Encontro Inesperado

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Ola!

Só uma coisa.

Não me matem.

Dois anos depois

Tom

Depois daquela tarde Inês sumiu, não consigo explica como. Não atendia minhas ligação, nem Gus sabia dela, mas eu tenho certeza que ele estava me escondendo, pois foi ele que a levou de mim. Depois de uns meses parei de procurá-la, sofri muito e ainda sofro por ela. Não consegui me envolver com mas ninguém. A única coisa boa de tudo isso e que eu e meu irmão voltamos a nos entender, somos muito mais próximos e ajudamos um ao outro.

-Fala Margô.- Atendo meu telefone sem tirar os olhos do computador, nesse tempo minha empresa duplicou de tamanho, agora tenho filiais por quase todo o mundo e claro o trabalho duplicou junto.

-Senhor tem uma reunião em meia hora.

-Obrigada, alguém já chegou?

-Sim, estão na sala de reunião organizando os últimos detalhes.

-Ta bom.

- Senhor, tem alguém aqui querendo lhe falar.

Porra será que tem como esse dia piorar. Não consegui parar nem um segundo, nem almoço eu tive. O tempo esta apertado e falta muita coisa para termina para essa apresentação. Esfrego meu rosto frustrado e respiro antes de respondê-la.

-E muito importante.

-E sim. - Congelo ao escutar a voz de Gustav, faz muito tempo que não nos falamos e eu o culpo por levar Inês para longe de mim. Para ele me procurar deve ser muito importante, na nossa ultima conversa as coisas não foram muito boas. Ajeito-me na cadeira e fecho meus olhos e tento controlar minha respiração. Quando consigo peço para Margô deixá-lo entrar.

- Ola! Tom.

-Gustav. - Nos encaramos por alguns segundo, percebo o quando ele mudou esses anos. Seus cabelos estão curtos o rosto mas amadurecido, como se fosse outra pessoa. Indico a cadeira em frente a minha mesa, que recusa com um gesto de cabeça.

-O que eu tenho a lhe dizer será rápido.

-Em que posso ti ajudar? - Encosto na cadeira e o olho esperando sua resposta, só que Gustav avalia minha sala antes de voltar sua atenção para mim. Pega alguma coisa em seu bolso e caminha para, mas perto e deposita um papel.

-Aqui esta o endereço dela.

-O que ...

-Não precisa falar nada.

-Por quê?

-Só não acho certo.

-O que?

- Quando a gente conversou da ultima vez, eu realmente não sabia onde ela estava. -Ele caminha ate a janela atrás de mim e sem se vira continua. -Depois de uns três meses ela me procurou, me comunicando que iria voltar para o Brasil. Perguntei por qual motivo. Só que ela não podia me dizer naquele momento, logo que pudesse ela me contaria.

Gustav se vira e nossos olhares se cruzam, como se todo o peso desses anos estivesse sendo liberado em suas palavras, se guarda tudo aquilo fosse demais. A ferida em meu peito se abre ao lembrar-se do passado a dor me atinge me fazendo encolhe, aliso meu peito como se assim fosse diminui a dor.

-Só que ela nunca mas me procurou Tom. Então fiz a única coisa que passava em minha mente.

Uma batida na porta nos trás de volta e como se estivéssemos em outro mundo. Senhorita Margô entra com tudo e sem tirar os olhos de Gustav me comunica.

-Senhor só falta...

-Eu sei, pede para Jorge liderar por mim.

-Mas senhor.

- Por favor, não estou para Ninguém.

-Sim Senhor.

Assim que ficamos sozinhos, nenhum dos dois se manifesta. Gustav fica perdido em seus pensamentos. Pego o papel em minha mesa e ao olhá-lo vejo que o endereço e de Los Angeles. Pelo que eu tinha entendido ela estava no Brasil, como o endereço pode ser daqui?

-Faz pouco tempo que ela voltou. -Olho para Gustav e percebo que ele esta atrás de mim.

-Como?

-Por obra do destino ela estava trabalhando para uma das minhas filiais no Brasil, como ela estava com dificuldades para criar..... - ele para por um segundo me olhando com um pesar nos olhos e entao continua. - Então só pedi para o oferecerem uma oportunidade de ganhar mais.

-Não sei se devo procurá-la, ela deixou bem claro que não queria me ver. - Esfrego o meu rosto em desespero, isso era tudo o que eu queria. Não era por medo de sua rejeição que eu não a procuraria, ficaria de longe só para ver se ela esta bem, se mudou com o tempo. Sinto uma mão em meu ombro e automaticamente deposito minha mão por cima. Sentia falta de meu amigo.

-Me perdoa.

-Você só queria ajudar uma amiga.

-Só que você também e meu amigo. -Escuto seus passos atrás de mim, quando olho ele já esta na porta e antes de sai ele se vira e me olha. O seu olhar e diferente de quando entrou, mas leve como se todo o peso tivesse indo embora.

-Adeus.

-Até mas Gustav.

Desilusão (Tom)Onde histórias criam vida. Descubra agora