41 | A Volta do Cientista que Nunca Foi.

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       A PALAVA ORGASMO em francês, de uma forma descritiva e analítica, se dizia petit-mort– pequena morte

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A PALAVA ORGASMO em francês, de uma forma descritiva e analítica, se dizia petit-mort– pequena morte. Uma expressão literária que poucos desfrutam e abusam, uma forma formal e romântica de dizer que a morte pode ser romântica e avassaladora.

Não usavam essa palavra no cotidiano, ou melhor, ninguém usava essa palavra. Talvez o romantismo e a melancolia fossem vergonhosos o bastante para se dizer em voz alta, ou, como eu prefiro tratar, é uma daquelas coisas bonitas que você guarda em pensamento e torna só seu, sem praticar em voz alta.

Era disso que eu precisava.

O primeiro beijo sempre era o mais desajeitado. Você tentava encaixar seu lábio, sua língua, seu ritmo com o de outra pessoa. O beijo desesperado era um tanto arriscado comigo – podia ser muito ruim, muito bruto, como também poderia ser a única coisa que eu precisava alguns dias –, o 'certo' era aproveitar cada segundo como se fosse o último.

Para que a pressa? A pressa é a inimiga da perfeição, como diz o ditado.

Dona, é por quilo ou por lote?!

Mas, pouco importa se temos "todo o tempo do mundo" se moramos no nosso trabalho. O que mais recebemos é interrupção, então sim, eu estou desesperada.

Sim, tenho pressa!

Solto-me de Christopher e seguro em seu ombro, sentada em seu colo.

— Ah, qual é... – Christopher já havia desistido. Ele deixa as mãos caírem ao lado do seu corpo, em frustração.

— Quilo, Jair! – Eu grito, irritada.

Eu tento voltar a beijar Christopher quando fica um espaço grande de silêncio e eu acredito que ele tenha ido embora, mas mal enfio minha língua na boca dele antes que Jair esmurre a porta outra vez com sua mão pesada.

Meus olhos viram pra cima e eu desgrudo meus lábios de Christopher.

— Mas aqui está falando que é por lote, patroa!

— Então vende por lote! Por que você me chamou se já sabia?!

Ele fica em silêncio, sem saber como responder. Logo, escuto seus passos cada vez mais distantes e respiro muito mais aliviada. Mesmo com a porta trancada e cortinas fechadas, me sinto constantemente vigiada o tempo todo.

Christopher volta a sorrir e me puxa para mais um beijo.

Sinto suas mãos quentes tocam minha pele por debaixo da minha regata. Elas passeiam pela minha barriga, fazem círculos invisíveis enquanto minha língua brinca com a sua. Sua boca conhece a minha como nenhuma outra conhece, mas ele sempre tenta descobrir mais e mais, até o fôlego faltar. Minhas mãos se perdem em seus cabelos compridos e eu passo meu dedo pela sua orelha, até minhas unhas correrem de volta para o seu pescoço.

IRON HEART | 🔞 PARTE IIOnde histórias criam vida. Descubra agora