Capítulo 6 - "Meu."

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    "Mas e se eles não aprovarem? E se não me quiserem mais em casa ? Oh, merda ." Pensava sentada no sofá esperando os meus pais e meu irmão para falar sobre os últimos acontecimentos. Estava tremendo e roendo as unhas de tão nervosa. Pelo menos minha mãe sabia e não se importava tanto. Um nervo a menos.

— Você está bem querida? — Me assustei com a voz de minha mãe, então resolvi me acalmar. Assenti e respirei fundo.

— Certo, pare de tremer, está me dando nos nervos. — Disse meu pai.

— Fala logo, eu estou ficando ansioso. — Dave disse depois de passar um bom tempo olhando nos olhos de todos, assim como eu.

— Então... — Inspira, Expira. Parecia que eu ia dizer que matei o presidente. — Encontrei meu companheiro. — Vi em câmera lenta um sorriso enorme aparecer no roto de cada um deles, inclusive minha mãe que já sabia. Se não fosse assunto sério, até riria pelo fato que iria cair assim que eu dissesse o nome dele.

— E quem é? Conta filha. — Merda, Merda, Merda. Certo o plano é o seguinte: Respirar fundo, contar,  e vivermos um felizes para sempre, ou não.

— É o "Alpleck".

— Quem?

— "Alpleck." — Apertei os olhos fechados.

— Fale mais devagar, daí iremos agradecer maninha.

— Alpha Black. — Falei de uma vez por todas.

-*-

Cri cri cri ... Como está o clima hoje? Tenso, com tendencia a agressões. Certo, não teve graça. Oh Deus eu sou tão besta, até em momentos difíceis.

-*-

— Ham! — Meu pai limpou a garganta. — E como está sendo isso?

— Bem.

— Bem mesmo? — Percebi o tom de desconfiança de meu pai.

— Uhum. Hoje vou vê-lo.

— É?

— Sim ... Uhm , acho melhor eu subir pra me arrumar.

█-

   Aquele fora o momento em família mais estranho da minha vida. Mas deixando isso pra lá preferi focar no meu encontro com o Eric que seria logo.

Vestido: Azul ou vermelho?

Azul combina com minha pele.

Mas, vermelho é atraente.

Vermelho, definitivamente. Com botas pretas de cano curto e salto alto.

   Coloquei uma pulseira no pulso esquerdo, um colar e brincos dourados. Deixei o cabelo solto e desci a escada na mesma hora que ouvi a buzina de um carro que supus ser de Eric.

—Você está linda. — Falou quando entrei na lamborghini preta.

— Obrigada. Você também está. — Falei corando, novamente.

█-

— O cardápio. — Disse a garçonete piscando para Eric em seguida. Ow, ela ta flertando com ele na minha frente? Nada bom. Sei que ele não é definitivamente meu, mas ainda sim, MEU.

— Você pode ir. — Rosnei. Ela me olhou assustada e saiu quase correndo com os olhos arregalados. Foi... fácil.

— Então ... É do tipo, ciumenta? — Sorriu.

— Não! — Revirei os olhos.

— Certeza?

— Sim . — Coloquei o cardápio em frente ao rosto. 

— Então nada contra se eu paquerar alguém aqui? — Pegou o cardápio da minha mão com um sorriso largo.

— Você não se atreveria. — Encarei o desafiando.

— Não, eu não me arriscaria. — Riu.

█-

— Que tal nos encontrarmos amanhã? No nosso lugar? — Pediu. Isso me fez lembrar da cachoeira. Já não vou mais com frequência como antes.

— Talvez.

— Sim ou não?

— Sim. — Sorri.

— Você se lembrou também. — Afirmou.

— Sim, lembrei. Então... Até amanhã. — Tirei o cinto e virei para abrir a porta. Mas fui interrompida por Eric segurando meu braço.

— Espere! Acho que esqueceu algo. — Não tive tempo para reagir, senti os lábios dele virem para junto do meu, a língua acariciando lentamente a minha e passando-a por meus dentes foi tão quente, ele soltou rosnado bem lá do fundo da garganta ao mesmo tempo que soltei um gemido baixo, mordeu meu lábio inferior e encostou sua testa na minha ofegante assim como eu. — Boa noite princesa! —Sorri com seu apelido. E sai do carro ainda tonta pelo beijo.


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Editado;

Meu Querido CompanheiroOnde histórias criam vida. Descubra agora