Família quase unida

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Clara estava em seu quarto sozinha. Deixou Ethan no dele dizendo que estava cansada e que mais tarde contava a ele mais histórias sobre Hogwarts. Era mentira, obviamente. Ela queria continuar lendo o livro.

.....

O bruxo achou que tirando o poder do menino, faria com que se tornasse o mais poderoso de todos os tempos. E que iria governar e mandar em todo mundo. Só que ele não sabia como retirar o poder do menino. Então o enganava para que ficasse ao seu lado e fizesse o que ele queria.

Muitos bruxos morreram por causa das mentiras que esse homem contou ao garoto. E cada vez piorava a situação, pois quanto mais ódio o garoto tinha, mas os poderes se manifestavam. E nem sempre era bom estar perto dele quando estava irritado. Poderia lhe custar a vida.

Clara engoliu em seco. Será que é por isso que aquelas abelhas aparecem quando está irritada?

Os grandes e poderosos bruxos da época quiseram interferir nos planos daquele homem maléfico. Mas o garoto era muito poderoso e confiava demais nele.

A guerra começou quando tentaram convencê-lo de que estava fazendo a coisa errada. Que não era certo matar pessoas a preço de nada. Mas ele estava com o coração tomado pelo ódio e só sabia ouvir o bruxo que julgava ser seu amigo.

Durou anos a perseguição, pois o garoto jurou matar a cada um que entrasse em seu caminho e dissesse o que fazer. Ele sabia de tudo. Ou julgava saber...

— Clara?

A menina fechou o livro com força.

— O que é isso?

— Nada, mãe. É um livro que peguei na biblioteca.

— E é bom?

— Na verdade, é meio cansativo... É para aula defesa contra as artes das trevas.

— Sei. Filha... — Sentou ao lado dela na cama. — Você sabia dessa história do seu pai... Por que não me contou?

— Eu achei que ele contando ia ser melhor, pois assim você veria que ele se arrependeu.

— Mas ele não contou.

— Eu sei... — Suspirou. — Ela entrou na frente. Desculpa mãe.

— Você tinha visto isso antes?

— Sim.

— E por que não me disse antes que ele fizesse, filha?

— Mãe eu não posso ficar contando tudo que vejo. Eu não sou dona do mundo ou do tempo. Não posso controlar a vida das pessoas e muito menos mudá-las.

Hermione ficou pensativa.

— Você está certa.

— Perdoa o meu pai, mãe... Ele está sofrendo tanto.

— Eu ainda estou muito confusa, filha.

— Sei disso...

— Você viu alguma coisa com a gente?

Clara ficou um tempo observando sua mãe em silêncio. Hermione a olhava curiosa e apreensiva.

— Sim.

— Pode dizer?

— Posso aconselhar...

Hermione suspirou.

— E o que você aconselha?

— Ouça seu coração e não o orgulho forte que grita dentro de você.

As duas ficaram em silêncio se olhando.

— Todos estão falando disso, mas será que ninguém entende o que eu sinto com essa situação? Não é fácil perdoar esse tipo de coisa. Quem me garante que ele não vá fazer de novo?

Cuidando de um Malfoy - Dramione - 2 TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora