Capitulo 15

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Bia

— Não é isso que você tá pensando — meu namorado fala a frase mais clichê do mundo

— Então quer dizer que você não ia transar com a minha irmã na cozinha — fala sério

— Não sei se eu ia.

— Calma ai, não sabe se ia? — olho pra cara dele

— Quer dizer, eu ia Pikena — ele fala rápido

— Então quer dizer que você ia? — o Bruno começa a ter um infarto

— Vai me chamar de Pikena agora? — cerro olhos

— Vocês tão me confundindo caralho — meu namorado diz nervoso

— Agora vai começar a falar palavrão comigo?

— Claro que não meu amor — diz sorrindo pra mim

— Então quer dizer que agora é amor? — meu irmão diz à beira de um surto

Olho pro lado e vejo uma Nay rindo da situação, essa vaca, ao invés de me ajudar. Ela fica por aí agarrando meu irmão e eu não posso ficar com o TH.

Opa, tive uma ideia.

— Mas e quanto a você e Nay, se divertiram? — eu falo e agora vejo o jogo virar

— O que você quer dizer com isso — TH fecha a cara

— É que eu e a Nay estamos juntos — o Bruno fala devagar

— Juntos?? você disse juntos??? — o TH grita

— Menos né benzinho — sussurro

— Você ouviu o que eu acabei de ouvir? — ela fala entre os dentes

— Claro que eu ouvi e até já sabia — falo pra ele

Ouço meu radio chamar.

Fala ai
Patroa, tá rolando invasão o DG grita
Marca cinco que tamo ai, não deixa eles subirem
São o pessoal do Alemão
Tá de zoa né, tamo descendo

— Alemão tá invadindo — falo séria e o pessoal já se agita

— Mas a gente não ia entrar em acordo? — a Nay fala assustada

— Parece que eles não tão botando fé, bora — a correria começa

Abro a sala do armamento que fica na mansão e todos nós nos armamos, por algum motivo a Nick chega com o Coringa e pega alguns canivetes é um Fuzil, todos nós pegamos coletes à prova de bala, eu pego uma Escopeta automática, uma arma reserva e munição, não consigo ver o que meu irmão e a Nay pegam porque desço correndo pra alcançar o local onde eles invadiram.

Subo na moto com a Nick na garupa e voo pra baixo, cinco minutos depois ouço os barulhos de tiros e desligo a moto.

Desço e é aí que começa, tiro pra todos os lados, vejo um vapor de aproximar rindo e vou pra luta corpo a corpo, acabo quebrando o braço do idiota, não brigava nada, estamos ganhando quando de repente ouço um tiro pro alto.

MERDA!

Aqui na Rocinha, tiro pro alto é como se fosse um sinal de cessar fogo, desço correndo pra ver o que tá acontecendo e a cena que eu vejo corta meu coração.

O CJ, que é o sub do Alemão, está com uma arma apontada na cabeça da Nay, e ela está com as mãos presa por outro cara, que assim que reparo mais vejo que é o Livinho, um dos importantes de lá também.

— Chegou quem eu estava esperando — ele dá um sorriso cínico

— Larga ela seu desgraçado — minha mão treme de ódio

— Cuidado que essa sua boquinha linda pode matar sua amiguinha — passa a mão na boca da Nay que quase vomita

— Seu filho da ... — ele destrava a arma e eu me calo

— Isso mesmo, é bom ficar calada e colocar suas mãozinhas pro alto — o sorriso dele se alarga

Vejo que não tem como eu escapar e faço o que ele pediu.

Uma mulher que reconheço como a Dioela vem me revistar.

Ela tira minha arma reserva, meu rádio e meu celular à diz que to limpa.

— Agora tá na hora de fazer uma escolha bem simples, uma de vocês tem que ir comigo, vai ser a Nayzita ou vai ser você patroa?

— Larga ela que eu vou — respondo até sem pensar, a Nay é minha irmã

— Não faz isso Bia — ela sussurra chorando quando eu chego mais perto

— Eu vou resolver isso, prometo — dou um sorriso triste

— Então cola aqui — CJ fala

Ando em direção a ele, que solta a Nay e o Livinho me algema.

— Nosso trabalho acabou — ele avisa pro pessoal dele e sou jogada dentro do carro

Vejo de longe meu irmão e o TH chegando.

— Larga ela seu desgraçado — o meu irmão grita e sinto uma lágrima escorrer dos meus olhos

— Ela sabe se defender, e se alguém me seguir eu mato ela na hora — vejo o CJ entrar no carro e só fico imaginando o que essas pragas querem comigo

Amor BandidoOnde histórias criam vida. Descubra agora