Capítulo 5: O Objeto.

14 0 0
                                    

Passou alguns dias após a chegada de Vinicius, e Dorothy ainda com desconfiança não lhe dirigia uma palavra, mas sabia que tinha recebido um sinal de que tinha que ser ele a pessoa que irá ajudar ela a ir atrás do mistério que cercava a morte de Natan, que pra ela ainda estava vivo. Nesse tempo de silêncio diante do primo, ela revirou o quarto de Natan, atrás de pistas, e nada, mas tinha a pasta com senha que ainda não descobriu como iria descobrir e assim ver o que estava ali.
Chegando da escola, nessa rotina que ela tinha todos os dias, arrumou o almoço para ela e o primo que em alguns minutos iria chegar, arrumou a bagunça na sala que o pai e o Vinicius fizeram na noite passada assistindo futebol, e foi para o quarto. Ouviu a porta bater e depois alguém batendo na porta de seu quarto.
- Desculpe incomodar, mas só queria avisar que sou eu que cheguei. Disse Vinicius fechando a porta.
Ela sabia que era aquele dia seria o dia em que iria conversar com ele, e ver as intenções em ajudar ela, não podia deixar passar mais tempo, sentia que não tava conseguindo nada sozinha. Tomou um banho, colocou uma roupa mais leve, como sempre na cor preta, era sua roupa de caminhar nos fins da tarde, veio a lembrança dos dois caminhando e rindo igual bobos no fim da tarde, ao lembrar sentia uma saudade enorme vontade de está perto dele, de abraçar Natan, e sabia que isso seria possível ela só tinha que achar o caminho certo. Foi até a casa, abriu as janelas para que ventilasse a casa, mais tarde iria voltar para fechar, e ver se encontrava alguma pista, algo que pudesse lhe ajudar. Voltando de lá foi direto na porta do quarto do Vinicius, ela nem mal bateu na porta e foi entrando, assim não perderia a coragem de conversar com ele.
-Nossa! Você me assustou menina.
- Me desculpe Vinicius. As palavras saíram de uma forma estranha, ela gaguejou pela vergonha que tava sentindo, ele estava sentado ali só de shorts de corrida com muitos papéis espalhados em cima da escrivaninha, ela se virou e já ia correr...
- Ei? Não vá, pode ficar, eu só me assustei, pois, você nunca entra aqui.
-Me perdoe mais uma vez, não foi a intenção assustar você, e nem mesmo pegar você assim.
- Me pegar assim? (ele deu uma risada irônica, mas logo recuperou o seu tom sério), e o que lhe trouxe aqui? Aconteceu alguma coisa com os seus pais?
- Não é nada com eles, eles estão bem até me mandaram uma mensagem perguntando se você já almoçou, eu vim aqui porque precisava conversar com você.
- Ok, conversar comigo, senta ai na cama, o quarto é pequeno não tem espaço para uma outra cadeira, adorei a decoração que a tia preparou pra mim, por mais que seja pequeno perto do que estava acostumado, eu realmente me sinto bem aqui.
- Que bom que se sente bem.
- Mas não veio aqui por causa da decoração e muito menos para ver se estou bem instalado, certo?
- Certo. Eu vim aqui pela quase conversa que tivemos aquele dia que sai correndo, aquilo foi estranho demais, eu queria saber até onde acredita em mim, e até onde está disposta a me ajudar.
- Bom, então pensou sobre não é mesmo? Eu sei o suficiente para acreditar na sua versão, e até onde irei pra te ajudar depende de você. Disse Vinicius se levantando e indo na direção dela sentado tão perto de suas pernas estavam esperando na dela. Dorothy não podia evitar que ele chegasse perto, afinal queria a ajuda dele, mas sentiu algo estranho, não era igual quando o Natan a tocava, mas era diferente.
- Então você já sabe que eu tô atrás de provas sobre a morte de Natan, sabe que pra mim isso tudo foi um grande mistério, coisas que não tem explicação, e você já deve saber que vi ele no dia do aniversário de meu pai, e também sabe que eu acredito que ele esteja vivo.
- Sim, sei disso tudo, continue por favor.
- Eu todos os dias quando vou na casa onde ele viva com a família, encontro uma rosa vermelha em cima da cama dele, e ele costumava me dar rosas sempre que elas florescia em seu jardim, ele amava aquela roseira, era sua preferida.
- Então você acha que quem está colocando as rosas lá é ele?
- Eu não acho eu tenho certeza.
- Então isso significa que ele estando vivo de verdade quer lhe dizer algo, ou... Vinicius vez uma pausa.
- Ou o que? Diga logo Vinicius.
- Calma ai priminha, não atrapalha minha linha de raciocínio, nem mal olhava em minha cara e agora aceitou minha ajuda e fica me apressando, vamos com calma uma coisa de cada vez.
- Foi mal, mas isso é importante pra mim.
- Só me responde uma coisa, tá. Essa amizade de vocês, era só amizade mesmo ou rolava algo a mais entro os dois.
Mais do que de presa Dorothy levantou já indo em direção à porta, mas não saiu. - Éramos amigos de verdade, criados junto como irmãos, e ainda somos, eu o amo... Lhe faltou as palavras certas para completar a frase, ela abaixou os olhos tentando não encarar os olhos do primo.
- Acho que entendi, amigos certo? Bom, no momento eu tenho que fazer um trabalho da faculdade pra entregar amanhã, passa aqui mais tarde, depois do jantar, e trás as provas o que tiver, vamos analisar com calma, duas cabeças pensam melhor, não é mesmo?
- Sim, e obrigada!
Dorothy foi fazer suas obrigações de casa, por um momento parou pra pensar se ele o seu primo estivesse mesmo do seu lado, ou que aquilo tudo era armação dos seus pais para dizer o quanto estava louca, e procurar um especialista, mas ela tinha que confiar nele, ele era a única pessoa que ela tinha agora ao seu lado.
No jantar todos não falaram uma só palavra, mas Dorothy estava ansiosa para acabar rápido e todos se recolherem, assim ela poderia ir na casa de Natan fechar as janelas e pegar o notebook, assim ela tinha a chance de abrir aquela pasta. Saiu correndo em direção à porta.
- Vou lá fechar a casa, já volto, mas não precisam me esperar podem ir deitar, vocês devem estar cansados e amanhã trabalham cedo demais. Deu um sorriso que ninguém esperava, Elizabeth olhou para o marido não entendendo nada, mas concordou estavam muito cansados para ficar acordados até tarde. Na volta Dorothy foi direto para o quarto de Vinicius, antes mesmo de bater na porta ele já estava de pé esperando ela.
- Demorou, pensei que ia ficar por lá.
- Eu demorei, pois, achei algo.
- Entra logo, não vai querer que os tios vejam você parada na minha porta assustada dessa maneira, parecendo que viu uma assombração.
Dorothy entrou e percebeu que ele havia liberado a escrivaninha, parecia que já sabia que iria trazer o notebook, ela sentou na cadeira e colocou o ele em cima do lugar vazio, e colocou também uma caixinha de couro preto com detalhes em prata.
-O que tem nessa caixinha? Perguntou Vinicius apontando para o objeto em cima da mesa, enquando sentava próximo de Dorothy.
- Foi o motivo de minha demora, hoje ao invés de uma rosa tinha isso lá.
- E o que tem dentro?
- Eu não sei, não tive coragem de abrir.
- Me dê isso aqui. Disse ele já pegando o objeto e abrindo. - Um medalhão, interessante, passado feito todo de prata, você por acaso conhece esse símbolo?
- Nunca o vi, não lembro de ver o Natan usando isso.
- Então minha cara, é por aqui que vamos começar.

Obs: A imagem é um medalhão de um jogo de PS3. (retirada a imagem do Google)

As Lágrimas de Dorothy Onde histórias criam vida. Descubra agora