"Coletânea de cartas de Sebastian Evans.
Primeira carta (12 anos)
'Rosie Badley, eu gosto muito de você. Você gosta do Peter?
- Sebastian'Segunda carta (15 anos)
'Rosie, ainda não percebeu que eu gosto de você? O Peter não gosta de você. Ele é um babaca. Por favor, esqueça ele.
- Evans'Terceira carta (19 anos)
'Finalmente passei para a faculdade de medicina. Antes de ir, preciso que saiba: Eu amo você. E quando eu voltar, faço questão de te pedir em namoro, Rosie Emily Badley.
Sempre seu,
Sebastian'Última carta (22 anos)
'Rosie, como você sabe, eu era um bobo apaixonado desde cedo. Eu sempre precisei e preciso de você. E agora, eu tenho você ao meu lado. Badley, eu estive com você nos seus piores e melhores momentos. Seu primeiro pé na bunda (risos), quando você passou na faculdade, quando sua tia Teresa morreu, por muitas coisas. E eu sempre estive ao seu lado, te dando apoio.
Eu não quero você como apenas uma singela namorada. Eu amo você o suficiente, e de forma ousada para te dizer que eu quero ser seu marido. Te acordar de manhã com nossos filhos, cuidar de você sempre que posso, te amar.
Se você recusar essa súplica (sim, é uma súplica, não um pedido), eu entenderei, apesar de ficar pelo resto da vida chorando por você, como Pablo cantando Homem Não Chora, mas ao contrário (risos).
Você aceita?
Sempre seu,
Evans'- Mãããe! Olha o que nós encontramos! - Elliot e Agatha começam a pular em cima da cama, acordando eu e Sebastian num dia de sábado. Caramba, que crianças agitadas.
- Elliot, Agatha, são ainda... - pego o relógio. Ah, 9h. Eles podem acordar - Hm... bom dia. Bom dia, amor - dou um beijo na testa de Sebastian.
- Bom dia - ele boceja, se levantando - Ataque do monstro! - ele pega as pernas de Elliot, puxando-as, e o garoto começa a rir escandalosamente.
- Nãão! Paaai, não faz isso! - Elliot cai na cama, rindo.
- Então, pestinhas, o que vocês encontraram? - fito os dois, cruzando os braços.
- Isso - Agatha sorri, entregando-me um envelope. Olho para meu marido, que estava rindo alto, enquanto eu fiquei completamente vermelha.
- Crianças... vocês não podem ficar mexendo nas coisas do papai e da mamãe - ele diz, rindo - Me dê isso, Gat - Sebastian pega a carta, guardando-a na mesa de escrivaninha.
- Vamos levantar? Os dois, já pra sala, agora! - dou uma curta risada, e eles saem do quarto, o que me faz olhar para Sebastian com a sobrancelha erguida.
- Tsc, tem cartas aqui que você nunca leu... - ele fita o envelope - Gostaria, por acaso?
- Claro - sorrio - Mas não irei fazer isso agora. Só depois - dou um rápido selinho nele.
- Então vamos, sra. Evans, temos que fazer o café desses pestinhas - ele abre um largo sorriso.
- É claro - me levanto, andando em direção a porta, rindo.☆
Acordo, e reparo que a cama estava desarrumada, e eu era o único que estava ali. Olho para os lados. Nada de Sarah. Me levanto, andando até a porta. Havia um bilhete grudado.
"Feliz aniversário, garanhão.
Vamos brincar de caça ao tesouro
- 13"Suspiro. Ela amava brincar disso nos meus aniversários, desde que começamos a namorar. Ando até o banheiro, tomando um banho rápido, e escovo os dentes.
Quando ia sair, escuto passos e a porta se abrindo. Rapidamente saio do banheiro e consigo agarrar Sarah, rindo.- Fim de jogo - sussurro no ouvido dela.
- Não...você estragou meu jogo - ela faz sua voz manhosa.
- Aham, tá. Mas eu tenho uma surpresa para você - me viro, andando até a escrivaninha e pegando a caixinha. Aquela caixinha que esperou por tanto tempo.
- Qual é a surpresa dessa vez? - ela ergue a sobrancelha, rindo.
- Deixa eu falar primeiro. Bem, Sarah, você é uma mulher espetacular, e só Deus sabe o quanto eu amo você. Eu quero você do meu lado todo dia, e é por isso que trouxe isso aqui pra você - pego a caixinha, abrindo-a e mostrando o anel - Casa comigo?
- Tá bom, mas só porque você pediu, garanhão - ela ri.☆
- Tchau pai, tchau mãe! - os dois gritavam para mim e para Sebastian, que ria e acenava de volta.
Elliot e Gat estavam indo acampar com a escola num sábado. Iriam voltar amanhã, a tarde, e eu teria esse tempo todo com meu marido, finalmente sozinhos.
Ele sorri, me levando para dentro, e afagando meu cabelo, que agora não era mais lilás, mas sim, castanho. Decidi deixar de lado aquele cabelo estranho de adolescente. Eles inclusive estavam mais curtos, batendo em meus ombros.- O que nós iremos fazer nesse tempo sozinhos? - ele sorri maliciosamente para mim.
- Inúmeras e incontáveis coisas - sorrio de volta - Mas antes, quero ver as cartas.Ele ri, pegando o envelope e entregando para mim. Coletânea de cartas de Sebastian Evans. Interessante.
Começo a ler, e algumas lágrimas escorrem pelo meu rosto. Ao terminar, olho para ele, que sorria. Sebastian me abraça forte, acariciando meu cabelo novamente.- Eu amo você - ele sussurra.
- Eu também amo muito você, Evans - sorrio, e me afasto, ficando na ponta dos pés e o beijando.Ele retribui, ainda com as mãos no mesmo lugar, mas logo move-as para minha cintura, e me pega no colo, rindo.
- Tive uma ideia - Sebastian beija minha testa, rindo.
- E qual seria? - ergo a sobrancelha.
- Dançar - ele me põe no chão, me levando até a pequena salinha de dança que tínhamos nos fundos da casa.Ao chegar na caixa de som, ele conecta seu telefone e as batidas iniciais de Pa' Bailar invadem meus ouvidos, me fazendo sorrir.
Ele põe a mão em minha cintura, e a outra, ele entrelaça na minha, começando a dançar uma valsa/tango meio (para não dizer completamente) desajeitado.- Você sabe bem que tanto eu quando você dançamos terrivelmente mal, não sabe? - começo a rir.
- É, eu sei. Era pra ser romântico, e você estragou, olha só - ele ri junto comigo.Continuamos a dançar, até que escorrego e caio no chão, com Sebastian em cima de mim, rindo. Logo ficamos sérios, um fitando o outro, e ele me levanta, me puxando para perto dele e o beijando novamente.
Eu tinha certeza que era ali que eu queria estar. Nos braços dele, todos os dias, todas as noites. Queria viver ao lado dele, cuidar dos nossos filhos, envelhecer e etc.
Nada descreve a sensação que estou tendo ao lado dele. E eu tenho certeza que eu o amo, e ele sente o mesmo, sem erros, sem friendzone, sem nada. Apenas eu e ele.
Para sempre.Fim do diário.
☆
- Ah, papai e mamãe eram o melhor casal que se poderia existir. Quem diria - a garota suspira, enxugando uma lágrima, e abraça o amigo ao lado dela.
- Eles estão num lugar melhor, Gat. Vamos? - o garoto sussurra no ouvido da morena, acariciando seu cabelo curto.
- Vamos - ela deixa o pequeno diário do lado do túmulo, junto com um lindo buquê de violetas.Fim.
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YouTube: Um Romance Online
Romance"Eu nunca planejei ter vida de youtuber, tá? Muito menos me apaixonar assim" Sinopse: Rosie Badley, 21 anos, trabalha com tradução de livros em uma editora no Rio de Janeiro. Extrovertida, risonha, aberta, boa em escutar as pessoas (um doce de pesso...