- Boa tarde senhora.
- Hã? Boa tarde? - ela se revirou na cama, cobrindo o rosto com o lençol.
- Sim, não quis chamá-la para o café, a senhora estava tão indisposta ontem e estava dormindo como um anjo hoje de manhã, que me deu pena de acordar.
- Tudo bem.
- Perdoe-me se agi errado é que...
- Não, obrigado, estava mesmo precisando de uma boa noite de sono, mas por favor, me dê licença, eu preciso me trocar.
- Certo, mas antes, deixaram isso para a senhora... - ela tirou um buquê de rosas da mesa e deu a Esperança.
Nele, tinha um cartão, na verdade um evelope vermelho no meio das margaridas.
- Certo, pode ir agora. - Yolanda se retirou.
Ainda sentada na cama, com as cortinas abertas iluminando sua cama e consequentemente a as margaridas que estavam em sua mão.
O cheiro das flores foi camuflado pelo perfume de Francis.
Ela o imaginou abraçando o buquê, fazendo assim seu perfume se permanecer no meio das flores.
- Margaridas.
Por que ele escolheu margaridas?
Então ela se lembrou do dia em que ele a surpreendeu e colocou uma flor, que para surpresa de suas lembranças, era uma margarida.
- Gostou?
- Francis! Não bate mais na porta? - ela tentou se cobrir, por causa da camisola semi transparente.
- Desculpe! Eu pensei que já estava vestida, já está tarde e... desculpe, eu volto outra hora.
- Não! Fique. - ele se assustou - Já está aqui mesmo.
- Certeza?
- Absoluta.
- Gostou das flores? - ele perguntou sentando do seu lado na cama, a fazendo encostar na cabeceira com o lençol cobrindo o decote de sua camisola.
- Muito.
- Me desculpe por ontem, eu passei dos limites, não devia ter te beijado... me desculpe mesmo, isso não vai mais acontecer, só se você quiser. -ele tentava se aproximar.
A tentativa de sussurrar a ultima frase foi em vão, Esperança ouviu tudo perfeitamente e corou de vergonha.
- Eu... - ameaçou dizer algumas palavras.
- Não precisa dizer nada, eu consigo imaginar o que você está pensando.
- E o que eu estou pensando?
- Que você não me respeitou, que foi ousado demais.
Francis corou de vergonha, e reclinou a cabeça.
"- Não, não foi ousado demais.
- Não fui!?
- Fale aquelas coisas de novo.
Ela disse firme, ele a olhou sério e surpreso com a certeza em suas palavras.
- O que disse? - perguntou incrédulo.
- Quero que repita aquelas palavras de novo.
Ela pegou sua mão e pôs em cima do lençol, uma sobre a outra por cima do pano em seu ombro agora deixavam a vista sua pele nua.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Esperança - Temporariamente em Hiato
RomanceEm um reino importador de ouro, outra luz é reluzente. Esperança nasce com o destino traçado para trazer fé ao seu povo, fé em um futuro melhor, com mais justiça, mas os caminhos não são tão fáceis e poderá fazê-la desistir, um sentimento repentino...