O Mal

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Notas iniciais do capítulo

Vou confessar uma coisa... EU GOSTEI DESSE CAP! Juro, é muito raro eu ficar satisfeita com um cap, sempre fico meio na duvida, meio insegura... Mas esse me cativou ♥ Então lá vai...

Boa leitura! ♥

***

Diga, parte 2

Tira essa roupa pra que eu possa ver que não há uma arma tentando se esconder.
O mal vive num lar perfeito e sem infiltração.

Fresno



Era tarde, muito tarde. Se fosse pega fora da cama á essa hora ganharia uma detenção, mas ela tinha que arriscar. Esgueirou-se pelos corredores, andando rápido e silenciosamente, até que chegou na sala de poções. Não foi difícil abri-la, Horácio nunca á trancava, por isso conseguiu facilmente.

Entrou e correu até o armário de ingredientes.

Seus olhos procuraram pela erva que precisava, era rara e perigosa, mas que seria sua salvação. Lily tinha passado a semana toda trancada na biblioteca, pesquisando e pesquisando e pesquisando, até que encontrou um meio de dar fim á sua gravidez indesejada.

Suas habilidades com poções não eram muito boas, de modo que ela jamais conseguiria preparar uma poção abortiva decente, e Severus se recusara a ajudar. Argh! Que grande idiota ele foi! Como ele não podia enxergar que era a coisa certa a se fazer? Eles não podam ter um filho! Por Morgana, ela só tinha 17 anos!

Então ela leu sobre essa erva. Só tinha que tomar um chá e pronto! Adeus feto. Adeus barriga.

Não é que ela não quisesse ser mãe. Ela queria, até. Mas não agora e não de um Snape. Ela queria um filho de Thiago, que tinha recursos para criar uma família, que era um bruxo popular e bonitão. Amava Severus, mas por que ele tinha que ser tão esquisito? Se cortasse os cabelos e se vestisse melhor... Talvez ela assumisse algum compromisso com ele...

— Aqui! — exclamou eufórica quando finalmente encontrou.

Ela pegou o pequeno vidrinho repleto de folhas azuis e o colocou no bolso. Alivio correu solto em seu corpo, agora era uma questão de horas para se livrar do seu probleminha.

***

Um mês depois, Slughorn deu uma de suas famosas festas, com o intuito de comemorar o alto desemprenho que o sétimo ano tinha obtido em um de seus testes. Isso não era lá motivo muito grande para uma festa, mas o velho e barrigudo Slughorn estava entediado.

Sendo assim, ás 20h00 de uma sexta-feira, Snape se viu rumando para a ala particular pertencente ao mestre em poções.

As coisas com Lily não tinham evoluído de maneira alguma, muito pelo contrário; a grifana de cabelos vermelhos continuava dizendo que não teria o bebê. O Sonserino estava incerto, pela primeira vez em sua vida, sobre os sentimentos que tinha sobre a garota. Não sabia mais se á amava ou odiava. A verdade, é que ele não sabia mais quem era aquela mulher. A Lily por quem ele se apaixonara nunca faria algo tão repulsivo como um aborto.

— Snape! — uma voz conhecida lhe chamou. Ele não precisava se virar para saber que era Hermione quem corria atrás dele pelo corredor, aquela irritante o perseguia todos os dias, puxando cada vez mais conversa fiada. Ele só não sabia o porquê. — Espere!

Á contragosto, o moreno diminuiu os passos, permitindo assim, que Hermione o alcançasse.

— Está indo para a festa do professor Slughorn? — perguntou ela com a respiração pesada.

Diga (Snamione)Onde histórias criam vida. Descubra agora