Capítulo 2: O Bilhete

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-Dorothy? Dorothy querida....
Dorothy sentiu uma mão quente e macia sobre o seu ombro, levando um susto abriu os olhos ainda com dificuldade viu a senhora Scott sentada ao lado dela na cama, estava escuro, já era noite, não tinha idéia de quanto tempo tinha dormido.
- Me perdoe eu acabei dormindo, nem sei que horas são, tenho que ir pra casa.
- Não se preocupe avisei sua mãe que você estava aqui, e preparei um lanche pra você, está ali em cima da mesinha, dormiu a tarde toda deve está faminta. Já levantando a senhora Scott, virou para ela e apontou para um embrulho na mesinha de cabeceira da cama. -Isso é para você minha filha, me esqueci completamente de lhe entregar, devido ao ocorrido nesse último mês, sei o quanto é importante pra você agora, e venha sempre que puder, sabe que lhe amo como filha, não quero lhe perder também. Então a porta se fechou, e a menina ficou ali tentando não pensar no frio que sentia, levantou as presas e pegou o embrulho, um embrulho muito bem feito, com seda na cor preta e fitas de cetim vermelha, e uma rosa amarrada junto às fitas, estava até seca pelo tempo, com todo cuidado do mundo ela retirou as fitas, viu que tinha um bilhete:
"Minha pequena e adorada Dorothy, e coloca pequena nisso, e sim eu acabei de rir, pois sei o quanto fica brava por eu lhe chamar assim . Não é seu aniversário nem uma data em especial, mas queria lhe dar algo importante, algo que você pudesse guarda de recordação, algo em que sempre que estiver com ela vai lembrar de mim e saber que nunca vai está sozinha. Não me pergunte o porque disso, ok? Mas se sinta super privilegiada, pois eu nunca daria ela a ninguém, lembra a nossa banda preferida? Siiim é ela, a minha blusa de frio autografada pelos membros da banda, sei que vai ficar grande, mas você adora usar minhas blusas, não vai ser a primeira vez, né? Ela vai ficar super bonita em você, eu acho isso. Guarde com muito carinho e cuidado. Bom, eu queria muito lhe contar algo, mas quem sabe um dia eu tenha coragem.
Com amor Natan!"
Tentando afastar novamente as lágrimas acabou de abrir o embrulho pegando a blusa e vestindo, ela não tinha entendido muito bem os motivos daquela carta, teve a impressão que ele estava se despedindo, ela desconfiava que algo estava errado, e agora então tinha certeza, ele não faria uma carta dessas e muito menos dar a ela a sua blusa preferida, com a certeza de que naquela história estava faltando alguma coisa ela jurou ali naquele momento que não iria descansar enquanto não descobrisse a verdade. Já não sentindo frio, sentou na cadeira da mesinha de estudos para comer o lanche preparado para ela com carinho, foi quando percebeu que o notebook ligado, imaginou que a mãe dele estivesse mexendo, pois, quando entrou ali ele estava desligado, abriu ele e estava na tela para colocar a senha, achou estranho somente ela tinha a senha, ele nunca passou para mais ninguém além dela, era a única em que ele não tinha segredos, mais do que de pressa digitou a senha, viu que estava tudo ali as pastas de músicas, as de trabalhos da escola, as fotos de momentos de sua curta vida, todos os livros e arquivos trocados entre os dois, parecia normal, até ela perceber que havia uma pasta, a pasta estava com senha, muito estranho pois ele não tinha motivos para esconder nada dela, lembrou o quanto ele tava estranho desde o seu aniversário a uns cinco meses, ele andou sumindo todos os dias por horas e quando ela falava em noite do pijama ele inventava alguma desculpa, ela pensou que ele talvez estivesse interessado em alguma garota ou algo do tipo para poder está diferente. Tentou abrir a pasta com a senha do login, e nada, ela tinha que saber o que estava ali, e se fosse o que causou a morte dele? Tentou todas as possibilidades sem sucesso, quando o seu celular tocou, era sua mãe, então ela foi para casa, e prometeu voltar ali depois para descobrir a senha.

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