Capitulo 3

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Ficamos um tempo num silecio um pouco constrangedor. Mas então Luke olha para mim e fala:
-    Já que temos que nos conhecer melhor, vou ter que fazer varias perguntas, a primeira vai ser, você mora aonde?
   Me viro para ele, vejo que ele esta sorrindo então também sorrio.
Fico meio indecisa de falar onde moro, mas acho que isso não tem problema.
-    Eu moro no Rio de Janeiro, e você?
-    Serio? Eu também moro no Rio de Janeiro, mas eu moro no Leblon.
-    Eu em Botafogo.
O elevador para e abre a porta. Quando nos saímos do hotel, sinto um vento gelado bater no meu rosto, é tão bom.
-    Como nos vamos chegar na cidadezinha?
-    De gondola. Vem.
Ele pega o meu pulso bom, o toque dela na minha me faz ter outro arrepio, e vai me puxando para a direção da gondola
Entramos da gondola, esento e vejo que ele sentou ao meu lado mas com espaço bem grande entre nos.
Ele se vira para mim e eu me viro para ele, ficamos cara a cara. Ele da um sorriso.
-    Então.... Você esquia a quanto tempo?
-    Eu comecei a esquiar a três anos atrás, sendo que ano passado eu não esquiei então eu conto como só dois anos.
-    Uau... Você esquiou pouco para estar descendo uma preta como a que eu te esbarrei.
Abro um sorriso no rosto.
-    Brigada.... E você, esquia a quanto tempo?
-    Desde um sete anos, meu pai que me ensinou, ele ama esquiar, todo mundo da minha família esquia.
-    Legal, você já esquia sozinho?
-    Depende, ontem eu estava mas hoje não, eu esquiei com o meu pai, até eu ver sua prima e... Você ja sabe o final da historia.
Percebo que ele chega mas perto de mim e abre um sorriso maior,  Luke abre a boca para falar alguma coisa mas antes que ele consiga a porta da gondola abre e eu me levanto saio dela. Espero Luke sair, e então começamos andar em direção ao Café que vamos tomar chocolate quente.
Enquanto estamos caminhando vejo as pessoas esquiando. Que inveja eu tenho delas, se não fosse pela batida. Mas quando olho para uma pessoa que parece meu pai fico preocupada e começo a andar mais rápido, Luke percebe.
- Não se preocupe, ninguém da sua família está te procurando.
Quando chegamos na frente do Café, luke abre a porta para mim com um sorriso, entro e cinto um vento quente batendo em meu rosto
O Café tem tamanho médio, as mesas são de de madeira bem simples na verdade tudo é simples, só uma perde dele tem um vidro bem grande que da para ver um pouco da pista de esqui do outro lado.
Eu me sento na mesa, mas Luke continua em pé, ele olha para mim.
-    Chocolate quente?
Dou um sorriso e faço um sim com a cabeça.
Observo Luke  indo pedir o chocolate quente no balcão, ele está vestindo uma calça jaez e um casaco cinza bem simples. 
Depois de um tempo Luke volta com dois copos nas mãos, me entrega um e depois se senta.
Dou um gole, mas percebo que esta muito quente e queima minha boca, faço  uma careta e acho que ele percebe porque ele abre um sorriso quase rindo.
- Então...- eu começo a puxar conversa-  O que você gosta de fazer?
Ele bebe um gole do chocolate quente.
- Quando estou no Rio de Janeiro gosto de andar de bicicleta, e adoro ajudar meu pai a mexer na motocicleta dele.
- Então seu pai anda de motocicleta?
- Anda desde de criança ele é apaixonado por motocicleta... Quando eu tiver 17 anos meu pai vai me deixar andar na motocicleta dele. E ele também vai me ajudar a fazer uma pra mim.
- Seu pai parece ser bem legal.
- Ele é.
Ficamos conversando um tempão. Descobri que tem dois irmãos um mais velho e outro mais novo. Que só ele se interessa pelo moto do pai dele mas a família toda a anda de bicicleta, eles até fazem competições e como o Luke disse tem vários trofeus no quarto dele.
Ele me falou também que a esquia todo ano aqui. A mãe dele nasceu aqui e o pai dele nasceu no Brasil. Então ele mora no Brasil e nas férias ele vem para aqui com toda a família para visitar os familiares da parte da mãe. Mas os pais de Luke esse ano conseguiram mudar o lugar de trabalho do Brasil para aqui. Então ele vai passar a morar aqui.
Depois de tanto conversar nossos chocolate quentes ficaram frios. Olho para o meu telefone e vejo o horário já são quase 12:00! Me levanto rápido e Luke leva um susto.
- Tenho que ir já são quase 12:00! Minha mãe já deve tá chegando em casa! 
Eu vou indo para a porta quase correndo, abro ela e sinto o ar gélido no meu rosto, não me lembro de estar tão frio. Dou dois passos e sinto Luke do meu lado.
- Calma a gente vai conseguir chegar antes dela.
Ele toca no meu braço para me acalmar. Sinto um calafrio. Droga! deveria ter pegado o meu cachecol ou um gorro.
- Você tá com frio?
Olho para ele com um sorriso frouxo faço um não com a cabeça. Mas não convenci ele.
Luke tira seu cachecol preto, segura meu braço  e me para. Então ele chega perto de mim abre um sorrisinho e bota o cachecol no meu pescoço. Dou um sorriso de agradecimento e sinto que minha bochechas estão ficando vermelhas.
Na mesma hora sinto que o cachecol tem um cheirinho de baunilha. Hummm tão gostoso!
Ele olha para os meus olhos e eu para os deles, são tão lindos parecem um mar cristalino.
- Tá mais quentinha agora?
- Aham.
Ele dá uma risada.
Começo a andar de novo e mais rápido. Luke vai me acompanhado ao meu lado. Pegamos a gôndola mas uma professora de esqui e um garotinho que deve estar com ela entram com a gente.
Me sento e Luke ao meu lado só que bem mais perto de mim do que na ida. Fico um pouco desconfortada mas o que eu posso fazer?
Olho para o relógio de novo 12:5h. AI MEU DEUS. Minha mãe vai na matar! Ela nunca vai me deixar ficar sozinha no apartamento...
A gôndola chega e eu saio correndo e Luke atrás de mim.
Chego no elevador ofegante e Luke também.
- Leticia... - começa Luke - você deve tá bem preocupada pra vir correndo até aqui.
Ele abre um sorriso de brincadeira muito lindo.
- Sabe minha mãe não vai gostar de saber que eu sai sem ela saber do apartamento ainda mais com um garoto que ela nem conhece e que eu conheço a menos de um dia.
Dou uma risada nervosa e ele me olha sorrindo. Fico um pouco envergonhada.
A porta do elevador abre e vou andando bem rápido para a porta, pego minha chave e abro a porta, vejo se tem alguém mas por sorte minha mãe não chegou ainda.
- Ufa!... Ela não chegou ainda...
Me viro para Luke ele abre um sorriso.
- Que bom! Então... Foi legal.
- Quer sair de novo amanhã?
Fico um pouco surpresa com a pergunta dele.
- ham.... Er... Acho melhor não... Se minha mãe tivesse aqui e eu não tivesse em casa acho que ela teria um infarto... Mas a gente pode ser encontrar por ai.
Ele desfaz o sorriso e parece um pouco triste.
- ah... Er... Tá bom então... A gente talvez se veja por aí mesmo...- então ele olha para o meus olhos e depois para um pouco abaixo do meu queixo e abre um sorriso de novo. Que estranho. Acho que esse garoto tem um problema só pode ser uma hora ele tá triste a outra ele tá sorrindo de novo - Não acho que vai demorar para nos vermos de novo..
Ele fala isso como se tivesse certeza disso. Eu tenho certeza do contrário disso.
Ele chega mais perto de mim e então mais perto, sinto seu cheiro de baunilha. Fico apavorada não sei o que fazer. Ele vai me BEIJAR. O que eu faço? Então quando estou quase fechando os olhos ele levanta a mão e bota uma mecha do meu cabelo para trás. Sinto um arrepio.
Ele se afasta e sorri.
- Tchau.
Fico paralisada olhando para o corredor. Nunca senti isso antes, achava tanto que que ia me beijar. EU QUERIA TANTO QUE ELE ME BEIJASSE! O cheiro dele de baunilha, hum.. Como ele consegue ter esse cheiro? É tão bom. 
Saio do transe e fecho a porta rapidamente tiro o casaco, botas, luvas e o cachecol preto de Luke. CALMA. Cachecol de Luke? Olho de novo para cachecol. AH isso explica tudo. Porque ele tinha tanta certeza que eu ia encontrar ele de novo em breve. ELE FEZ DE PROPÓSITO. Espertinho... Mas uma parte de mim gostou de ter uma coisa dele com o cheirinho dele perto de mim. Boto o cachecol na minha bolça. Mais tarde eu vou ver o que vou fazer com ele.
Agora eu tenho é que escrever para Emma,
Ela vai adorar saber o que tá acontecendo. Sorrio só de pensar no que ela vai falar.

Frozen raindrop: o garoto que mudou minha vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora