Capítulo 19

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Preparem a música Give me love - Ed sheeran, quando eu sinalizar, coloque pra tocar!

Beijos e boa leitura ♥
(Quero comentários sobre o capítulo hein?)

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- Já voltaram?

- Sim, sentiu nossa falta? - Disse Francis, cruzando seu braço com o de Esperança.

- Não, perguntei por curiosidade.

- Não é do seu feitio ser curioso, mas não vou me importar com o que você deixa ou não de pensar, tenho outras coisas para fazer.

- Achei que você fosse mais educado e menos pretencioso Francis.

- Pensei que você fosse menos intrometido, agora, se me der licença, vamos Esperança, quero te mostrar umas coisas.

Tyler ficou confuso, mas Francis nem se importou com seus questionamentos, saiu apressado com Esperança em direção ao seu quarto.

- Vamos entre, quero te mostrar uma coisa! - ele abriu a porta do quarto e ela entrou. - Pode sentar, vou pegar e volto.

- Francis, acho que não devíamos...

- Shhh...Fique tranquila, não iremos fazer nada demais, só quero te mostrar umas coisas. - ele disse distante, mas ainda audível.

Ele voltou, com um portfólio preto nas mãos limpando a poeira que estava sobre o mesmo.

- Estava guardado, fiz recentemente mas eu preferi guardar, até hoje, só mostrei meus rabiscos a você.

- Posso ver?

- Te trouxe aqui para isso.

Ela começou a folhear os seus desenhos, eram perfeitos, desde as bases das estruturas até as decorações dos espaços internos, escolas, salões de festas, casas, e hospitais.

- Francis, você já vendeu alguns desses projetos para as províncias?

- Foram eles que pagaram minha viagem para a França, pedi a meu pai para que vendesse alguns projetos de hospitais para uma província qualquer, mas nem me importei em qual, simplesmente recebi o dinheiro e paguei minha viagem.

- Você não tem curiosidade de saber a província pra qual foi vendido seu projeto?

- Sabe, agora que você tocou no assunto, me deu uma curiosidade.

Ele olhou para ela enquanto ela focava nos outros rabiscos que faltavam para terminar o portfólio.

- São perfeitos, você tem muito talento sabia? - ela deixou escapar a mão em pouso sobre o joelho dele e nem percebeu a velocidade de seu ato.

- Obrigada. - ele pôs a mão sobre a dela e ela rapidamente tirou a sua.

Envergonhada, colocou uma mecha atrás da orelha, o que denunciava sua timidez.

Ele riu da sua vergonha, sua barba que estava por fazer chamava a atenção em seu rosto, seu sorriso largo e espontâneo era encantador e faria qualquer uma derreter ao seus pés com uma simples risada.

- Eu preciso ir, não é bom que me... - ela se levantou, mas ele também foi ágil.

(Give me love - Ed Sheeran)


- Não, espere, não vá agora! - ele a pegou pelo pulso. - Eu não queria te constranger, apenas queria te mostrar isso mas...

- Desculpe Francis, mas eu preciso ir.

- Antes, espere, quero te mostrar mais uma coisa.

- Mais uma coisa? Seja breve por favor...

- Não pretendo ser.


Em segundos Francis a puxou para um beijo, a porta que estava aberta e as mãos de Esperança que a segurava, na surpresa voltou a se fechar e ela pôde se entregar.

Em pé, no centro do quarto, o portfólio já jogado no chão e as mãos de Francis pairadas em sua cintura, ela simplesmente esqueceu de tudo.

Congelou-se suas razões, suas emoções e tudo o que tinha em volta havia parado.

A luz que entrava pela janela, anunciando a tarde ensolarada de m dia qualquer, iluminava o rosto de Francis em sua sombra.

As mãos corriam pelo corpo, sensações múltiplas de saciar uma vontade que não tinha sido sentida e que agora veio a despertar.

Uma mistura louca de não poder e o querer que faziam do ar mais leve e mais agradável.

Um beijo lento, sem pressa, Esperança já tinha esquecido que estava prestes a sair do quarto quando foi surpreendida.

Francis percorreu todo seu corpo com suas mãos e Esperança se sentiu livre para reagir da forma mais natural possivel, suas unhas fincaram em seu pescoço e arranhou o mesmo em leveza e possessão.

- Não Francis, não posso, por favor...

- O que você não pode? - ele sussurrou em seu ouvido, em pausas a beijos curtos em seu pescoço que lhe fizeram arrepiar a pele.

- Não posso começar algo que não vou conseguir terminar...

- Não queira parar agora, olhe como está envolvida... - com o toque de seus dedos, passou um a um em seu pescoço descendo as costas de seu vestido, ainda por cima do pano.

- Eu não posso continuar.

- Vamos, tente ser firme.

- Eu não posso continuar.

- Você pode, é só você querer.

- Eu não posso continuar.

- Não, você pode e vai continuar.

Eram rápidos e faziam-na arrepiar da cabeça aos pés a cada sussurro e a cada palavra dita em seus ouvidos.

- Eu não posso continuar.

Ela disse firme, Francis ainda tentou fazê-la voltar mas em pouco tempo a porta já tinha batido e ele estava sozinho no vazio de seu quarto.








- Senhora, o que houve? Está pálida! Quer que eu...

- Quero que me deixe sozinha! Por favor! - ela se jogou na cama e Yolanda rapidamente obedeceu sua ordem.

Um momento de deslize e ela se percebeu olhando para o teto, com os dedos presos aos lábios.

Resistindo ao desejo de voltar lá e terminar o que não chegaram a começar, ela decidiu tomar um banho, estava tensa, suas pernas estavam bambas e seu coração batia rápido e forte.

Nem a água fria conseguiu acalmar seus ânimos, ela estava paralisada debaixo das gotas que caíam como peso em suas costas.

"O que aconteceria se eu tivesse permanecido ali?" Ela pensou.

Com as mãos sobre os olhos, se lembrou do encontro de seus lábios com o dele, da fala rouca que a deixou em êxtase, do toque de seus dedos percorrendo seus braços fazendo-a arrepiar, da voracidade que suas palavras eram ditas e a velocidade que seu cérebro as assimilava e seu corpo fingia não entender.

Esperança - Temporariamente em HiatoOnde histórias criam vida. Descubra agora