Capítulo 3 - Sebastian

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Bom dia, pessoas ♡ Vim presentea-los com mais um capítulo de YouTube: Um Romance Online, com mais um POV, dessa vez do Sebastian. Recomendo escutarem The Heart Wants What It Wants.
Boa leitura!

– Rosie, volte! Ei, o meu carro, sua maluca!

Ela pegou o meu Porsche. Ótimo, agora como eu irei voltar para casa?! Tudo estava confuso demais. Muito rápido. Eu imaginava que isso iria acontecer.
Primeiro: Peter estava alterado. Já tinha bebido alguma coisa antes de vir para a festa. Reparei ao ver seu caminhar um tanto quanto arrastado e cambaleante.
Segundo: Rosie guardou isso por tempo demais. Que Peter era safado, até ela sabia. Só que, mais uma vez, a insegurança a dominou. Só de pensar em ver ela chorando no meu Porsche limpinho, dá uma dor no coração.
E por último, Christina. Nunca prestou. Nem no Ensino Médio. Houveram boatos que ela traía o namorado, muitas coisas. Uma demônia.
Volto para o porão, vendo Christina e Peter sentados, ainda espantados com o que havia acontecido. "Não posso deixar a oportunidade passar. Preciso falar com Peter. E a hora é agora", penso.
Me aproximo dos dois, escondendo-me, e tento escutar primeiro sobre o que eles estavam falando de forma tão assustada.

– ...Christina, eu não sabia. Não tinha a mínima noção que a Rosie sentia algo por mim.
– Você é um mentiroso, Schindler. Nunca mais me procure para 'descontar o stress' novamente, porque quero ser levada a sério, e não sou seu saco de pancada – vejo ela o olhar duramente. Me aproximo dos dois.
– Vocês não tem o direito de fazer isso com a Rosie. Vocês me enojam, o jeito de vocês, e ainda acham... acham que podem ter raiva, pena ou algo do tipo – falo com desprezo e nojo, irritado.
– Sebs, não é bem assim... – Christina se levanta, pondo a mão em meu ombro. Dou um tapa em sua mão.
Você. Nunca. Me. Chame. De. Sebs. – falo calma e pausadamente, cerrando os punhos.

Me afasto dos dois. Sorte que tinha trago a carteira, poderia voltar para casa de ônibus. Em 15 minutos, estaria em meu "lar, doce lar" e ligaria para Rosie, e saber como ela e o meu lindo Porsche estavam.
Nem precisei ligar para ela. Quando saí da festa, enquanto andava para o ponto de ônibus, o celular vibrou. Atendi na hora.

– Rosie? Você está bem? – pergunto, preocupado, enquanto me sentava num banco no ponto de ônibus.
– Sim, mas... Eu fiz merda, Sebastian – ela fungava no telefone, e a ligação estava cheia de ruídos - Eu bati o seu Porsche numa árvore e acho que matei alguém.
– Como assim? Você tá bem? E o meu carro? Quem é o cara? – não conseguia esconder minha preocupação, não deixando-a responder-me.
– CALA A BOCA, EVANS! Eu... eu atropelei o Philip – Não conseguia acreditar. Philip Sheridan? Que sumiu assim que acabou o ensino médio? Impossível. sua voz era trêmula e vacilante, cheia de medo e nervosismo.
– Vai ficar tudo bem, Rosie. Leve-o pro hospital. Ah, e você paga a conta do conserto do Porsche – tento animá-la.
– Obrigada, Sebastian. Te ligo depois. Um beijo.
– Até lá.

Desligo o telefone, pegando o ônibus, que havia acabado de chegar, e me sento no canto. Conecto meu fone de ouvido ao celular e ponho Beautiful Now para tocar. Quando olho para cima, vejo a pessoa que menos queria ver nesse momento.
Katerina.
Ela também me vê, sentando-se ao meu lado. A ignoro, olhando para a janela, fingindo não a conhecer. O que eu menos queria falar era sobre nosso relacionamento.
Eu e Katerina começamos a namorar há uns 3 meses atrás. Saímos juntos com amigos, passeamos, e fizemos outras coisas peculiares também. Mas ela só queria sexo sem compromisso. Eu sempre deixei claro a ela que não queria só isso. Eu a amava, realmente. E Katerina esmagou tudo como se eu fosse uma barata.
Ela olha em meus olhos, com aquele par de lindos olhos de diamantes, azuis e reluzentes, que me encantaram à primeira vista.

– Olá, Seby – ela fala baixinho, um tanto quanto desconfortável. Adorava quando ela me chamava de Seby. Era um apelido que só ela usava.
– Oi, Kat – suspiro, olhando para o chão, como se ele fosse me salvar de alguma coisa.
– Minha cama está sentindo a sua falta, Seby. E eu também – ela faz a sua voz manhosa, característica de quando queria alguma coisa.
– Sinto muito, Katerina. Não tem mais nada entre nós.
– Claro que tem. Adorava quando fazíamos amor em frente a lareira, era tão bom... – ela sussurra em meu ouvido, de forma sexy, o que me deixa estático, quase que a sua mercê. – Katerina, não posso fazer nada por você. Sexo sem compromisso não é comigo – digo sério.
– Eu quero mais que sexo com você, Sebastian. Pensei nisso quando terminamos. Eu quero você, meu amor. Sempre quis – ela sorri. Vejo que o próximo ponto seria o meu, e me levanto.
– Eu não quero. Já amo outra pessoa. E ela se chama eu mesmo – me levanto, andando até a porta e descendo do ônibus, na tumultuada Av. das Américas, sumindo na noite escura.

                                                                                            

No dia seguinte, acordo um pouco mais tarde, avisando a Pâmela, minha assistente, que só atenderia a partir de 13h. Ela me ajudava com o controle de atendimento das pacientes.
Pâmela era um doce. Sempre atendia a todos de forma prestativa. Mas tire a paciência dela para você ver o que acontece. Ela literalmente explode. Mas raramente não tem um bom motivo.
Vejo que Rosie estava me ligando novamente, provavelmente para falar do estado de Philip. Suspiro, deslizando o gancho verde e atendendo a ligação.

– Bom dia, Rosie. Como você está? E o meu Porsche? – digo rindo sarcasticamente.
– Ele acordou agora pouco - escuto sua voz, baixa, calma, porém trêmula, ao telefone – Tá tomando banho. Vou levá-lo para Petrópolis.
– Ah, entendo... sabe que tem meu apoio no que precisar, certo, Badley? – falo de forma sensata, usando seu sobrenome.
– É... Eu acho que sim – ela começa a chorar, baixinho – Sebs, você acha que alguém vai me amar, algum dia? Porque não parece que isso vai acontecer.
– Ah, Rosie. Você é uma mulher incrível. Tem tudo para ser uma excelente namorada e esposa. A sua hora vai chegar – tento confortá-la.
– Espero que sim. Te ligo depois – ela desliga, e, por um momento, sinto vontade de estar ali, ao seu lado, enxugando suas lágrimas e a confortando.

Afinal, é isso que amigos fazem, não é?


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