𝖺𝗉𝗈𝗅𝗅𝗈 𝗉𝗈𝗂𝗇𝗍 𝗏𝗂𝖾𝗐. 📌
4 𝐃𝐄 𝐀𝐁𝐑𝐈𝐋, meu aniversário. Quem diria, 23 anos na pista, só agradecer a Deus por tudo que ele fez por mim e graças a ele que estou aqui hoje, com saúde, quase casado e prestes a segurar minha filha no colo.
Eduarda entrou nas 39 semanas e significa que a qualquer momento Hellena pode chegar nesse mundo louco e eu nem acredito ainda que eu sou pai.
Eduarda pediu pra eu vir com ela no mercado pra comprar algumas coisas que estavam faltando e eu vim, vai que minha filha quer nascer agora.
— Amor, vai fazer o que hoje? 23 aninhos. — Ela me tira dos meus pensamentos com sua voz doce
— Rodízio de japa, minha mãe me chamou. — Falo e ela sorri pegando duas caixinhas de leite condensado
Ela me acordou com um café da manhã muito gostoso e uma cesta de doce com um kit do São Paulo, essa mulher foi feita pra mim.
Ela comprou tudo que tinha que comprar e finalmente fomos pra casa e no trajeto inteiro do mercado até em casa, ela não tirou a cara do celular, o que eu achei muito estranho por que ela fala comigo o caminho inteiro.
— Oh fia, que tanto tu olha esse celular? — Falo
— Tô vendo saída maternidade, amor. — Ela vira o celular pra mim me mostrando roupinhas
— Já decidiu se vai ser normal ou cesaria? — Pergunto virando a rua
— Vou tentar o normal, amor. — Ela desliga o celular
— Meu Deus, que o senhor me ajude. — Falo parando o carro
— Ela vai sair pela minha piriquita e tu que tá pedindo ajuda? — Ela tira o cinto me olhando e eu rio
— Vai ser estranho ver ela saindo, mano. — Tiro o cinto e escuto o barulho da porta — Calma aí que eu vou te ajudar a descer.
— Fofo. — Ela fala e eu fecho a minha porta e dou a volta no carro pegando na mão dela ajudando a mesma a sair do carro
— Caralho, tua barriga tá enorme. — Pego as sacolas na mala do carro e falo pra ela
— Tá gigante mesmo, minhas costas que o digam. — Ela fala botando a mão nas costas subindo as escadas devagar
— Ué amor, você esqueceu a luz acesa? — Falo olhando pela frecha da porta
Paro atrás dela esperando ela abrir a porta e quando ela abre escuto o barulho de um confete explodindo e um coral se forma.
— SURPRESA!!!!! — Todos que estavam na sala gritam em um coral e meus olhos vão direto pra duda
— Feliz aniversário, meu amor. — Ela sussura sorrindo
— Você acreditou mesmo nessa história de rodízio de japa, filho? — Minha mãe vem até mim me abraçando
Todos me abraçaram e me desejaram felicidades e tudo que já tinham me desejado por mensagem. É maravilhoso tudo isso.
— Por isso que tu me chamou pra ir no mercado do nada, né? — Viro pra duda rindo
— Alguém tinha que te distrair.
Minha mãe fez meu bolo favorito: Chocolate com Maracujá, docinhos e até o brownie que a duda faz e eu nem sei como que ela fez.
— Vai tirar foto, Cauí. — Minha mãe diz
E lá se foram 30 minutos de foto.
Terminamos as fotos, comemos tudo, cantamos parabéns e agora estamos aqui sentadas na sala da minha casa, com música na televisão e conversando sobre tudo que vem na mente.
— Vai fazer Cesárea ou Normal, amiga? — Kakau pergunta acariciando a barriga da duda
— Vou tentar o normal. — Responde sorrindo
— Que Deus ajude o mano Apollo. — Jota me da dois tapinhas no ombro rindo
— Gente, ela vai sair da piriquita da Duda e vocês pedindo pra ajudar o Apollo? — Nath fala cruzando os braços
— Imagina o nervosismo de ver uma criança saindo de dentro dela, parça. — Barreto diz
— Exatamente, mano barro. — Faço um toque com ele
Eles ficaram até tardezinha com a gente rindo, conversando e meu aniversário não podia ser melhor com as pessoas que eu mais amo do meu lado.
— Tchau, gente. Obrigado por vir. — Me despeço dos últimos e fecho a porta trancando
— Como se sente agora com 23 anos? — Ela fala guardando os pratos
— Deixa aí amor, a gente arruma amanhã. — Vou até ela e puxo a mesma — E respondendo sua pergunta, estou me sentindo realizado por que agora tenho tudo que eu sonhei.
Ela sorri e me dá um selinho demorado me abraçando forte logo em seguida.
— O aniversário é seu, mas eu que ganhei o presente de ter alguém tão incrível do meu lado.
— Eu te amo, mulher.
— Posso te pedir uma coisa? — Ela fala e eu assinto
— Se alguma coisa acontecer comigo, cuida da nossa filha com tudo de você. — Assim que ela termina de falar, eu olho pra ela com uma expressão confusa
— Como assim acontecer alguma coisa com você? Tá doida? — Dou um riso fraco
— A gente nunca sabe se algo vai acontecer ou não, amor. Eu só quero ter certeza disso. — Ela fala
— Eu vou amor, mas você tá me preocupando. — Falo e ela sorri
— Tá tudo bem, daqui a pouco a nossa filha tá aqui e a genta vai cuidar dela, tá bom? — Eu assinto e ela me dá um beijo na bochecha — Vou ir tomar banho.
Que sentimento estranho.
