Por amar um assassino

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Let me go

You came back to find I was gone. And that place is empty, like the hole that was left in me, like we were nothing at all. It's not what you meant to me. I thought we were meant to be.

Você voltou para descobrir que eu tinha ido embora. E aquele lugar está vazio, como o buraco que foi deixado em mim, como se fôssemos nada.

Não é o que você significava para mim, pensei que fôssemos destinados um para o outro.

Avril Lavigne (Feat. Chad Kroeger)

Sua cabeça parecia estar a ponto de explodir. Sentia todos os membros do corpo cansados e doloridos. Tudo o que ela queria era deitar e dormir; apenas fingir que tudo o que vivera fora um simples sonho, mas não podia.

— Eu só não consigo entender o que deu errado! — exasperou-se Harry, todo ele arranhões e cicatrizes.

Estavam no chalé das conchas e, apesar da calmaria do lugar, o ar ainda cheirava a guerra. Ela podia ver no olhar de cada um que estava ali que nada mudara.

— A profecia não era sobre o que pensávamos que era, Harry — tornou a explicar a grifana. Faziam horas que estavam falando sobre aquilo, desde que ela chegara do passado. — Eu falhei. Isso é tudo.

— Mione, tem certeza de que se tratava sobre Snape?

— Absoluta! Ele engravidou uma garota no passado, e era sobre isso que a profecia falava. E-eu tentei, juro, quando Dumbledore disse que estava na hora de voltar, eu estava absolutamente segura de que a criança estava à salvo.

Hermione não conseguia entender. O bebê de Lily estava bem, não estava? A ruiva não faria mais nenhum mal à ele.

— Bom, o quê fazemos agora? — perguntou Ron.

— Continuamos com o nosso plano — começou Harry— Grampo vai nos ajudar a entrar no Gringots; precisamos encontrar o que Bellatrix esconde lá.

— Harry— interrompeu Bill, enquanto servia uma dose de poção do sono sem sonhos para Hermione —, ela acabou de viajar no tempo. Pode parecer, pra nós, que poucas horas se passaram, mas Hermione deve estar física e mentalmente esgotada.

— Ele tem razão. Durma, Hermione, vocês partem amanhã — sugeriu Lupin.

Fora ele quem a levara até a fissura temporal para atravessar e fora ele quem a trouxera de volta para o chalé das conchas. Só agora ela entendia o porquê do lobisomem ter sido o primeiro a se dispor a tarefa.

A grifana assentiu sem discutir, estava de fato exausta. Duvidava que conseguisse dormir, mas um pouco de silêncio e solidão a fariam bem. Mas antes ela queria conversar Lupin.

— Remus, posso falar com você por um momento — ele assentiu e juntos subiram as escadas até o quarto de hospedes.

Sua cama ainda estava por fazer, suas coisas exatamente onde ás deixara na noite antes da profecia.

— Isso é tão estranho. Passei meses fora e nada mudou. Nada.

— O tempo tem seus mistérios, Hermione — Lupin disse mansamente. — Mesmo que você tivesse mudado algo, nós nunca saberíamos; porque então sempre seria assim. É muito complicado. Pelo que sabemos você pode ter mudado... Tudo!

—Eu sei — Hermione se sentou na beirada da cama e deu dois tapinhas ao seu lado, para que Remus se sentasse também.

— Eu sei o que você quer perguntar — disse ele ao se sentar. — Quer perguntar o que aconteceu quando você foi embora. — ela assentiu uma vez. — Bom, você teve o cuidado de se despedir de nós. Disse que iria viajar com seus pais e foi isso o que acreditamos por um longo tempo.

Diga (Snamione)Onde histórias criam vida. Descubra agora