Capítulo 4: A Ajuda.

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Chegando da escola, viu que estava sozinha em casa, seus pais foram trabalhar mais cedo naquele dia. Foi até a cozinha e preparou um lanche, voltou para a sala e se jogou no sofá, estava sem ânimo para nada como sempre. Levantou assustada ao escutar a companhia tocar, olhou pelo olho mágico era a Senhora Scott e seu marido o Senhor Giovanni.
- Olá senhora Scott e senhor Giovanni. Por favor entrem, só não reparem a bagunça ainda não arrumei a casa.
- Não vamos demorar querida, viemos nos despedir de você e seus pais, vejo que eles não estão em casa é uma pena! Disse Scott.
- Como assim despedir? Vocês estão indo embora? E a casa? E as coisas do Natan? O que vocês vão fazer? Disse Dorothy em um único fôlego, sentindo como se tivesse levado um soco no estômago.
- Calma Dory! Disse o Senhor Giovanni a chamando pelo apelido carinhoso quando se dirigia a ela. Nós vamos viajar, não temos o destino ao certo e nem data prevista Par voltar, vamos primeiro na casa de nossos familiares, e depois iremos ver pra onde iremos, mas a casa vai permanecer como está, e as coisas do Natan também. Acrescentou.
- E isso minha querida, não se preocupe vai ficar tudo bem. Viemos aqui para despedir e lhe pedir um grande favor se não for incomodar.
- Vocês nunca vão incomodar, em que eu posso ajudar?
- Queria que ficasse com as chaves de nossa casa, assim você tomaria conta dela por nós, e poderia ir no quarto do Natan sempre que quiser, sempre vai ser bem vinda ali!
- Eu não me importo, posso ficar com a chaves e ajudar a olhar a casa pra vocês, afinal vocês são muito generosos me deixando ficar próximo de tudo que foi dele.
Eles se abraçaram e ali estava Dorothy com as chaves na mão olhando a partida deles, se sentiu triste, pois, não sabia quando iria os ver e se estariam bem, ela os adoravam como se fossem seus pais também. Dorothy voltou para o sofá e quando percebeu sues pais já estavam chegando, sua mãe entrou primeiro, e logo Dorothy contou que os seus visinhos saíram de viagem e deixaram as chaves com ela, a mãe lhe deu um abraço vendo a reação da filha diante da notícia, e disse que eles iriam ficar bem confortando a menina.
- Filha tenho uma notícia para você, e acho que vai ser super legal pra você!
- E o que pode ser legal para mim mãe?
-Vamos ter um hóspede, que é seu primo mais velho, isso não é o máximo? Ele já vai entrar com o seu pai, estão acabando de pegar as comprar no carro.
-O máximo mãe? O máximo pra vocês mãe, não para mim, um intruso, para me perturbar, será que vocês não conseguem ver que eu preciso de paz? Que eu preciso ficar comigo mesma? Dorothy deu as costas e foi direto para o quarto, entrou e bateu a porta de raiva, não acreditava que aquilo estava acontecendo, uma pessoa paralhe julgar sobre suas atitudes e sentimentos isso já era demais para ela.
A mãe já sabia que iria ser difícil para a filha uma pessoa diferente casa, mas não podia dar as costas para seu sobrinho, ele precisava de um abrigo, pois, era o seu primeiro ano na faculdade de jornalismo e ele só tinha eles ali naquela cidade.
- E então madrinha quando é que vou conhecer de verdade a minha prima? Já que naquele sábado na festa do tio ela ficou no cantinho quieta.
- Olha Vinicius, eu já esperava que as reação dela não fosse a das melhores, mas vamos dar um tempo a ela, está passando por momento difícil desde o dia em que perdeu seu melhor amigo.
-O Jantar está pronto, e Dorothy não vai descer para jantar, podemos então jantar sem ela. Disse Jeorge para a mulher e o sobrinho sentados na sala.
- Venha meu filho, durante a janta lhe conto tudo o que vem acontecendo com ela, e esperamos de verdade que sua vinda para esta casa possa mudar em alguma coisas pra todos nós.
- Tia vou fazer o possível para deixar ela confortável com a minha presença.
E eles conversaram o tempo todo durante o jantar, Vinicius já sabia o que estava acontecendo com a prima e entendeu que ela precisa de alguém para lhe ajudar a superar tudo aqui.
Já era quase hora do almoço quando Dorothy, perdeu o horário da escola, levantou tomou um banho e colocou uma roupa de ficar em casa, não pretendia ir a lugar nenhum naquele dia, ao abrir a porta certificou-se de que não havia ninguém na casa, e foi direto para cozinha arrumar algo para comer, estava morrendo de fome, estava a um bom tempo sem comer nada. Voltando para a sala Dorothy deu um grito de susto, ali estava Vinicius sentado na poltrona no canto da sala, ela passou por ali e não tinha visto ele, ela não podia deixar de notar o quanto o menino era leve e charmoso, cabelos negros iguais o dela, pele branquinha bochechas e lábios em um tom de rosa natural, parecia super concentrado em seu livro, até que percebeu que ela tava ali parada olhando para ele como se tivesse vendo um fantasma.
-Olá Dorothy, me perdoe não te vi aí parada.
- Não se desculpe, já estava de saída.
- Ei! Espere.. Falou Vinicius se levantando tão rápido que a alcançou na subida da escada. - Você não precisa ir, e desculpe os modos, deixa eu me apresentar sou o Vinicius, não sei se lembra estava aqui no aniversário de seu pai.
- Não eu não me lembro.
- Foi o que eu imaginav.
- Agora pode me dar licença? vou para o meu quarto.
- Queria conversar com você antes, seus pais me contaram o que aconteceu esse tempo todo com você....
- Pode ir parando agora! Gritou Dorothy interrompendo Vinicius. - Não me venha com seu discurso que sabe sobre o que tô sentindo, e não preciso ouvir isso mais uma vez.
- Espera. Disse ele segurando ela pelo braço. - Você não precisa de mais uma pessoa tendo pena de você, não é isso que tô sentido em relação ao ocorrido, eu sei o que você precisa, e eu tô disposto a te ajudar, eu sei que você não está louca, eu sei exatamente que você precisa de alguém para ajudar com o que procura.
Com raiva Dorothy o empurrou fazendo o cair sentado na escada, pegou as chaves e saiu, foi para o único lugar onde se sentiria livre para pensar, o quarto de Natan, depois de ter revirado livros e cadernos abriu o notebook, não conseguiu se concentrar, pensando naquilo que o primo lhe disse mais cedo e a maneira como o tratou. Será mesmo que ele sabe de alguma coisa? Será que só tá falando aquilo pra ganhar a confiança dela e ficar em sua casa? Ou ela realmente viu o que está acontecendo e quer ajudar de verdade? Ela se encolheu na cadeira, fechou os olhos pedindo algum sinal de Natan, se ela tava buscando algo certo e se o primo era confiável, foi quando olhou em direção à cama e viu uma rosa vermelha, igual as que Natan costumava tirar do jardim e da a ela. A rosa estava ainda viva e tinha um cheiro maravilhos, mas quem colocou ela ali? Talvez fosse a resposta que esperava para poder continuar, e agora sentiu a necessidade de confiar em seu primo, já que ele estava disposto a ajudar.

Obs: Vinicius na foto (imagem retirada do Google)

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