+18| SORTE A MINHA - 𝘍𝘳𝘦𝘥 𝘞𝘦𝘢𝘴𝘭𝘦𝘺
Em meio aos corredores encantados de Hogwarts, Anne Hathaway e Fred Weasley sempre foram melhores amigos - até que um sentimento inesperado bagunça tudo.
Entre travessuras, feitiços e corações te...
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ANNE HATHAWAY
2 anos depois.
O tempo não curava, mas suavizava. Era isso que aprendia todos os dias desde a Batalha de Hogwarts. Desde que o corpo de Fred Weasley jazia imóvel no Grande Salão, com aquele sorriso ainda presente, como se tivesse contado uma piada antes de partir.
Nos primeiros meses, o mundo parecia não ter cor. A voz de Fred — tão viva, tão cheia de travessura — ecoava na minha mente a cada esquina, nos corredores da Toca, no banco de trás da loja Gemialidades Weasley, ou em qualquer conversa com George.
Chorava em silêncio, nas noites em que o mundo dormia e só a lua ouvia meus soluços. Mas mesmo entre as lágrimas, havia algo que não me deixava afundar: a lembrança dele. Fred viveria em mim, e jamais permitiria que fosse só dor.
Me mudei, passei uma temporada no Brasil, encontrei meus pais, logo voltei a Londres, comecei a visitar George com mais frequência, ajudando-o a reorganizar a loja, mesmo quando ele não tinha forças para sorrir. Juntos, encontrávamos forças um no outro, e na ausência de Fred, passamos a nos reconstruir. A primeira vez que ri de verdade após a guerra foi quando um protótipo descontrolado explodiu tinta roxa na cara dele. George gargalhou, e eu, coberta de tinta, gargalhei junto. Por um segundo, foi como se Fred estivesse ali, rindo também.
Decidi então, que meu luto não seria silêncio, mas memória viva.
Nas paredes do meu quarto, pendurei fotos dele. Fotos dele comigo — em Hogsmeade, em piqueniques na infância, dançando desajeitados nas festas na Toca. Em minha escrivaninha, repousava uma carta de Fred que relia nos dias difíceis, onde ele dizia: "Viva tudo o que eu não pude. E se algum dia o mundo pesar demais, lembra de mim como eu era: rindo alto, de braços abertos, e completamente, irremediavelmente, louco por você."
Então eu vivi.
Voltei a focar em mim, viajei, escrevi crônicas sobre guerra, amor e recomeços. Em cada página, Fred aparecia — às vezes como lembrança, às vezes como inspiração, mas sempre com o mesmo sorriso debochado e carinhoso.
Sabia que seguir em frente não significava esquecer. Significava carregar aquele amor comigo, onde quer que eu fosse.
E sempre que o céu parecia cinza demais, erguia os olhos e sussurrava: — Eu ainda te amo. E ainda estou vivendo. Por você. — Por que no fundo, sabia que o ruivo ainda me escutava.
O riso de Fred ecoava em meu coração. E ali ele jamais morreria.
Certa vez, enquanto caminhava pelo Beco Diagonal e parei em frente à Gemialidades Weasley, sorri ao ver um grupo de crianças encantadas com um novo produto de George. Uma das meninas usava um chapéu falante que gritava piadas bobas em voz alta. Sorri. Era tolo, era mágico, era Fred.
Entrei na loja e andei até o fundo, onde agora havia uma pequena placa emoldurada: "Em memória de Fred Weasley — para que o mundo nunca se esqueça de rir, mesmo quando tudo parecer escuro."
Passei os dedos pela moldura, como se tocasse o rosto dele. Respirei fundo e disse baixinho, para que só eu ouvisse:
— Eu ainda sinto sua falta todos os dias... Mas hoje, eu sorri de novo. — Lacrimejei. — E acho que você teria adorado a piada do chapéu. — Sorri.
E com o coração aquecido, saí da loja.
Segui vivendo — com saudade, com coragem, com amor. Fred sempre estaria comigo. Não como ausência, mas como presença suave e eterna, guardada no canto mais bonito do seu coração.
E toda vez que o mundo parecia pesado demais, eu me lembrava: Ele queria que eu vivesse. E então eu vivia. Por ele. Por mim. Com todo amor. Sempre. E com toda a sorte.
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O fim de uma das histórias que mais mexeu comigo enquanto escrita.
O que acharam? Por favor, deixem a opinião de vocês? Me contem tudo!