Olhava pensativo para o teto branco de seu quarto, fazia dois dias que aquele ser que se autodenominava "demônio" não aparecia, teria sido um sonho? O garoto passou as mãos nos pequenos olhos que recém se abriam para um longo dia cheio e barulhento o que fazia-o desejar permanecer mais debaixo das cobertas.
— Acorde idiota. — berrou sua irmã atrás da porta como fazia todos os dias.
Apenas revirou os olhos ignorando-a. O problema de ir para a aula era que aquela babaca de sua irmã era sua colega também, então, como escaparia dessa família? A resposta era; impossível fugir.
Erguendo-se da cama, Haru se espreguiçou indo em direção ao seu closet para pegar seu uniforme do colégio, algo obrigatório por ser um dos maiores colégios particulares da cidade.
Seus olhos cinza fecharam-se rapidamente, tinha muitas duvidas se a ciência poderia explicar tudo a sua volta... O que estava acontecendo? Aqueles sonhos sempre o perseguiam. As mesmas vozes e aqueles olhos... os mesmos olhos daquele demônio.
Seria possível isso?
Balançou a cabeça tirando aquilo da mente, precisava se concentrar na ciência e no que á em sua frente! Não em seres que não existiam e sonhos que não era possível controlar, era algo involuntário do subconsciente de todos como as histórias de folclore que era contada por todos.
— Demônios. — Riu sem humor. — Estou ficando louco.
Caminhando em direção à porta se despedindo de Thori que permanecia dormindo em sua cama.
As escadas decoradas por tapetes importados que sua mãe adorava agora estava sendo retirados pelos empregados para serem lavados, uma coisa muito rara pelo único motivo de sua mãe nunca deixar tocarem neles, nem mesmo sabia como ela os deixava pisar! Haru suspirou descendo, e passando pelos empregados que o cumprimentaram. No final das escadas sua irmã passava correndo para ir a sala de jantar onde certamente sua mãe e seu padrasto estariam.
— Haru não vai tomar seu café? — Uma voz doce e preocupada soou do aposento que o humano tentava se afastar o máximo.
Parando em frente as portas cor de marfim, sorriu de leve virando seu corpo devagar o que já deixava claro para todos naquele cômodo seu descontentamento, algo que todos já sabiam. Não estava de bom humor hoje para ficar tomando café em família, principalmente com metade de sua verdadeira família, o resto... Era o resto.
O garoto apenas balançou a cabeça, se dirigindo para a porta principal da casa. Girando a maçaneta, viu o imenso jardim onde seus arbustos eram cuidados e cortados por um jardineiro de meia idade e sorridente.
— Não estou com vontade. — disse antes de partir.
A mulher que vinha logo atrás, suspirou dizendo então para ele esperar a carona, porém, nem quis ouvir apenas prosseguiu. A escola não era longe, apenas seis, ou cinco quarteirões dali.
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Meu doce demônio [Degustação]
FantasíaOs humanos têm um ciclo a se cumprir, o nascer e morrer. Já os demônios? Nós sempre ficaremos vivos... Por esse detalhe um pacto foi feito com uma humana que me apaixonei, assinando minha destruição de pecado no inferno, um amor proibi...