Capítulo 20

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- Boa tarde senhora.

- Hã? Boa tarde? - ela se revirou na cama, cobrindo o rosto com o lençol.

- Sim, não quis chamá-la para o café, a senhora estava tão indisposta ontem e estava dormindo como um anjo hoje de manhã, que me deu pena de acordar.

- Tudo bem.

- Perdoe-me se agi errado é que...

- Não, obrigado, estava mesmo precisando de uma boa noite de sono, mas por favor, me dê licença, eu preciso me trocar.

- Certo, mas antes, deixaram isso para a senhora... - ela tirou um buquê de rosas da mesa e deu a Esperança.

Nele, tinha um cartão, na verdade um evelope vermelho no meio das margaridas.

- Certo, pode ir agora. - Yolanda se retirou.

Ainda sentada na cama, com as cortinas abertas iluminando sua cama e consequentemente a as margaridas que estavam em sua mão.

O cheiro das flores foi camuflado pelo perfume de Francis.

Ela o imaginou abraçando o buquê, fazendo assim seu perfume se permanecer no meio das flores.

- Margaridas.

Por que ele escolheu margaridas?

Então ela se lembrou do dia em que ele a surpreendeu e colocou uma flor, que para surpresa de suas lembranças, era uma margarida.

- Gostou?

- Francis! Não bate mais na porta? - ela tentou se cobrir, por causa da camisola semi transparente.

- Desculpe! Eu pensei que já estava vestida, já está tarde e... desculpe, eu volto outra hora.

- Não! Fique. - ele se assustou - Já está aqui mesmo.

- Certeza?

- Absoluta.

- Gostou das flores? - ele perguntou sentando do seu lado na cama, a fazendo encostar na cabeceira com o lençol cobrindo o decote de sua camisola.

- Muito.

- Me desculpe por ontem, eu passei dos limites, não devia ter te beijado... me desculpe mesmo, isso não vai mais acontecer, só se você quiser. -ele tentava se aproximar.

A tentativa de sussurrar a ultima frase foi em vão, Esperança ouviu tudo perfeitamente e corou de vergonha.

- Eu... - ameaçou dizer algumas palavras.

- Não precisa dizer nada, eu consigo imaginar o que você está pensando.

- E o que eu estou pensando?

- Que você não me respeitou, que foi ousado demais.

Francis corou de vergonha, e reclinou a cabeça.

"- Não, não foi ousado demais.

- Não fui!?

- Fale aquelas coisas de novo.

Ela disse firme, ele a olhou sério e surpreso com a certeza em suas palavras.

- O que disse? - perguntou incrédulo.

- Quero que repita aquelas palavras de novo.

Ela pegou sua mão e pôs em cima do lençol, uma sobre a outra por cima do pano em seu ombro agora deixavam a vista sua pele nua.

Esperança - Temporariamente em HiatoOnde histórias criam vida. Descubra agora