Senti minha cabeça doer e quando abri os olhos a claridade piorou a situação. Ainda estava tonta e um gosto amargo tomava conta do meu paladar. Eu tinha esquecido como era ruim ficar de ressaca.
- Puta merda! - Levei as mãos ao rosto. Me levantei com um pouco de dificuldade. Eu andei com mais dificuldade ainda, me apoiando nas paredes, até que minha visão foi voltando ao normal e eu percebi moveis estranhos, piso diferente e outras coisas.
- Bom dia! - Uma voz feminina me atraiu e eu a encarei. Ela era familiar, mas eu não lembrava de onde. Eu a encarei confusa. - Maia. - Ela sorriu. - Nos conhecemos ontem no bar. - Arregalei os olhos.
- Esse é seu apartamento? - Minha voz saiu rouca e embargada, mas o desespero podia ser notado.
- Sim, mas não se preocupe, não fizemos nada. Você é casada certo? - Apontou para minha mão esquerda.
- Verdade. - Olhei um tanto decepcionada para aquela aliança, mesmo chateada e caindo na real que Camila queria mesmo era se divorciar e não tinha coragem para dizer.
Depois de muito insistir, Maia conseguiu me fazer tomar café da manhã. Ela me emprestou roupas. Ela disse que me trouxe para sua casa porque eu estava desmaiada e os seguranças iam me jogar para fora do bar e realmente foi algo legal. Ela deixou meu carro no estacionamento de lá e disse que não tinha problemas, porque ninguém iria fazer nada.
Depois de buscar meu carro, decidi voltar para casa. Nem se quer me dei ao trabalho de ligar o celular no meio do caminho. Assim que entrei em casa, percebi que tinham quatro pessoas na sala. Apenas joguei as chaves de casa e do carro em cima de uma mesinha que tinha ali e subi, nem estava com paciência e humor para conversar. Fui tomar um banho. Quando sai Camila estava sentada na cama, seus olhos estavam super inchados e seu nariz vermelho. Andei até minha parte no closet e peguei uma roupa confortável. Não tinha vergonha de ficar nua na sua frente, porque era normal pra nós.
- Vamos poder conversar ou você vai continuar me ignorando? - Ela falou com a voz rouca por conta do choro.
- Eu estou terminando de me vestir.
- Você sempre faz isso! - Ela falou irritada. - Você se irrita com alguma coisa e desconta em mim.
- Isso é mentira! - Eu virei depois que coloquei a blusa.
- E o que está fazendo agora? Não esta descontando em mim algo que eu não disse?
- Você disse. - Eu falei nervosa.
- Se eu quisesse me divorciar eu teria te dito, não acha, afinal sou casada com você. Onde você estava? - Ela começou a se alterar também.
- Por ai - Respondi com pouco caso.
- Por ai com quem?! - Ela colocou as mãos na cintura.
- Eu não fico perguntando com quem você ta saindo e pra quem ta dando.
- Cala a boca! - Camila falou super alterada e foi só ai que eu percebi o que tinha falado. - Você é uma idiota, eu passei a noite inteira pensando em você, chorando preocupada que algo pudesse ter acontecido e você provavelmente estava por ai comendo alguma vadia.
- E VOCÊ SE IMPORTA COM ISSO POR QUÊ? TA INFELIZ A GENTE SE DIVORCIA E VOCÊ FICA LIVRE DE QUALQUER OBRIGAÇÃO QUE ACHA QUE DEVE A MIM. - Gritei e Camila se encolheu.
- Você quer se divorciar? - A voz dela saiu falhada.
- Ei está tudo bem aqui? - Dinah entrou no quarto e eu já estava muito irritada.
- NÃO SE METE! - gritei para Dinah. - Eu vou te da sua liberdade, vamos assinar o divorcio.
- Você quer se divorciar sua idiota, então ta bom. - Ela andou até o closet e começou a jogar minhas roupas em mim. - Eu to grávida... Sua babaca... Vai morar com sua vadia, desgraçada. - Ela ia jogando minhas roupas em mim. E foi ai que eu lembrei que ela estava grávida, que eu tinha gritado com ela e que havia acabado de pedir o divorcio, quatro dias depois do nosso aniversário de casamento.
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My fake wife (camren)
Fiksi Penggemar- Feliz dois anos de casamento. - Ela deu um beijo na minha bochecha e eu um em sua testa, pra depois lhe entregar seus dois buques. Pessoas de fora considerariam isso estranho, afinal, que casal não se cumprimenta com um beijo, ainda mais num dia...