Chuva

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Garçom traz nossas bebidas, bebo um pouco para ajudar a ingerir tudo, parece que tem um nó em minha garganta. A chuva La fora esta cada vez mas forte, mas nem por isso deixava de escutar as batidas do meu coração que batia desesperadamente, sabia que tinha que falar alguma coisa,só que as palavras me faltavam. Precisava pensar saber o que eu quero e o que ele realmente quer.

- Mas o que você realmente quer me dizendo tudo isso?

-Sinceramente

-Sim

-Nada, só queria que você escutasse isso de mim do que em alguma revista de fofoca.

-Quando foi isso?

-Quase um mês atrás.

- Por que só agora você veio me procurar?

- Só agora a bomba explodiu, não tínhamos contato o motivo da nossa separação só agora.

Havia mil coisas que eu queria dizer, mas eu não consegui e como se minha garganta tivesse fechado e que nada que eu fosse dizer seria o suficiente. Meu desejo era me jogar em seus braços e dizer que tudo iria ficar bem, só que eu não tinha certeza se isso iria acontecer. Não sei o que me impedia de fazer isso se era a distancia de Tom nesse momento ou o meu medo de me decepcionar.
Seu olhar estava direcionado para a janela, suas mãos inquietam sobre a mesa. O silencio entre nos não era incômodo, como se a gente precisa- se daquele momento depois de tudo que foi dito. Eu deslizei meus dedos ate suas mãos, ele junta as duas em um aperto leve, meu corpo se arrepia todo com essa aproximação. Quem eu estava querendo enganar, eu o desejava meu coração era dele. Queria naquele momento sobre meu corpo com os pingos de chuvas nos molhando enquanto nossos corpos se encaixavam perfeitamente. Ao olhar pela janela a chuva continua cada vez mais forte, o céu em um cinza escuro com um sol fraco iluminando a rua e o pequeno jardim em frente. Sabia que ele queria uma resposta uma palavra de conforto, eu ainda tinha duvida, foi tudo muito inesperado. Ele falou que não queria nada com isso, então porque me dizer tudo que lhe aconteceu, para que me procura.
Nossas mãos continuavam unidas, Tom acariciava meus dedos tão de leve que mal sentia seu toque. Eu queria mas que aquilo, queria ser dele me entregar sem pressa, sem pensar em mas nada alem de nos dois.

-Tom. –  ele me encara em seu rosto a tristeza e a desilusão. Percebo as olheiras em volta de seus olhos. Não vejo o seu brilho natural nem um sorriso de canto, como se não existisse a esperança. – Podemos ir algum lugar mais reservado?

-Claro. – Tom se levanta e eu o acompanho ate o balcão, pego a bolsa para pagar mais ele me impede e me diz que e por sua conta. Assim que ele paga, pega em meu braço e saímos para enfrentar a tempestade. Tom me indica seu carro do outro lado da rua e corremos, destrava as portas e logo me sento no banco do passageiro e ele logo também entra no lado do motorista.

-Desculpa molhar seu carro. – torço meu cabelo encharcado e minhas roupas molhadas. Sei que  me encara sinto seu olhar sobe meu corpo. Viro para ele que me olha com desejo, apesar de esta molhada meu corpo se aquece. Sem desviar nossos olhares, liga o ar condicionado e um ar quente me atinge fazendo meu corpo se arrepiar. Liga o carro e entramos na avenida, o caminho esta calmo por causa de chuva. Permanecemos em silencio por todo o caminho. A chuva não da trégua em nenhum momento. Tom entra em uma estrada de terra ficamos nelas por mais uns minutos. Para em frente a um portão de madeira baixo e atrás dela um caminho que dava para um casarão, não conseguia ver direito por causa da chuva. Ele sai do carro correndo e abri o portão em nossa frente, sua camisa colada em seu corpo definindo e seu cabelo colado em suas costas larga. Volta para carro, seu rosto molhado e perfeito sua boca carnuda me chamando para um beijo quente e voraz.
Ele nos leva ate a casa parando em frente aos degraus da porta, Tom sai e logo abre a minha porta pega em minha mão e sai do carro e corremos para a varanda. Ele abre a porta com uma chave em sua mão, paro no batente da porta e me viro para o lado da casa com um jardim lindo em gramas bem verdes, sem olhar para ele desço novamente a escada e ando paro lado da casa indo um pouco para o fundo. Em sua lateral também há uma porta, mas o que me surpreende e a grama bem cuidada. Sinto minha roupa colar mais em meu corpo, olho para céu e a chuva a todo vapor cai sobre o chão, Tom aparece ao meu lado e sem perde a coragem eu me viro para ele.

Desilusão (Tom)Onde histórias criam vida. Descubra agora