália entrou sozinha no quarto, depois de horas longe, sem dar notícias para onde havia ido. Ainda estava de camisola com um short minúsculo por debaixo, de renda. Não era transparente, mas também não era decente. Ela entrou devagar, abrindo a porta lentamente, de cabeça baixa, mas espiou para ver se ele já estava acordado em desconfiança.

Ele estava. E sim, ele havia notado que ela tinha saído sem avisar na mesma hora que ela tinha saído. Não tinha nenhum sinal do Pippo no quarto.

Ela não encontrou um par de olhos azuis furiosos, pelo contrário, encontrou um par de olhos azuis que a fitavam na calmaria do mundo utópico. Isso a assustava. A calma que ele tinha em situações estressantes era algo de dar medo, ele nunca demonstrava o que sentia de fato. Era um homem que aceitava os fatos,

Christopher, sentado na cama, com o jornal aberto em seu colo nas última notícias do dia que ela havia deixado ali. Ele apenas a olhou em silêncio - mas quase havia uma leve repreensão no olhar.

— Onde você estava, Natália?

Ela fecha a porta atrás de si, colocando o cabelo atrás da orelha e entrando devagar, como se seu marido fosse uma onça. Ela não precisava dizer que havia duas crianças no saguão do hotel com os homens de Marc, ainda não.

Isso era assunto para outra hora.

— Fui dar uma volta. Esfriar a cabeça. — Mentiu ela, parando nervosamente ao pé da cama. Ele a olhou em silêncio por longos segundos, decidindo se acreditava ou não em sua mentira.

— Foi dar uma volta... – Repetiu ele, com o olhar vago nos lençóis desdobrados da cama. – E sem me avisar?

Ele capturou seus olhos. Natália soltou o ar pela boca e se sentou na beirada da cama, erguendo seus ombros.

— É, me desculpa. Não pensei nisso, eu só... Precisava pensar um pouco. Sozinha.

— Pensou o suficiente?

Ela sorriu quando percebeu um certo humor na voz dele. Ele a entendia. Ele entendia a cabeça dela. Ele sabia que os pensamentos que passavam por ali era perigosos e arriscados, e qualquer mínimo sinal de alerta, a cabeça da ruiva virava uma tocha em fogo.

IRON HEART | 🔞 PARTE IIOnde histórias criam vida. Descubra agora