Finalmente Minha.

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Let me go

I've broken free from those memories, I've let it go.

And two goodbyes led to this new life. Don't let me go.

Eu me libertei daquelas lembranças, eu as deixei ir.

E duas despedidas trouxeram esta nova vida. Não me deixe ir.

***

Já era dia alto quando ele acordou. O sol entrava pelas janelas e a claridade fez sua cabeça doer. Do leito hospitalar ele conseguia ver como outras cinco camas foram dispostas pelo quarto, o que o fez presumir que o hospital estava lotado devido à guerra que, ele sabia, havia acabado.

Voldemort fora derrotado.

Ele sabia por que era a porcaria de um comensal da morte e a marca negra que carregava no braço já não era mais quente; e sim fria como gelo. Levantou o antebraço á altura dos olhos e viu como ela já não era mais negra, tingira-se de branca-perolada, como se em luto pelo monstro que á marcara ali.

Então lembrou-se de Draco e Hermione e tentou se levantar. Foi como se Nagini o mordesse de novo e ele urrou de dor, tentou perguntar por eles, mas só conseguiu tossir sangue. A enfermeira largou as ataduras que trazia nos braços no chão e correu para ajudá-lo.

—Tudo bem, tudo bem. Deite-se, não tente falar agora — apesar de querer protestar, ele não conseguiu, estava fraco demais para fazer qualquer coisa. Ela lhe forçou uma dose de poção do sono sem sonhos goela á baixo e o orientou á não se mexer ou os ferimentos em sua garganta se abririam outra vez.

Ele ficou lá, parado, encarando o teto mal pintado que descascava em alguns pontos, enquanto seu coração se afundava com a possibilidade de Draco e Hermione não terem sobrevivido.

Diga, Snamione

Seu coração queria escapar-lhe pela boca. Ela subiu os degraus do St.Mungus em disparada, a procura do quarto numero nove. Já falara com o medibruxo que cuidara dele e sabia que ele estava vivo e se recuperando bem, por isso sorria de orelha á orelha.

Agora ela já sabia de toda a verdade, já sabia de tudo o que ele fez e o porquê fez. E para ela Severus não era nada se não o mais digno dos homens. Tinha tantas coisas pra dizer á ele! Queria dizer que o amava de verdade e que nada do que lhe dissera no passado era encenação, nunca o usou como um degrau para cumprir sua missão. Na verdade, apaixonar-se por ele não estava em seus planos, mas acontecera.

Em sua mente a bruxa já tinha até ensaiado o que devia dizer, e estava preparada pra qualquer desculpa que ele pudesse arranjar para que não ficassem juntos. Ele que se atrevesse a colocar em questão sua diferença de idade ou o fator professor/aluna!

Dois aurores montavam guarda ao lado da porta do quarto nove e ela não viu aquilo como um bom presságio.

— Eu vim visitar Severus Snape — ela informou ao maior deles, que ao vê-la se aproximar estendeu a mão espalmada para que ela parasse.

— Sinto muito, senhorita. Mas Severus Snape está em cárcere hospitalar.

— O quê? Como assim? — seu sorriso fora arrancado de seu rosto com aquela frase.

— Temos um mandato de prisão. Ele sairá daqui para Azcaban, assim que estiver em condições.

Foi como se o chão sumisse sob seus pés. Como assim ele iria preso? Tudo que ele fizera fora em nome da Ordem da Fênix. Ele era inocente!

Hemione tentou persuadi-los a deixá-la entrar, mas nada do que dizia era ouvido com consideração. Em certo momento ela entendeu que não importava o porquê dele ter feito tudo o que fez, só importava que o tinha feito, e aquilo o condenaria para sempre.

Diga (Snamione)Onde histórias criam vida. Descubra agora