Capítulo 7

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Escrito Por:
Gissy Makoto & Daniel Fernandes

  -E então doutor? O que minha filha tem? -pergunto um pouco apreensiva devida a dificuldade do doutor em disfarçar a preocupação ao ler os exames.

   -Só um minuto por favor. -diz então enquanto pega um rádio transmissor e pede para sua secretária se apresentar em sua sala.

   Em pouco tempo a secretária se materializa em nossa frente...

   -Por favor leve essa doce criança para conhecer nossa sala de brinquedos.

   -Sim senhor! Vamos princesa quero te mostrar todas as nossas babies. Diz sorrindo para Sophie.

   Aqui tem a boneca do Frozen?

   -Sim pequena venha eu vou te mostrar. -diz estendendo a mão para minha boneca.

   -Posso ir mamãe? -diz com aquela carinho de cachorro olhando frango de padaria.

  -Claro minha filha mas assim que te chamarmos nós iremos embora.

   Ela segurou a mão da moça e desapareceu pela porta. Pela atitude do doutor percebi que a notícia não era muito boa, afinal por que Sophie não pode ouvir o diagnóstico?

   -Doutor o senhor está me assustando. Me diga o que minha filha tem! -Carlos Daniel foi duro, era duro direto mas por trás  da sua atitude pude sentir o quão temeroso estava.

   -O que eu tenho que falar pra vocês, era e, é  muito delicado e eu preciso que vocês sejam fortes. -diz passando a mão no cabelo impecavelmente arrumado. Quando examinei Sophie, percebi uma pequena disforme a disformia no fígado e então resolvi pedi exames detalhados. Entre os exames que eu pedi, tinha o exame de mielograma. Neste exame eu pude detectar que sua filha possui uma quantidade de linfócitos inadequada e que..... e que.... -pude ver tristeza e insegurança no olhar do médico  -sua filha tem leucemia. Eu sinto muito!

Neste momento foi como se o chão se abrisse sob meus pés me conduzindo ao um inferno sem fim, como se meu corpo ardesse  em chamas numa dor descomunal, o ar me faltava aos pulmões; minha alma parecia estar presa num labirinto escuro  de dor e medo.

   Aquelas palavras ficaram um tempo ecoando em minha cabeça SUA FILHA ESTÁ COM LEUCEMIA.

   Senti minhas mãos gelar, a minha cabeça tonteou e nesse momento senti a mão também fria de Carlos apertando a minha. Nesse instante lembrei que não estava sozinha e quanto olhei  para meu marido encontrei um homem totalmente pálido dominado pelo medo e pela dor. Nessa  hora eu levantei a cabeça e me dei conta que precisava ser forte, pois minha família precisa mim.

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