Nos vamos amar-te como nunca ninguém te amou

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-Sim vocês ouviram muito bem! Eu posso so ter 8 anos mas percebo muita coisa, incluindo que eu sou vossa filha adotada e o meu pai de verdade era aquele senhor que veio cá ontem a noite!

A mamã já chorava tal como eu, o Lucas sentou-se e apoiou a cabeça nas mãos, ja o papá não enganava que estava arrependido e muito triste.
-Filha...nos podemos explicar - tentou dizer a mamã mas eu interrompi-a.
-Explicar? Explicar o quê? Que me mentiram durante este tempo todo? E não mr venham com essas conversas que era para te proteger porque se vocês gostassem realmente de mim nao me tinham mentido! Amar e confiar na pessoa , demonstrar confiança e não mentir!
-Por favor filha vê o nosso lado!-pediu o papá.
-O vosso lado? E vocês ja pararam para ver o meu?-gritei em meio ao meu choro.
O papá abaixou a cabeça e a mamã ja não conseguia dizer nada por causa dos soluços.
-E tu?-apontei para o Lucas - Não pensas-te em contar-me? Eu conto te tudo e confio em ti, juro que não percebo!
-Lora desculpa
-Acho que ja não adianta!Quero ver esse senhor!-pedi.
-Filha por favor não faças isso!-implorou o papá que já chorava.
-Além de me terem mentido,estão a dizer para não ver o meu próprio pai!-juro que já nao aguentava chorar mais
- ODEIO-VOS!-gritei o mais alto que consegui.
Não disse mais nada, subi para o quarto e lá tive uma noite cheia de deseperos e medos.
Acordei olhei para o telemóvel eram 10 da manha e havia 2 mensagens do Mike
"Entras-te bem? Resolves-te o assunto com os teus pais- 10h36"
"Adormeces-te? Boa noite e sonho comigo! Amo-te♡ - 11h47"
Sorri, respondi - lhe e depois e arranjar-me desci as escadas.
Não havia ninguém na sala, mas ouviam-se vozes na cozinha. E agora como é que eu tomo o pequeno almoço?
Ia dirigir-me a cozinha quando a campainha tocou, como eu era muito baixa e nao consegui ver quem era abri a porta.
-Olá! -disse um homem.
-Oi!
Juro que aquela voz nao me era estranha.
-Tu deves ser a Leonor, certo?
-Sim e o senhor e...
Ele abaixou-se da minha altura, sorriu, tirou os óculos e disse:
-Eu sou o Tomás, lembras-te de mim?-estremeci.
-O médico louco?
Ele riu.
-Sim mas também o senhor que veio cá a noite e o teu pai biológico!
-E você mesmo?
-Sim eu nunca iria mentir à minha filha!
Abracei-o com toda a força que tinha.
-Eu quero ficar contigo!
-E vais ficar, só temos e de falar com os teus pais!
-Eles nao são meus pais!Tu é que és!
-Eu sei.
-Posso chamar-te papá?
-Claro que sim!
-Boa!
Levei-o até a cozinha onde estavam o León, a Violetta e o Lucas.
-León, este aqui e o meu papá e quer falar contigo!
-O que? Larga ja a minha filha seu psicopata! -gritou
-Ela não e sua filha e todos sabemos disso não e Vargas?
-Seu doente! Tu não vês que ela não quer ficar contigo! -disse a Violetta.
-Eu quero ficar com ele! Ele e o meu pai e vocês não!
-Filha por favor- pediu o León.
-NÃO ME CHAME MAIS FILHA! PARA O SENHOR AGORA E LEONOR! TRAIDORES! EU QUERO IR VIVER COM O MEU PAPÁ! -gritei ja a chorar.
-Pronto meu amor! Nao ligues a estas pessoas que não têm sentimentos! -disse o papá.
-Não temos sentimentos Tomás? Tu estás a roubar-nos a nossa filha! -disse a mamã.
-EU NAO SOU VOSSA FILHA!
-Leonor por favor vamos conversar! -pediu o papá.
-Não eu vou buscar as minhas coisas la a cima!
Subi o mais rápido que consegui para ninguém me ver chorar a serio.
Abri a mala, coloquei em cima da cama e comecei a guardar as coisas até que bateram a porta.
-Posso entrar-pediu a Violetta.
Tentei conter as lágrimas mas era em vão.
-Sim-respondi com a voz trémula.
A Violetta entrou, chorava arrependida e triste, agachou-se ao meu lado, segurou as minhas mãos e eu virei o rosto para o lado.

-Filha, por favor! Sei que não fizemos bem em mentir! Eu compreendo o teu lado, tens todo o direito de estares chateada mas por favor pensa, o Tomás não é uma boa pessoa querida!
-Eu...tens de entender por favor eu estou perdida, descubri a pouco tempo...eu estou confusa, desculpa mas acho que a minha decisão e a mais acertada.
-Lorinha por favor! Olha para a mamã!
Devagar olhei para os seus olhos e juro que tive vontade de me bater ela estava em péssimo estado - Por favor não te vas embora!
-Desculpa!-abracei-a com toda a força que tinha e comecei a soluçar.
-Tudo bem, cuida-te meu amor! -beijou-me a testa e saiu - E nunca te esqueças que nos sempre estaremos aqui para ti! Aconteça o que acontecer! Nos vamos amar-te como nunca ninguém te amou.

O Diario de Leonor Castillo VargasOnde histórias criam vida. Descubra agora