Capítulo 15 - "Cio."

46.7K 3.3K 314
                                    

  Revirei na cama, desconfortável. Muito quente.

Espere.

Cama?

    Abri os olhos e sentei, tão rápido que tudo girou por segundos.

     Olhei ao redor para ver onde diabos eu fui parar.  O quarto era familiar, mas eu tinha certeza absoluta que nunca estive ali.  A cama era muito macia, o lençol que de certeza tirei enquanto dormia era de seda cor azul. E ainda assim eu me sentia desconfortável. 

     Ouvi passos se aproximando e fiquei em alerta imediatamente. Poderia ser um assassino, ou um estuprador, ou qualquer outra coisa mau.

     Eu estava com medo, mas não ia demonstrar isso. A cada passo, eu ficava mais ansiosa, com medo e com calor. Levantei da cama e fui para o lado da porta. A pessoa parou seus passos,girou a maçaneta lentamente e abriu a porta, impulsivamente levantei meu punho e tentei socar o cara. Mas Eric segurou meu punho no meio do caminho. 

— O que diabos você está fazendo? - Ele perguntou com irritação, mas essa logo foi substituída por preocupação. — Você está bem?

— Estou. - Eu tentei não demonstrar que estava aliviada, mas ficou claro no meu tom de voz. —  Desculpa achei que fosse outra pessoa. - Me soltei de seu aperto em meu punho e virei indo me sentar na cama. Apesar de seu toque me fazer querer mais, ainda estava chateada. — Neste quarto tem ar-condicionado? - Perguntei, pois o calor que antes era desconfortável, estava agora me deixando irritada e com dor, uma a qual estava tentando ignorar.

— Se você não percebeu, está ligado. - Ele falou cheirando o ar e franzindo a testa em sequência.

— Então aumente. - Levantei da cama e comecei a andar ao redor tentando me acalmar.

—Isso vai congelar, se eu aumentar. 

— Olha como eu me importo. - E para demonstrar o que disse, olhei irritada para ele. 

—Tudo bem. - Ele disse sorrindo e pegou um controle que estava em cima da cômoda, um que eu não tinha notado antes, aumentou o ar-condicionado. — Pronto. - E colocou de volta na cômoda.

   O ar tinha melhorado, isso me fez relaxar um pouco. Sentei na cama de novo e não pude me impedir de olhar para Eric. Talvez fosse a camisa preta justa  ao corpo, mas hoje ele parecia mas quente.

—Gosta do que vê? - Olhei para cima e dei de cara com um Eric com um sorriso perverso.

—Sim, quero dizer... não, sim... talvez. - Oh merda. 

       • C.A. •  

Quer tocar? - Ele falou se aproximando.

— Não... talvez. - Ele parou na minha frente e desviei o olhar, seu cheiro estava me fazendo ir a loucura, se eu olhasse para ele, ele perceberia isso. Mas ele pegou meu queixo e me fez olhar para ele.

— Você pode. Eu não vou morder. - Ele se aproximou do meu ouvido e sussurrou com a voz rouca: — Eu prometo. - O que só me fez ficar mais quente.

— Ok. - Falei, mas vendo minha hesitação, ele pegou minha mão, levantou a camisa e me fez deslizar lentamente por sua barriga, ondas de eletricidade passaram dos meus dedos ao meu corpo inteiro, fazendo-me arrepiar, e suspirar. — Isso não estava no acordo. - Falei em um sussurro.

— Eu não fiz acordo nenhum. - E sorrio, um sorriso quente e cheio de malicia. Então se aproximou da minha boca,puxou o meu lábio inferior e se afastou. — Você se sente quente? - Perguntou.

— Hmhum. - Que pergunta era essa? Não dava para perceber? Por Deus.

— Não desse jeito. - Ele riu. — Você está se sentindo com calor?

— Sim. - Franzi a testa. Pra que diabos ele quer saber isso? Ele se afastou para poder olhar para mim e disse: — Você está no cio. - Oh ... ... oh, não tinha ... percebido isso.

— Pode ser. - Agora eu estava consciente do tamanho calor e dor que estava sentindo. — Isso tá doendo. - Franzi a testa.

— Venha aqui. - E me puxou para um beijo. Esse beijo era diferente. Talvez por causa do calor, ou a situação, eu não sei, era profundo e sensual.

Eric passou sua mão lentamente pela minha coxa, e foi subindo lentamente, deixando um rastro quente. Me empurrou até que estivesse completamente deitada na cama, ficou de joelhos entre minhas pernas e tirou a camisa, lentamente.

— Você está me provocando. - Observei.

— Claro que não. Por quê faria isso? - Jogou a camisa de lado e voltou a ficar sobre mim. —Seria maldade.

     Voltou a me beijar agressivamente e abaixou, até que eu era capaz de sentir sua ereção. Ofeguei e ele tomou essa oportunidade para deslizar sua língua em minha boca. Sua língua encontrou a minha e lutaram até encontrar o ritmo perfeito.

     Desceu a boca ao meu pescoço, lambeu e chupou, fazendo com que um gemido meu escapasse. Foi descendo com beijos e parou para tirar minha blusa,sentei e levantei os braços, ele tirou a blusa e depois o sutiã, me fez deitar de novo e levou a mão aos meus seios, apertou e lambeu para em seguida deslizar a língua até minha barriga, circulou meu umbigo algumas vezes e então afastou e olhou para mim.

— Posso? - Perguntou com os olhos cheios de luxúria. Balancei a cabeça em afirmação e fechei os olhos. — Diga que quer. - Ele pediu.

—Eu quero, por favor. - Percebi minha voz estava rouca.

     Eric tirou minha calcinha lentamente, beijando minhas pernas, abriu a mesma, e começou a me chupar olhando para mim. Gemi e fechei os olhos com o tamanho prazer. Mas ele parou.

— O que? - Abri os olhos e olhei para ele. 

—Não feche os olhos ou eu paro de novo. - Ele disse e voltou a seus movimentos com a língua.

—Eu vou tentar. - Falei entre gemidos.

     Coloquei minhas mãos no lençol e os puxei. A sensação que eu sentia era indescritível. Sim, eu já me masturbei antes. Mas isso era outra coisa, meu corpo todo estava em êxtase. Eric procurou minhas mãos e as entrelaçaram, assim como seus movimentos aceleraram, eu gemia cada vez mais alto.

— Eu estou... - vindo ... era impossível falar. Então, tinha aquela sensação no pé da barriga. Ainda mais quando Eric colocou um dedo dentro de mim, e depois outro, não deixando de me chupar. Os movimentos de Eric chegaram a outro nível, fazendo com que eu chegasse ao clímax com um gemido-grito. Eric terminou de me limpar.  E se deitou ao meu lado sorrindo.

—Estou perdoado?

— Eu não estou em perfeito juízo para te dizer isso. - Falei fechando os olhos.

— Eu sei. - Disse ainda sorrindo e colocou o lençol de seda sobre mim. — Vá dormir. 

    Não ia precisar insistir, virei pro outro lado e adormeci. De novo.

 ███

Editado;  

Meu Querido CompanheiroOnde histórias criam vida. Descubra agora